arqueologia
Jangada

A missão Franco-Brasileira (MAE-USP/São Paulo-MNHN/Paris), desenvolveu intensa pesquisa arqueológica no Sítio Santa Elina, no município de Jangada a partir da década de 1990.
As pesquisas mostraram diversos níveis de ocupação no local pesquisado ao longo dos tempos, que foram comprovadas pela presença de estruturas de pedra, carvão e material lítico. A datação estimada é de 10 mil a 30 mil anos BP. O trabalho foi realizado e as ocorrências arqueológicas foram detectadas entre 1,90m e 3m de profundidade, especialmente vestígios paleontológicos de megafauna extinta.
Os pesquisadores não têm nenhuma dúvida da convivência humana e fauna, em função da disposição do nível estratigráfico, ou seja, em camadas superpostas foram encontrados utensílios líticos de lascas feito por humanos e restos ósseos de preguiça-gigante (glossotério). As pesquisas arqueológicas da missão Franco-Brasileira ocorrem de forma contínua, assim como relatórios e publicações que, vindo à lume clareiam as mentes da gente mato-grossense sobre a necessidade de conhecer uma parte de nossa pré-história.


Isabela Moreira
Pela primeira vez cientistas analisaram o DNA de humanos que viveram antes, durante e depois da revolução agrícola, ocorrida há cerca de 8,5 mil anos. O objetivo é simples: dos nossos ancestrais de forma a entender como essas alterações influenciaram a sociedade ao longo dos séculos. Até então, os únicos materiais de estudo dos pesquisadores eram ossos e restos físicos da história da Europa. Em termos de comparação, os ossos mais recentes são de 45 mil anos atrás.
“Há décadas temos tentado descobrir o que aconteceu no passado”, disse Rasmus Nielse, geneticista da Universidade da Califórnia, Berkeley, nos Estados Unidos, em entrevista ao The New York Times. “E agora temos um estudo que é quase uma máquina do tempo.”
Nielse se refere ao uso de DNA de esqueletos antigos. A partir deles é possível saber, além dos impactos da agricultura nos humanos, a origem do genoma dos europeus contemporâneos. Para realizar o estudo em questão, publicado na Nature na última segunda-feira (23), o geneticista David Reich, da Escola de Medicina de Harvard, nos Estados Unidos, e sua equipe analisaram os genomas de 230 europeus que viveram entre 8,5 mil e 2,3 mil anos atrás. Os cientistas compararam esses genes com o de humanos vivos atualmente.
A pesquisa sugere que, antes da revolução agrícola, a Europa era composta por populações de caçadores e coletores. Isso mudou com a chegada de um novo povo, cujo DNA lembra o das pessoas do Oriente Médio – tudo indica que eles trouxeram as técnicas de agricultura consigo ao chegar na região.
Por meio da pesquisa, foi possível desmentir alguns boatos que corriam há anos, como o de que os europeus passaram a beber leite a partir do momento em que começaram a criar gado, por exemplo. De acordo com Reich, o gene LCT, relacionado à digestão do leite, de fato se tornou mais comum do que era antes na Europa com a introdução da agricultura, mas ele só começou a aparecer com frequência há somente 4 mil anos.
O estudo permitiu que os pesquisadores mapeassem as mudanças na cor da pele dos europeus. Há 9 mil anos os coletores e caçadores que viviam na Europa tinham origem africana e possuíam pele escura. Os agricultores que chegaram na região em seguida tinham a tez mais clara, o que se reforçou com um gene variante que surgiu anos depois.
Por fim, os cientistas revelaram que após o advento da agricultura, os europeus ficaram mais baixos, principalmente no sul do continente.
*Com supervisão de André Jorge de Oliveira
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