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Ex-prefeito terá que pagar multa por falhas em licitação, contratos e fiscalização

As falhas apontadas são referentes a sobrepreço no edital de licitação e no contrato nº 72/2015, rescisão amigável de contrato sem justificativa e inexistência de designação de fiscal de contrato.

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ex-prefeito de nova canaa Vicente Gerotto de Medeiros

Ex-prefeito de Nova Canaã do Norte, Vicente Gerotto de Medeiros

O ex-prefeito do município de Nova Canaã do Norte, Vicente Gerotto de Medeiros, foi multado em 18 UPFs/MT pelo Tribunal de Contas de Mato Grosso por irregularidades no processo licitatório e na execução da obra de ampliação e reforma da Escola Municipal Edson Ferreira de Carvalho, orçada inicialmente no valor total de R$ 1.451.082,10.

 

ASSISTA AO JULGAMENTO

 

As falhas apontadas são referentes a sobrepreço no edital de licitação e no contrato nº 72/2015, rescisão amigável de contrato sem justificativa e inexistência de designação de fiscal de contrato. A decisão é do conselheiro substituto Luiz Carlos Pereira e foi tomada na sessão extraordinária do dia 14/05.

Thiago Bergamasco | TCE-MT

Conselheiro interino ouvidor-geral - Luiz Carlos Pereira

Conselheiro interino e ouvidor-geral do TCE-MT, Luiz Carlos Pereira

O primero ato da Administração Municipal com relação ao processo licitatório para execução da obra foi a Tomada de Preços n.º 01/2014, cujo projeto básico, na ocasião, fora elaborado pela Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM).

 

A empresa vencedora foi a Construtora Global e Engenharia Ltda. Após meses sem realizar a obra, a Prefeitura Municipal de Nova Canaã publicou a rescisão amigável do contrato nº 91/2014 e pouco mais de 30 dias após a rescisão foi dado início ao procedimento licitatório para a contratação de engenheiro responsável pela elaboração do projeto básico da próxima licitação, com o mesmo objeto.

 

O segundo contrato (nº 72/2015) foi feito com a construtora Genézio F. De Souza & Cia Ltda – ME e foi constatado sobrepreço contido no edital de licitação e no contrato. Nesse último foi verificado que o valor do objeto contratual foi orçado em montante superior ao realmente devido, por consequência da inclusão irregular de alguns serviços em duplicidade, o que teria acarretado sobrepreço de R$ 155.943,29 do orçamento base e de R$ 144.786,48 em relação à proposta da empresa vencedora.

 

Conforme a auditoria feita pelo TCE, a empresa fez o ressarcimento ao erário, no valor de R$ 29.062,68, conforme atestado nas guias de recolhimento n.º 630/636 e 631/637.

 

“Neste ponto, não há dificuldade em se constatar, de plano, a existência do aludido sobrepreço, à medida que a repetição indevida de valores de serviços e de materiais fatalmente onerou em excesso o orçamento básico. Vale dizer que o sobrepreço está diretamente relacionado às falhas verificadas na elaboração do projeto básico, haja vista que este deveria prever com precisão e acuidade o “orçamento detalhado do custo global da obra, fundamentado em quantitativos de serviços e fornecimentos propriamente avaliados”, mencionou o conselheiro substituto Luiz Carlos Pereira.

 

Outra falha apontada foi com relação à rescisão amigável do contrato anterior, nº 91/2014. No entendimento do relator, da equipe de auditoria e do Ministério Público de Contas, não foi comprovado nos autos a existência de caso fortuito ou força maior aptos à extinção contratual. “Tampouco ficou comprovada qualquer outra causa que demonstrasse a conveniência da rescisão amigável para a Administração Municipal, conforme exige a Lei de Licitações (8.666/1993)”, finalizou o relator.

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Cuiabá

TCE-MT instala mesa técnica para viabilizar pagamento de dívidas da Prefeitura e evitar colapso na saúde pública

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Presidente do TCE-MT, conselheiro Sérgio Ricardo | Foto: Thiago Bergamasco

O Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE-MT) instaurou, nesta quarta-feira (17), mesa técnica que busca soluções para o pagamento de dívidas da Prefeitura de Cuiabá que ameaçam os atendimentos no Hospital Municipal de Cuiabá (HMC) e no Hospital São Benedito.

De acordo com o presidente do TCE-MT, conselheiro Sérgio Ricardo, a prefeitura tem apresentado dificuldade em cumprir com as exigências previstas no Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado com o TCE-MT, o Judiciário e o Ministério Público Estadual (MPMT). Diante disso, apontou a necessidade de uma união de esforços para garantir o acesso da população aos serviços de Saúde.

“Uma resolução para o problema envolve a cooperação do Governo do Estado. O TAC exige ações que a gestão não consegue adotar. Então, essa mesa técnica vai buscar caminhos, porque hoje, lamentavelmente, a situação é de caos total na Saúde de Cuiabá. Todos os entes têm que entender que é preciso cuidar das pessoas. Enquanto discutimos isso, as pessoas continuam nas filas das unidades de saúde”, declarou o conselheiro-presidente, autor da proposta da mesa técnica, reforçando que os encaminhamentos terão validade até o fim da gestão municipal, em 31 de dezembro.

Na ocasião, o presidente da mesa técnica, conselheiro Valter Albano, explicou que o primeiro passo dos trabalhos é a apresentação pela equipe técnica da Prefeitura de Cuiabá de um diagnóstico dos débitos. “É preciso conhecer qual é a dívida, qual é a dívida prioritária, qual é a forma de pagamento e resolver essa questão, seja pelos meios obrigatórios da prefeitura, que tem que entregar os recursos previstos para a saúde, ou seja por meio de outros apoios, como é o caso do governo. Isso será visto a partir da consolidação desses números.”

Relator da mesa técnica e das contas anuais de Cuiabá, o conselheiro José Carlos Novelli destacou que esse trabalho consensual é o melhor caminho para tomar todas as decisões e evitar a paralisação nos atendimentos, que não são só de Cuiabá, mas de todo estado. “Por meio de uma comunicação dialógica, vamos achar um caminho para sociedade continuar contando com os serviços.”

Já o promotor de Justiça Milton Mattos da Silveira Neto ressaltou que “o objetivo da mesa é buscar soluções não só de curto, mas de longo prazo, para manter a saúde financeira, principalmente de Cuiabá, que é a grande mãe da saúde pública do estado.”

Histórico

 Nas últimas semanas, o TCE-MT vem recebendo médicos, prestadores de serviço das áreas de ortopedia, neurologia e anestesia, que apresentam uma situação delicada em relação a falta de pagamentos que pode agravar ainda mais a crise na saúde, com paralisação de cirurgias e atendimentos em Cuiabá. Diante disso, foi instaurada a mesa técnica, com objetivo de garantir a quitação de débitos e o atendimento à população.

Para o presidente da Comissão Permanente de Saúde, Previdência e Assistência Social, conselheiro Guilherme Antonio Maluf, defendeu a atualização da Programação Pactuada e Integrada (PPI) na busca de recursos. “A PPI está desatualizada há pelo menos 11 anos. Ao longo desse tempo, o estado cresceu, assim como as demandas, as desigualdades e o déficit financeiro.”

Também participaram da reunião o secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo, o secretário de Saúde de Cuiabá, Deiver Teixeira, e o procurador-geral do Ministério Público de Contas (MPC), Alisson Alencar, dentre outros.

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