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Poeta Mato-grossense Judi Olli realiza pré-lançamento do livro “Gravuras do Olhar”

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A escritora mato-grossense Judi Olli, autodenominada “Poeta das Inquietações”, celebra o lançamento de seu primeiro livro físico, “Gravuras do Olhar”, pela editora Libertinagem. A obra, que já está em pré-venda com lançamento previsto para novembro, reúne 57 poemas intimistas que exploram as profundezas da existência humana.

“Gravuras do Olhar” está organizado em quatro capítulos temáticos: “Do Sonho”, “Do Olhar”, “Do Existir” e “Da Safolinguagem”. Nele, a sensibilidade de Judi Olli se manifesta em versos que nasceram de uma década de reflexões, transitando entre a leveza dos sonhos e a densidade das angústias e vazios.

“O livro reúne poemas escritos ao longo de dez anos. São textos sobre meu olhar acerca da existência, sendo a poesia uma maneira de lidar com essas angústias, vazios e sonhos”, explica Judi Olli.

Na primeira parte da obra, a autora mergulha na fluidez das sensações e emoções, onde o “corpo é o mundo”. Ao expressar o íntimo através da poesia, Olli correlaciona a velocidade da mente e dos sentimentos, abordando temas universais como o cotidiano, o tempo, a morte e a dor.

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As poesias de Judi Olli funcionam como um convite à inquietação, desafiando o leitor a se provocar, sentir, refletir e experimentar outras formas de linguagem. “O diferencial desta obra está no olhar que lanço sobre o mundo. A poesia é intimista, mas, ao mesmo tempo, coletiva, porque todo mundo lida com as inquietações da existência”, pontua a autora.

Um dos pontos altos e inovadores do livro é a introdução da “safolinguagem”, um conceito criado pela poeta que compõe um dos capítulos da obra. Por meio de poemas metalinguísticos, Judi Olli propõe um rompimento da linearidade da leitura e a ampliação das experiências e interpretações. “É um capítulo que dialoga de modo sutil com essa ideia de fuga e experimentação, de como a linguagem pode ser ‘safada’”, revela.

Perfil da Autora

Nascida em Bodocó, Pernambuco, Judi Olli cresceu em Mato Grosso, carregando em sua formação o contraste de duas periferias brasileiras. Essa vivência influenciou sua escolha pela poesia, uma linguagem que ela considera densa e, ao mesmo tempo, acessível.

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Judi Olli é formada em Letras e Artes Visuais, atua como professora na rede pública de ensino e possui mestrado em Estudos Literários pelo Programa de Pós-Graduação em Estudos de Linguagem da Universidade Federal de Mato Grosso (2019). O convívio com seus alunos foi fundamental para que ganhasse confiança para se tornar escritora.

Antes de “Gravuras do Olhar”, a autora publicou seu primeiro livro digital de poemas, “Experimentações poéticas: contracorrente”, disponível gratuitamente online. “Gravuras do Olhar” marca, portanto, sua estreia no formato impresso, prometendo cativar um público amplo com sua poesia que é ao mesmo tempo pessoal e universal.

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Do Quênia à Coreia, passando pelo rasqueado; “Akane Canta Mundo” em celebração à diversidade musical global

Apresentação que reúne repertório com canções de vários países interpretada pela imigrante será no dia 19 de setembro, às 19h, com entrada gratuita

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Cantora Akane Iizuka | Foto: Fred Gustavo

Com devoção pela MPB e bossa nova, há 11 anos, a cantora japonesa Akane Iizuka partiu da terra do sol nascente em direção à calorosa Cuiabá. E mesmo cumprindo agendas de shows em grandes metrópoles brasileiras, especialmente, em festas privadas regadas a city pop, é por aqui que decidiu ficar. De um extremo a outro, seu repertório inclui ainda, o rasqueado. Agora, a cantora que já vivenciou outros projetos como solista da Cia Sinfônica e que hoje integra a Orquestra do Sesi, decidiu enfim, protagonizar seu próprio espetáculo.

