Pesquisar
Close this search box.

sociedade indigena

Ações Antrópicas Relevantes

Publicados

em


Assessoria

A demarcação de terras indígenas sofre pressão dos interesses desenvolvimentistas

   As terras indígenas são aquelas reconhecidas pela Fundação Nacional do Índio, FUNAI, incorporadas no processo de regularização fundiária, que muitas vezes têm tido suas regras alteradas em função de interesses políticos do momento.
   Pode parecer, sob certos ângulos de análise, que se tenta encaminhar uma trajetória de resoluções objetivas e protetoras das terras e riquezas indígenas. Ao contrário, cada vez que os índios conseguem operacionalizar regras, que não raro são longamente discutidas, elas são modificadas. A internalidade desse contexto que é eminentemente político-ideológico é invariavelmente mascarada por questões de ordem técnico-científicas, com repercussões sobre os aspectos legais e processuais. Assim, o conceito de terra indígena, utilizado oficialmente para designar a área destinada à posse e usufruto de sociedades indígenas é temporal e dependente das reivindicações indígenas, do que consideram como território efetivamente necessário à produção e reprodução da vida e dependente das pressões dos interesses desenvolvimentistas.
   A avaliação das ações antrópicas relativas aos índios, remete, pois, aos impactos negativos que incidem sobre as sociedades indígenas e suas aspirações e não, apenas, sobre o ambiente contido pelas terras indígenas oficialmente reconhecidas. Isto leva os índios a transmutação territorial; desagregação social; desagregação cultural; deteriorização da saúde; dispersão demográfica e despopulação.

   Indicadores de ações antrópicas
   Com base nos pontos de vista apresentados foram escolhidos os indicadores mais relevantes das ações antrópicas que têm interferido negativamente nas terras indígenas.
O indicador “Estradas” refere-se a intervenções autorizadas ou não pelos índios no interior de suas terras e também localizações tangenciais; “Explorações madeireira e mineral” indicam atividades econômicas desses tipos, com a participação ou não dos índios; e, finalmente, “Hidrelétricas” considera os empreendimentos que tenham implementado pelo menos a fase inicial de inventário, segundo critérios de localização dentro das terras indígenas, tangencial a elas, ou locados na mesma bacia hidrográfica com nitidez de interferências danosas aos índios, como apresentado na listagem a seguir:
Estradas
Exploração Madeireira
Exploração Mineral
Hidrelétricas

Comentários Facebook
Propaganda

sociedade indigena

Tecnologia e Civilizações antigas

Drone varrerá Amazônia em busca de civilizações antigas

Publicados

em

Por


 | 

 

Cientistas britânicos vão usar um drone para fazer varreduras na Amazônia brasileira e procurar vestígios de civilizações antigas.

O avião não-tripulado que será enviado para a região é equipado com um laser que analisa e procura por áreas onde podem ter existido construções há milhares de anos.

O objetivo do projeto é determinar qual era o tamanho destas comunidades milenares e até que ponto elas alteraram a paisagem local.

Os pesquisadores anunciaram a iniciativa durante a reunião anual da Associação Americana para o Progresso da Ciência (AAAS, na sigla em inglês), na cidade de San Jose, na Califórnia.

O projeto, uma parceria entre agências e instituições do Brasil e Europa, já conseguiu uma verba de US$ 1,9 milhão (cerca de R$ 5,3 milhões) do Conselho Europeu de Pesquisa.

Dependendo dos dados obtidos, eles também podem ser usados para a elaboração de políticas de uso sustentável da floresta.

Mas a questão mais importante é tentar compreender a escala e as atividades das populações que viveram na Amazônia no final do período antes da chegada dos europeus à América, ou seja, os últimos 3 mil anos antes de 1490.

Padrões no solo

 

A equipe internacional vai tentar encontrar na Amazônia os chamados geoglifos, que são desenhos geométricos grandes feitos no chão.

Mais de 450 destes geoglifos, em vários formatos geométricos, foram encontrados em locais onde ocorreu desmatamento.

Mas até hoje ninguém sabe exatamente o que estes círculos, quadrados e linhas representam – há indícios de que fossem centros cerimoniais.

No entanto, o que se sabe é que eles são provas de um comportamento coletivo.

“É um debate acalorado agora na arqueologia do Novo Mundo”, afirmou José Iriarte, da Universidade de Exeter, na Grã-Bretanha.

“Enquanto alguns pesquisadores acreditam que a Amazônia foi habitada por pequenos grupos de caçadores-coletores ou então por pequenos grupos de cultivavam apenas para a subsistência, que tiveram um impacto mínimo no meio ambiente, e que a floresta que vemos hoje foi intocada por milhares de anos, há cada vez mais provas mostrando que este pode não ser o caso.”

“Estas provas sugerem que a Amazônia pode ter sido habitada por sociedades grandes, numerosas, complexas e hierárquicas que tiveram um grande impacto no meio ambiente; o que nos chamamos de ‘hipótese do parque cultural'”, disse o cientista à BBC.

Drone e satélite

O projeto de Iriarte prevê o sobrevoo do drone por algumas áreas da floresta que servirão de amostra.

O laser acoplado ao drone vai procurar geoglifos estão escondidos em regiões ainda não desmatadas.

Parte da luz deste laser, chamado de “lidar” (“light-activated radar”, ou radar ativado pela luz, em tradução livre) consegue ultrapassar a barreira das folhas das árvores.

Serão feitas várias inspeções e, se a existência dos geoglifos for confirmada, os cientistas vão tentar determinar mudanças específicas que foram deixadas no solo e na vegetação pelos antigos habitantes.

Estas “impressões digitais” poderão ser buscadas por imagens de satélites, possibilitando uma busca em uma área muito maior da Amazônia, maior do que com o pequeno drone.

E, a partir deste projeto será possível avaliar como a Amazônia pode ser gerenciada de forma sustentável. Segundo Iriarte, não é possível especular quais seriam as mudanças futuras aceitáveis na Amazônia se não existir uma compreensão completa de como a floresta foi alterada no passado.

“Queremos ver qual é a pegada humana na floresta e então formar uma política (de uso), pois pode ser o caso de que a biodiversidade que queremos preservar seja o resultado de uma manipulação no passado desta floresta”, explicou.

Comentários Facebook
Continue lendo

Polícia

MATO GROSSO

Política Nacional

AGRO & NEGÓCIOS

ESPORTES

VARIEDADES

CIDADES

TECNOLOGIA

Mais Lidas da Semana