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AGRO & NEGÓCIO

VBP deve ser recorde em 2025 com força do café e recuperação da pecuária

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Minas Gerais deve encerrar 2025 com o maior Valor Bruto da Produção (VBP) de sua história. A projeção mais recente do Ministério da Agricultura (Mapa) aponta faturamento de R$ 168,1 bilhões, avanço de 13,8% sobre 2024. O VBP, medido mensalmente com dados do IBGE, Conab e Cepea/USP, funciona como um termômetro da renda efetiva gerada no campo e confirma o bom momento da agropecuária mineira — mesmo diante de um ano marcado por oscilações climáticas e pressão nos custos de produção.

O motor do crescimento continua sendo o segmento das lavouras, responsável por dois terços do VBP estadual. Em 2025, esse conjunto deve alcançar R$ 113,4 bilhões, alta de 17,3%. O café, carro-chefe da agricultura mineira e produto de maior peso na pauta estadual, mantém a liderança com desempenho acima do esperado. A estimativa atual aponta VBP de R$ 59 bilhões, quase metade de toda a renda agrícola do estado, resultado de preços firmes, produtividade ajustada e maior volume da safra.

Logo atrás, a soja segue consolidada como segunda cultura mais relevante, devendo movimentar R$ 18,6 bilhões — expansão de 11% na comparação com 2024. O milho, que enfrentou cenário adverso no ano passado, reage e promete fechar o ano com R$ 7,8 bilhões, crescimento de 19%.

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Ainda assim, o quadro não é homogêneo. Culturas importantes para regiões específicas do estado registram recuos expressivos, refletindo perda de competitividade e impacto climático. Cana-de-açúcar, banana, batata, mandioca, laranja, feijão e arroz devem encerrar o ano no campo negativo, com quedas que variam de 4% (cana) a 55% (batata-inglesa). Em algumas cadeias, o clima reduziu área e produtividade; em outras, o problema foi a deterioração de preços ao produtor.

No outro extremo, a pecuária mineira mantém curva ascendente e deve faturar R$ 54,7 bilhões em 2025, crescimento de 7,3%. O leite continua sendo o produto de maior peso, com receita estimada em R$ 18,3 bilhões, impulsionada pela melhora gradual dos preços e pela reorganização da oferta no estado — maior bacia leiteira do país.

A carne bovina, segmento em franca recuperação após dois anos pressionados, deve alcançar R$ 18 bilhões, alta de 13%, refletindo a retomada das exportações e o mercado interno mais firme. Já a avicultura, que chegou a enfrentar excesso de oferta no ano passado, deve gerar R$ 8,2 bilhões, avanço de 3% puxado pela demanda de fim de ano e pela recomposição de embarques. A suinocultura, por sua vez, deve fechar com R$ 7,4 bilhões, crescendo 7%, movimento consistente com o ganho de competitividade que o setor mineiro vem construindo no Centro-Sul do país.

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Se as projeções se confirmarem, Minas encerrará o ano com um VBP superior ao PIB de muitos estados brasileiros, reforçando o peso estratégico do campo na economia local e a importância de políticas de estabilidade produtiva diante de ciclos mais curtos e cada vez mais voláteis.

Fonte: Pensar Agro

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AGRO & NEGÓCIO

Agrotec Porto Velho 2025 aposta no agro para impulsionar economia local

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A abertura oficial da Agrotec Porto Velho 2025, realizada nesta quinta-feira (27.11), marca o início de um dos maiores eventos de inovação, tecnologia e negócios do agronegócio da capital rondoniense. A feira reúne produtores rurais, pesquisadores, empresários, instituições financeiras e autoridades públicas — com o objetivo de aproximar o produtor de novas tecnologias, fomentar investimentos e consolidar Porto Velho como polo de crescimento agrícola e agroindustrial.

O timing não poderia ser mais favorável. Segundo dados recentes do governo do estado, Rondônia registrou o maior crescimento da produção agrícola do país na safra 2024/25 — com alta de 29,4% no volume de grãos colhidos, superando a média nacional.  Em números absolutos, o salto foi de 4.153,4 mil toneladas para 5.373,5 mil toneladas.

Além disso, o estado alcançou em 2025 um Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) próximo a R$ 32 bilhões, praticamente o dobro do registrado seis anos antes. Esses números colocam Rondônia entre os protagonistas do agronegócio nacional — e explicam por que a Agrotec Porto Velho desperta tanto interesse de produtores, investidores e poder público.

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Porto Velho carrega peso estratégico para o agronegócio do estado. O município concentra o maior rebanho bovino de Rondônia — em 2024, alcançou 1,794 milhão de cabeças, mantendo-se entre os municípios com os maiores plantéis do país. A pecuária representa parcela importante da economia local — e a feira surge como palanque para anunciar tecnologias, investimentos e políticas de apoio que buscam modernizar a atividade.

Para muitos expositores — tanto da agricultura, quanto da pecuária e de serviços — a feira representa a chance de consolidar negócios, acessos a crédito, tecnologias, assistência técnica e maior eficiência produtiva. Bancos cooperativos e instituições financeiras participam oferecendo linhas de financiamento ao agronegócio, o que para analistas significa um levantamento de capital e oportunidade real de investir em expansão com segurança.

Apesar do desempenho robusto, há desafios estruturais a superar. Rondônia e seus municípios, como Porto Velho, precisam ampliar a infraestrutura logística, incluindo estradas, armazenagem, transporte e processamento — fatores essenciais para que o crescimento agrícola se traduza em ganhos reais para produtores e economia local. O evento Agrotec, com sua vitrine de tecnologias e soluções, surge também como espaço de negociação dessas melhorias.

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Outro ponto que ganha destaque é a diversificação da produção. A agricultura de grãos — impulsionada pela safra recorde no estado — segue como base, mas há espaço para expandir cultivo, pecuária, laticínios, agroindústria e serviços associados. A feira pretende estimular justamente essa diversificação.

Fonte: Pensar Agro

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