No dia 19 de setembro ela revisita sua trajetória reunindo, além do ritmo mato-grossense, músicas de diversos países que dialogam com suas vivências, resultando no show “Akane canta mundo”, que conta muito da sua história. A apresentação será no Teatro da UFMT, às 19h e com entrada gratuita. Para o repertório a intérprete e compositora selecionou música da terra natal, o Japão, da Coreia, Quênia, Venezuela e até canção em língua curda e também, em inglês. “Com certeza é um grande desafio uma japonesa cantar na língua de todos esses países”, sorri. Por fim, o público também vai conhecer “Canta Mundo”, composição própria com arranjos de Jhon Stuart. Canção esta, que dá nome ao espetáculo.

“Acho que a melhor maneira de eu me comunicar, é com a música. Para mim, ela desconhece fronteiras geográficas. Tanto essas canções, quanto a minha interação com músicos, muitas vezes se dá por meio da linguagem da melodia. E me alegra muito o diálogo musical. Na Canta Mundo, por exemplo, canto em japonês e português”, adianta Akane.

Mais cedo, para uma plateia repleta de crianças e adolescentes da rede pública de ensino, realiza concerto didático às 9h. Ao final, Akane, banda e público participam de uma roda de conversa. Neste caso, por se tratar de uma ação com incentivo da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), o público convidado tem direito a um certificado de participação, emitido pela Pró-Reitoria de Cultura, Esporte e Vivências (Procev), como parte de projeto de extensão. “Akane canta mundo” tem patrocínio do edital Viver Cultura – Expressões Artísticas, realizado pela Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer (Secel-MT), com recursos da Lei Paulo Gustavo.

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A seu lado na construção do projeto, a produtora executiva, Yndira G Villarroel destaca que o projeto, por ter um repertório tão plural, reúne uma ampla diversidade de swings, melodias e ritmos. O artista visual Fred Gustavos e Thayana Bruno, especialista em recursos de audiodescrição arrematam a equipe.

Yndira, artista venezuelana que também escolheu Cuiabá para viver, destaca que a iniciativa de Akane deve ser celebrada. “Ela é uma mulher imigrante, japonesa, tentando se colocar no mercado e que pensou um encontro maravilhoso do público com a música de diversos países”.

Repertório

Em “Antagata dokosa”, canção tradicional muito popular no Japão, Akane revisita memórias de infância. Já “Jambo bwana”, era uma canção que costumava compartilhar com amigos músicos do Japão. Tradicional do Quênia, é uma música vibrante com influências de benga e música costeira suali.

Akane canta música do povo curdo também, com “Keça kurda”, que quer dizer no portugués, “menina curda”, exaltando a mulher como símbolo de força e resistência. “Essa era uma canção que ensaiei com um amigo curdo que tocava o instrumento típico desse povo, o sazo, um tipo de viola de cocho. Mas infelizmente, no dia em que nos apresentaríamos sua familia foi vítima de uma bomba em um atentado terrorista”, lamenta.

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Já “Arirang”, é como um “hino não-oficial” da Coreia, que simboliza o povo coreano. “Eu tenho identidade 25% coreana, porque o pai da mina mãe era coreano”. A música em inglês, “Orange colored sky”, de Milton DeLugg e Willie Stein a fascinou nos altos dos seus 16 anos. “Ouvi com interpretação do Nat King Cole e foi então que conheci o jazz, outra paixão que tenho. Essa vai ser a primeira vez que vou cantá-la em um espetáculo”.
E então, com a descoberta do jazz, na adolescência teve seu primeiro encontro com a música brasileira. “Então, incluo nesse show ‘Travessia’, de Milton Nascimento e ‘Minha Vida’, de Caetano Veloso, que me marcaram muito”.

Num giro pelos países, ela canta também, “Venezuela”, de Pablo Herrero e José Luiz Armenteros, com música de Luis Silva. “Essa lembra muito o meu encontro com a amiga Yndira, que está totalmente engajada no projeto. Conheci essa música ao participar do projeto dela, o Multiculturas, e me encantei”.

E, além de “Canta Mundo”, que nasce em solo cuiabano, ela aproveita para homenagear sua terra-lar com “Pixé”, música de Pescuma. “Porque eu sou uma feliz japonesa-cuiabana. O destino me guiou para o lugar certo nesta terra quente, de povo acolhedor e alegre”, se diverte.

Serviço
Show Akane Canta Mundo
Dia 19 de setembro, às 19h
Teatro da UFMT
Entrada gratuita

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