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Plenário emite parecer favorável às contas de Sorriso, Cocalinho e Gaúcha do Norte

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Conselheiro-relator, Valter Albano | Foto: Thiago Bergamasco 

O Plenário do Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE-MT) emitiu parecer prévio favorável à aprovação das contas anuais de governo de Sorriso, Cocalinho e Gaúcha do Norte, referentes a 2024. Os balanços foram apreciados na sessão extraordinária do dia 30, quando o conselheiro-relator, Valter Albano, constatou o cumprimento dos limites constitucionais, além de solidez orçamentária e equilíbrio fiscal.

“Verifico nas presentes contas o cumprimento dos limites e percentuais constitucionais e legais referentes aos gastos com pessoal, repasses ao Legislativo, e investimentos na saúde e manutenção e desenvolvimento do ensino, além de que o Poder Executivo obteve superávits financeiro e orçamentário, e liquidez para pagar suas dívidas circulantes (fornecedores, empréstimos e financiamentos a curto prazo, etc)”, disse.

Sorriso

 Em Sorriso, 27,3% da receita corrente líquida foram aplicados em educação (mínimo de 25%) e 23,7% em saúde (mínimo de 15%), enquanto 78,2% dos recursos do Fundeb foram destinados à remuneração dos profissionais do magistério (mínimo de 70%). A gestão também respeitou o teto de 54% para gastos com pessoal, aplicando 53%, e o limite de 3,5% para repasse ao Legislativo, que ficou em 3,2%.

O município alcançou superávit orçamentário de R$ 3,4 milhões e superávit financeiro de R$ 18,7 milhões. Ainda que algumas fontes específicas tenham apresentado déficits pontuais, as falhas foram atenuadas diante da adoção de medidas de contenção de despesas e do equilíbrio fiscal. Assim, o conselheiro recomendou o aperfeiçoamento de demonstrações contábeis do controle sobre receitas e despesas.

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Ao acolher o parecer do Ministério Público de Contas (MPC), Albano recomendou ainda que a prefeitura elabore Planejamento Estratégico para aprimorar indicadores relativos às políticas públicas. “Para que assim, os avanços obtidos nas médias dos indicadores na educação, no meio ambiente e na saúde possam retratar, de fato, a efetividade dos recursos aplicados nas respectivas áreas”, destacou o relator.

Cocalinho 

 No caso de Cocalinho, 31,8% foram destinados à educação, 90,6% dos recursos do Fundeb à remuneração de profissionais do ensino e 17,2% à saúde. As despesas com pessoal representaram 41,3% da receita corrente líquida e o repasse ao Legislativo alcançou 6,2%, também dentro do limite legal.

De acordo com Valter Albano, o balanço apontou superávit orçamentário de R$ 676,4 mil e superávit financeiro de R$ 1,6 milhão, com R$ 1,93 em ativos para cada R$ 1,00 em obrigações de curto prazo, demonstrando boa liquidez e capacidade de pagamento.

Com relação às irregularidades mantidas nos autos, o conselheiro chamou a tenção para as pendências previdenciárias. “Considerando o contexto geral dessas contas, entendo pela emissão de parecer prévio favorável, com ressalvas, à sua aprovação, tendo em vista, sobretudo, o contexto previdenciário do Município, que reclama a adoção de medidas corretivas para evitar o desequilíbrio fiscal do RPPS e da própria municipalidade.”

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Gaúcha do Norte 

 Já a Prefeitura de Gaúcha do Norte aplicou 29,1% na manutenção e desenvolvimento do ensino, 94% dos recursos do Fundeb na remuneração de profissionais da educação básica e 21,3% em saúde. As despesas com pessoal corresponderam a 35,7% da receita corrente líquida e os repasses ao Legislativo foram de 4,9%. No exercício, foi verificado superávit orçamentário de R$ 4,9 milhões e superávit financeiro de R$ 7,9 milhões.

“Além disso, o município apresentou dívida consolidada líquida dentro dos limites estabelecidos pela Resolução 40/2001 do Senado Federal, as operações de crédito observaram o que preconiza o art. 7º da Resolução 43/2001 do Senado Federal, e a relação entre despesas correntes e receitas correntes não superou 95%, em cumprimento ao artigo 167-A da Constituição Federal de 1988”, acrescentou Allbano.

