AGRO & NEGÓCIO
Pesquisa com IA mostra como a ciência multiplicou por 8 a produção de grãos no Brasil

A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), fundada em 1973, é parte central do salto produtivo que o Brasil viveu desde então. Dados de uma pesquisa realizada com inteligência artificial analisou 239 estudos publicados entre 1969 e 2022, para mapear como a pesquisa agrícola tem gerado impacto ao longo do tempo.
Os dados mostram que o país saiu de níveis modestos de produção nos anos 1970 para se tornar uma potência global em grãos. Há pouco mais de meio século, o Brasil ainda era um país agrícola de base tradicional, dependente de importações e limitado pela baixa produtividade. Nos anos 1970, o Brasil colhia cerca de 38 milhões de toneladas de grãos, volume que refletia uma agricultura pouco mecanizada, concentrada em regiões de clima mais ameno e dependente de tecnologias importadas.
Meio século depois, o cenário é outro: nosso país deve produzir, segundo previsão da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), 353,8 milhões de toneladas. Só a soja, carro-chefe do agronegócio nacional, saltou de 41,9 milhões de toneladas no início dos anos 2000 para mais de 178,6 milhões de toneladas na safra 2025/26.
Mais do que a expansão da área plantada, foi a produtividade por hectare que impulsionou esse avanço. O aumento está diretamente ligado ao desenvolvimento de tecnologias tropicais pela Embrapa, que adaptou cultivares a solos ácidos, desenvolveu sistemas de plantio direto, aprimorou o controle de pragas e ampliou o uso racional da irrigação e da fertilização. O resultado é que o Brasil aprendeu a produzir mais em menos área, poupando recursos naturais e reduzindo custos.
A ciência segue no centro dessa evolução. Entre os exemplos recentes estão os bioinsumos desenvolvidos pela Embrapa, que melhoram a absorção de fósforo e aumentam a produtividade em até 8% no milho e 7% na soja, com economia significativa de fertilizantes. Outro destaque é a fixação biológica de nitrogênio em larga escala, que reduz a dependência de adubos químicos e fortalece a sustentabilidade econômica e ambiental do produtor.
O estudo da Embrapa analisou 239 trabalhos publicados entre 1969 e 2022, utilizando inteligência artificial para identificar padrões de impacto da pesquisa agropecuária ao longo das décadas. A análise mostrou que as prioridades da ciência no campo evoluíram conforme os desafios globais: das medições econômicas da Revolução Verde aos anos 1970 até as abordagens sistêmicas ligadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) nas últimas décadas. As projeções indicam que, até 2030, o uso de práticas sustentáveis deve crescer 233%, bem acima da média dos demais temas, seguido por avanços em gestão de recursos e impacto social.
Apesar dos progressos, o levantamento também identificou lacunas: culturas essenciais para a segurança alimentar mundial, como arroz e trigo, ainda recebem menos atenção em estudos de impacto, e pequenos produtores continuam com acesso limitado às inovações tecnológicas.
Para o campo, os efeitos práticos dessa revolução são claros. A pesquisa pública permitiu ampliar a produção sem expandir significativamente a área plantada, reduzir custos de insumos e abrir portas para mercados mais exigentes em sustentabilidade e rastreabilidade. “O futuro do agro passa por dados, ciência e adaptação. E o Brasil, graças à Embrapa, está na vanguarda dessa transição”, resume o analista Douglas Torres, especialista em automação agrícola.
Cinco décadas depois, a Embrapa continua sendo não apenas um símbolo da capacidade científica nacional, mas também um lembrete de que produtividade e sustentabilidade podem, sim, caminhar lado a lado no agronegócio brasileiro.
Fonte: Pensar Agro

AGRO & NEGÓCIO
Governo lança Painel de Cotações Agropecuárias da Ceasa

O Governo do Tocantins lançou semana passada o Painel de Cotações Agropecuárias da Ceasa, uma ferramenta digital que oferece acesso gratuito e em tempo real aos preços de hortifrutigranjeiros comercializados nas principais unidades da Central de Abastecimento do estado, localizadas em Palmas, Paraíso do Tocantins e Gurupi.
Desenvolvido pela Agência de Tecnologia da Informação (ATI) em parceria com a Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária (Seagro), o painel visa promover maior transparência e competitividade no agronegócio tocantinense. A plataforma permite que produtores, comerciantes e consumidores acompanhem a variação de preços de uma ampla gama de produtos, como banana, alface, tomate e chuchu, com poucos cliques. Os dados são apresentados em gráficos e tabelas que mostram os preços mínimo, médio e máximo praticados em cada dia.
O acesso à plataforma é livre e não requer cadastro, garantindo que qualquer cidadão possa consultar os dados de forma rápida e intuitiva. Além disso, as cotações são atualizadas regularmente, permitindo que os usuários acompanhem as flutuações do mercado em tempo real.
Para o secretário da Seagro, Cesár Halum, a ferramenta representa um avanço significativo na democratização da informação e no fortalecimento da economia local: Com dados claros e acessíveis, o produtor deixa de chegar ao mercado sem saber o preço praticado e pode negociar sua colheita com muito mais base. Isso fortalece a economia local e garante um comércio mais justo.
O desenvolvimento do painel foi realizado pela ATI utilizando a plataforma Lab63, um ambiente dedicado à inovação e à transparência de dados públicos. Segundo o superintendente de Sistemas de Informação da ATI, José Ribeiro Neto, o projeto é um exemplo de como a tecnologia da informação pode ser uma aliada direta do desenvolvimento econômico: “Transformamos dados brutos em insights valiosos. A integração entre ATI e Seagro foi fundamental para entregar uma solução que atende a uma demanda real do setor produtivo.
O Painel de Cotações Agropecuárias da Ceasa está disponível 24 horas por dia. Para acessar, clique aqui.
Fonte: Pensar Agro
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