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POLÍCIA

PM intercepta cegonha com duas caminhonetes adulteradas e prende homem por receptação

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Policiais militares do 10º Batalhão recuperaram duas caminhonetes de origem ilícita e prenderam um homem suspeito de receptação, em Cuiabá, na noite desta quinta-feira (27.11). Os carros estavam sendo transportados com destino ao município de Sinop (a 480 km de Cuiabá).

As equipes receberam informações de que havia um condutor de caminhão-cegonha que transportava veículos com indícios de adulteração, nas proximidades do bairro Tijucal.

Com apoio das equipes do 9º Batalhão da Polícia Militar e da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Veículos (Derfva), o caminhão foi interceptado em um trecho da BR-364, próximo ao viaduto que dá acesso à Rodovia dos Imigrantes.

Ao ser abordado, o condutor do veículo de carga relatou que seguia para o município de Sinop. Já durante a busca veicular, os policiais militares encaminharam seis automóveis, bem como a cegonha, para uma perícia ainda mais minuciosa.

Na sede da Derfva, houve constatação de que duas caminhonetes modelo Hilux haviam sido adulteradas. O suspeito foi detido em flagrante para registro do boletim de ocorrência. Ele não apresentou informações quanto à origem dos carros.

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Disque-denúncia

A sociedade pode contribuir com as ações da Polícia Militar de qualquer cidade do Estado, sem precisar se identificar, por meio do 190, ou disque-denúncia 0800.065.3939

Fonte: PM MT – MT

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POLÍCIA

Ex-PM lidera esquema que movimentou R$ 58 milhões em agiotagem e lavagem de dinheiro 

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Uma complexa rede criminosa, supostamente chefiada por um ex-policial militar e contando com a participação de outros oito membros da corporação, movimentou impressionantes R$ 58,4 milhões entre 2020 e 2022. O esquema, que envolve agiotagem, lavagem de dinheiro e extorsão, utilizava o mercado automotivo como principal mecanismo para legalizar o capital ilícito, revelam documentos judiciais.

As informações constam na decisão do juiz Moacir Rogério Tortato, do Núcleo de Justiça 4.0 do Juiz das Garantias, que autorizou uma série de buscas, apreensões e bloqueios. O magistrado aponta o ex-policial militar Tiago Alves da Silva como o principal articulador da organização.

Agiotagem e veículos como garantia

Conforme a investigação, Tiago concedia empréstimos ilegais com juros exorbitantes. Para garantir os pagamentos, ele frequentemente recebia veículos, facilitando a posterior alienação. Para dificultar o rastreamento patrimonial, terceiros eram utilizados para registrar bens, numa clara tentativa de mascarar a origem do dinheiro.

Além de Tiago, a lista de investigados inclui os policiais militares Oberdann Vinícius de Morais, Eloi Adriano Alfonso Moraes, Matheus de Lara Arguelho, Dilemir Lima Santos, Mário Sérgio de Oliveira, Pedro Antônio Norato Victor, Nilson Moraes de Aguiar e Jonny Zielasko Júnior. Outros indivíduos, incluindo Eclesiaste Alves da Silva (irmão de Tiago), Abrantes Campos Martins e Abrantes Campos Martins Júnior, Adriano Pereira Costa, Jaison Lemes de Oliveira, Elieser Vieira da Silva, Thiago Ferreira Borges, Vanessa da Silva Souza, Jean Cabral de Barros, Jairo Rodrigo de Pinho, Rafaela Cristina de Oliveira Santos, Wictor Hugo Gomes Bonomo, e o contador Victor Hugo Lucas Silva, também são alvos da operação, este último responsável pela estruturação das empresas de fachada.

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Evolução patrimonial incompatível acende o alerta

A investigação teve início após a Corregedoria da Polícia Militar notar uma evolução patrimonial de Tiago Alves da Silva totalmente desproporcional à sua remuneração como servidor público. Já em 2021, o ex-PM possuía 18 veículos, entre eles um Chevrolet Camaro, uma Volvo XC60 e uma BMW, avaliados em cerca de R$ 1,33 milhão. “O investigado possuía, já em 2021, um acervo patrimonial expressivo e manifestamente incompatível com sua remuneração como servidor público militar”, enfatizou o magistrado.

Empresas de fachada e o “Escritório de Agiotagem”

O Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco) identificou que grande parte da movimentação financeira passava por empresas de fachada. Entre elas, a TS Incorporação Ltda. (com R$ 16,1 milhões em créditos e débitos), a TS Soluções Cred Empresa Simples de Crédito Ltda. (R$ 14,6 milhões transacionados, com débitos e créditos quase equivalentes), e a Alves e Freitas Ltda. (com R$ 27,6 milhões). Todas estavam registradas no mesmo endereço da loja “Silva Multimarcas”.

Somadas, essas três empresas, com pouca ou nenhuma capacidade econômica ou operacional condizente, movimentaram mais de R$ 58,4 milhões. O local onde funcionavam os estabelecimentos “Silva Multimarcas” e “Silva Lavacar”, em Várzea Grande/MT, foi descrito como o “escritório de agiotagem” do grupo. Observações de vigilância constataram a ausência de clientes, negociações ou publicidade, reforçando a conclusão de lavagem de dinheiro.

A decisão judicial ainda destaca o uso de terceiros para disfarçar a origem dos veículos e conferir uma falsa legalidade às transações. Uma vendedora de automóveis foi identificada como peça-chave nesse esquema. Transações de veículos de alto valor entre Matheus, Tiago Alves da Silva, Vanessa Silva Souza e Oberdann Vinicius de Moraes foram intermediadas pela T.S. Factoring Fomento Mercantil Ltda., de propriedade de Tiago, evidenciando o uso do mercado automotivo para escoar recursos ilícitos.

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Vanessa, ex-esposa de Tiago, figurava como adquirente de diversos veículos de luxo, que eram rapidamente revendidos ou transferidos dentro da própria rede do grupo, caracterizando uma prática clássica de lavagem de dinheiro com rápido giro de ativos. A simulação de negócios jurídicos se estendia também ao mercado imobiliário, com casos de sobrepreço na aquisição de imóveis, como a compra de um terreno por R$ 200.000,00 pela TS Incorporação Ltda., avaliado em apenas R$ 55.000,00 – uma elevação artificial de mais de 500% sobre o valor de mercado para justificar o ingresso de dinheiro de origem ilegal.

Violência e extorsão: o lado brutal do esquema

Além dos crimes financeiros, a investigação revelou o uso de extrema violência nas cobranças das dívidas. Boletins de ocorrência detalham casos de cárcere privado, ameaças armadas e tortura empregadas por Tiago e seus comparsas para forçar pagamentos, o que confirma a natureza de organização criminosa voltada para a usura e extorsão.

Em um dos episódios, uma vítima foi forçada a abrir mão de sua parte em um bar para tentar quitar a dívida e, mesmo assim, foi agredida e torturada. Outro caso narra o cárcere privado de pai e filho, Abrantes Campos Martins e Abrantes Campos Martins Júnior, que foram ameaçados com arma de fogo e coagidos a assinar promissórias.

 

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