Sobre as falhas constatadas, o relator recomendou à administração municipal que corrija as demonstrações contábeis, assegure a aplicação integral do Fundeb dentro do prazo legal, acompanhe as metas fiscais e elabore um planejamento estratégico com metas e indicadores para as áreas de educação, saúde, meio ambiente e transparência. Seu posicionamento foi acompanhado por unanimidade pelo Plenário.

 

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TCE-MT amplia presença digital com modernização do portal institucional

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Presidente do TCE-MT, conselheiro Sérgio Ricardo, consultor jurídico-geral, Grhegory Maia (esq.), e secretário-executivo da SETI, Reginaldo Hugo dos Santos (dir.).

O presidente do Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE-MT), conselheiro Sérgio Ricardo, assinou, nesta segunda-feira (3), portaria que garante a modernização do portal da instituição. Com foco na inclusão digital, a medida reforça a presença do órgão na internet e amplia o acesso da sociedade aos serviços e informações do controle externo.

“Além de atender as pessoas com deficiência visual, a acessibilidade faz o Tribunal ser reconhecido pelo maior usuário da internet do mundo: o Google. Se o nosso site não obedece a esses padrões, o Google não enxerga o conteúdo e consequentemente, o usuário também não”, explicou Sérgio Ricardo.

De acordo com a Portaria nº 110/2025, o portal seguirá padrões internacionais de acessibilidade (WCAG 2.1), garantindo compatibilidade com leitores de tela, navegação por teclado, design responsivo e linguagem simples. Assim, todos os cidadãos poderão acessar as informações e serviços digitais do Tribunal com autonomia e clareza.

“Com isso, também garantiremos o conceito da usabilidade. Porque transparência não é apenas publicar dados, é garantir que o cidadão consiga encontrá-los, compreendê-los e usá-los. Então, essa proposta foi pensada para que cada informação tenha sentido e utilidade social”, reforçou o presidente.

Para tanto, a conectividade e o alcance do portal também serão ampliados, o que inclui a possibilidade de compartilhamento direto de qualquer página nas redes sociais, como Instagram, Facebook, LinkedIn e WhatsApp, facilitando a disseminação das informações públicas. O texto ainda autoriza o acesso ao portal a partir de outros países.

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Outra mudança significativa será o atendimento integral do que determina a Lei nº 12.336/2023, de autoria do Deputado Estadual Max Russi, que Institui a Política Estadual de Linguagem Simples e de Direito Visual em Mato Grosso, e que foi regulamentada pelo Decreto nº 1.377/2025.

Transparência e segurança

Todas as alterações reforçam as diretrizes do Programa Nacional de Transparência Pública (PNTP), que exige divulgação proativa de informações sobre estrutura, despesas, contratos e auditorias. “O portal deixa de ser apenas uma vitrine institucional para ser uma ferramenta de prestação de contas em tempo real”, acrescenta o presidente.

Neste contexto, ganham reforço os serviços ao cidadão também, com destaque para o Sistema de Informação ao Cidadão (SIC), a Ouvidora-geral e a Carta de Serviços ao Usuário. Outra novidade é a implementação de um agente virtual capaz de interagir em linguagem natural e orientar o usuário sobre serviços, consultas e dúvidas frequentes.

Com relação à segurança cibernética, está prevista a autenticação em duas etapas para acessos administrativos, controle de logs e uso obrigatório do protocolo HTTPS em todas as páginas do site. Além disso, o portal apresentará Aviso de Privacidade e Política de Cookies, em conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).

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Gestão integrada

As unidades terão até 31 de março de 2026 para adequar seus conteúdos e sistemas às novas diretrizes. O documento também cria o Comitê Gestor de Conteúdo, presidido pela Secretaria Geral da Presidência, que será responsável por coordenar e padronizar as publicações.

O grupo inclui a Secretaria Geral Controle Externo (Segecex), a Secretaria Geral de Processos e Julgamento, e as secretarias de Planejamento Integração e Coordenação (Seplan), Comunicação Social (Secom), Tecnologia da Informação (SETI), Administração e Gestão de Pessoas, além da Consultoria Jurídica e a Ouvidoria-Geral.

“É uma construção coletiva, supervisionada e com responsabilidade compartilhada. A Secom cuida da linguagem e da imagem, a TI garante segurança e desempenho, o Controle Interno fiscaliza e nós articulamos tudo isso para funcionar como um único sistema”, explica o secretário-geral da presidência, Nilson Bezerra.

 

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