arqueologia
Cáceres

A cidade de Cáceres abriga milhares de sítios arqueológicos, dentre os quais cerca de 100 catalogados, tanto sob o ponto de vista do patrimônio arquitetônico (centro histórico da cidade, Usina Ressaca, Descalvados, Fazenda Jacobina, etc.) tombado pelo Estado e, em processo de tombamento federal, quanto dos inúmeros enterramentos (cemitérios indígenas), abrigos sob rocha com inscrições e pinturas rupestres das mais variadas formas.
Atualmente a maior parte do território de Cáceres é pantaneira. Segundo pesquisas arqueológicas a presença humana no Pantanal vem de pelo menos 8.200 anos atrás, tendo sido povoado por grupos lingüísticos diversos a exemplo do Arawak, Jê, Macro-Jê, Tupi, Guarani, Zamuco, dentre outros troncos. O IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), a UNEMAT (Universidade Estadual de Mato Grosso), a FAPEMAT (Fundação de Amparo à Pesquisa de MT) e a UERJ (Universidade Estadual do Rio de Janeiro) se uniram e apoiaram um projeto de pesquisa arqueológica na região da Fazenda Descalvados, denominada “Índio Grande”, na margem esquerda do Rio Paraguai.
A pesquisa foi coordenada pela arqueológa Maria Clara Migliácio e durou vários anos, apresentando vestígios de civilização pré-colonial entre os anos 800 e 1800 d.C. Em 2004, a arqueóloga Migliácio apresentou uma exposição com o vasto material encontrado, na cidade Cuiabá.


Isabela Moreira
Pela primeira vez cientistas analisaram o DNA de humanos que viveram antes, durante e depois da revolução agrícola, ocorrida há cerca de 8,5 mil anos. O objetivo é simples: dos nossos ancestrais de forma a entender como essas alterações influenciaram a sociedade ao longo dos séculos. Até então, os únicos materiais de estudo dos pesquisadores eram ossos e restos físicos da história da Europa. Em termos de comparação, os ossos mais recentes são de 45 mil anos atrás.
“Há décadas temos tentado descobrir o que aconteceu no passado”, disse Rasmus Nielse, geneticista da Universidade da Califórnia, Berkeley, nos Estados Unidos, em entrevista ao The New York Times. “E agora temos um estudo que é quase uma máquina do tempo.”
Nielse se refere ao uso de DNA de esqueletos antigos. A partir deles é possível saber, além dos impactos da agricultura nos humanos, a origem do genoma dos europeus contemporâneos. Para realizar o estudo em questão, publicado na Nature na última segunda-feira (23), o geneticista David Reich, da Escola de Medicina de Harvard, nos Estados Unidos, e sua equipe analisaram os genomas de 230 europeus que viveram entre 8,5 mil e 2,3 mil anos atrás. Os cientistas compararam esses genes com o de humanos vivos atualmente.
A pesquisa sugere que, antes da revolução agrícola, a Europa era composta por populações de caçadores e coletores. Isso mudou com a chegada de um novo povo, cujo DNA lembra o das pessoas do Oriente Médio – tudo indica que eles trouxeram as técnicas de agricultura consigo ao chegar na região.
Por meio da pesquisa, foi possível desmentir alguns boatos que corriam há anos, como o de que os europeus passaram a beber leite a partir do momento em que começaram a criar gado, por exemplo. De acordo com Reich, o gene LCT, relacionado à digestão do leite, de fato se tornou mais comum do que era antes na Europa com a introdução da agricultura, mas ele só começou a aparecer com frequência há somente 4 mil anos.
O estudo permitiu que os pesquisadores mapeassem as mudanças na cor da pele dos europeus. Há 9 mil anos os coletores e caçadores que viviam na Europa tinham origem africana e possuíam pele escura. Os agricultores que chegaram na região em seguida tinham a tez mais clara, o que se reforçou com um gene variante que surgiu anos depois.
Por fim, os cientistas revelaram que após o advento da agricultura, os europeus ficaram mais baixos, principalmente no sul do continente.
*Com supervisão de André Jorge de Oliveira
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