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BRASIL E MUNDO

Acordo entre EUA e China agita o mercado, mas deve ter pouco efeito sobre produto brasileiro

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O encontro entre os presidentes dos Estados Unidos, Donald Trump, e da China, Xi Jinping, movimentou o mercado global da soja nesta quinta-feira (30.10). Com anúncio retomada das compras chinesas de grandes volumes da safra americana e redução nas tarifas de importação, os futuros da soja subiram forte na Bolsa de Chicago (CBOT).

No Brasil, porém, analistas apontam que o impacto desse acordo tende a ser limitado para o bolso do produtor nacional. Houve queda nos prêmios pagos nos portos para embarques em 2026, com valores em Paranaguá recuando de US$ 0,60/bushel em outubro para apenas US$ 0,25/bushel agora, reflexo da expectativa de maior oferta do grão norte-americano no mercado internacional.

Mesmo se as compras anunciadas pelos Estados Unidos — 12 milhões de toneladas ainda em 2025 e até 25 milhões ao ano nos próximos três anos — forem confirmadas, o efeito sobre os preços e o mercado brasileiro deve ser pequeno. Na prática, os volumes prometidos se aproximam do que a China já comprava antes do início da guerra comercial com os EUA, representando pouca novidade em termos de fatia de mercado.

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Além disso, a China mantém sua estratégia de diversificar fornecedores e investe de forma crescente na produção de soja brasileira, buscando fortalecer a própria segurança alimentar. Por isso, mesmo diante do acordo entre americanos e chineses, a base das exportações brasileiras deve permanecer alta: atualmente, cerca de 65% a 70% dos embarques de soja do Brasil seguem destinados à China.

A redução das tarifas, que passaram de 57% para 47%, também contribui para melhorar a competitividade do grão norte-americano, mas não altera de forma significativa o cenário das vendas brasileiras. Para o produtor nacional, o acordo pode significar menor prêmio nos portos e perda de parte das margens extras conquistadas em 2025, mas não compromete a dependência chinesa do Brasil para suprir sua demanda.

O mercado segue cauteloso, já que a China não confirmou oficialmente todos os volumes anunciados. O essencial, segundo os especialistas, é o produtor brasileiro manter atenção às negociações internacionais e às condições de comercialização local, sem perder de vista que o país se consolidou como fornecedor estratégico da soja mundial.

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BRASIL E MUNDO

Mauro Cid retira tornozeleira e inicia regime aberto após audiência no STF

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O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, deu um novo passo em seu processo legal nesta segunda-feira (3) ao retirar a tornozeleira eletrônica durante uma audiência no Supremo Tribunal Federal (STF). Cid iniciou o cumprimento de sua pena de dois anos em regime aberto, conforme estabelecido por um acordo de delação premiada firmado durante as investigações da chamada “trama golpista”.

A audiência, que ocorreu no STF, foi conduzida pela juíza auxiliar Flavia Martins de Carvalho, ligada ao gabinete do ministro Alexandre de Moraes. Na ocasião, o militar recebeu as orientações detalhadas sobre as condições a serem seguidas durante o regime aberto.

Condições do regime aberto e benefícios da delação

Entre as restrições impostas, Cid está proibido de deixar o Distrito Federal e deverá cumprir recolhimento domiciliar diariamente entre as 20h e as 6h. Nos finais de semana, o recolhimento é integral, não podendo sair de casa. Adicionalmente, o ex-ajudante de Bolsonaro está impedido de portar armas, utilizar redes sociais e manter contato com outros investigados nos processos relacionados à trama golpista.

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A decisão de iniciar o cumprimento da condenação foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes na semana passada. Em virtude do acordo de colaboração com a Justiça, o tenente-coronel não será mantido em prisão. A delação premiada também garante a Mauro Cid e seus familiares escolta de agentes da Polícia Federal para segurança, além do desbloqueio de seus bens.

Contexto da condenação e próximos passos

A condenação de Mauro Cid, assim como de Jair Bolsonaro e outros cinco réus, ocorreu em 11 de setembro, por decisão da Primeira Turma do STF (4 votos a 1). Eles foram considerados culpados pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça, e deterioração de patrimônio tombado.

O ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem, também figurou na lista de condenados, mas apenas pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado. Ramagem, atualmente deputado federal, foi beneficiado pela suspensão de parte das acusações.

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Os recursos apresentados por Bolsonaro e pelos demais acusados serão julgados pela Primeira Turma da Corte a partir do próximo dia 7 de novembro, marcando mais uma etapa importante nesse complexo processo judicial.

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