Pesquisar
Feche esta caixa de pesquisa.

BRASIL E MUNDO

Lula encontra Papa Leão XIV no Vaticano 

Publicados

em

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva teve uma audiência privada com o Papa Leão XIV na manhã desta segunda-feira (13), no Palácio Apostólico, marcando um momento de diálogo entre o líder brasileiro e a Santa Sé. Acompanhado da primeira-dama, Janja da Silva, e de membros de sua equipe ministerial, o presidente expressou a intenção do Brasil de fortalecer laços e debater questões globais.

Durante o encontro, Lula presenteou o pontífice com uma peça artística do renomado artista indígena Waxamani Mehinako, simbolizando a rica cultura brasileira. Em retribuição, o Papa entregou ao presidente uma placa de prata esmaltada com a imagem da Mãe do Bom Conselho.

A reunião, que ocorreu de forma reservada e breve, antecedeu os compromissos oficiais do Sumo Pontífice. Na ocasião, Lula estendeu um convite pessoal ao Papa Leão XIV para participar da COP30, conferência climática que ocorrerá em novembro, em Belém. Embora o Papa tenha declinado o convite devido aos compromissos inerentes ao Jubileu, ele assegurou que o Vaticano estará representado no evento.

“Ficamos muito felizes em saber que sua Santidade pretende visitar o Brasil no momento oportuno. Será muito bem recebido, com o carinho, o acolhimento e a fé do povo brasileiro”, declarou o presidente Lula, reforçando a expectativa de uma futura visita papal ao país.

Leia mais:  Operação investiga empresas para rastrear uso de metanol em bebidas

A conversa entre os líderes também abordou temas sociais urgentes. Lula elogiou a primeira exortação apostólica do Papa Leão XIV, que critica veementemente a indiferença diante da fome e da desigualdade social. “Precisamos criar um amplo movimento de indignação contra a desigualdade”, reiterou o presidente, sublinhando a convergência de visões sobre a necessidade de combater as disparidades globais.

No período da tarde, a agenda do presidente Lula segue intensa. Ele participará da abertura do Fórum Mundial da Alimentação, que celebra os 80 anos da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO). Além disso, Lula tem reuniões agendadas com o diretor-geral da FAO, Qu Dongyu, e com o chefe de governo de Bangladesh, Muhammad Yunus. Encerrando o dia, o presidente presidirá a Segunda Reunião do Conselho de Campeões da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, reforçando o compromisso do Brasil com a segurança alimentar e o desenvolvimento sustentável.

*Com informações de Gina Marques, correspondente da RFI

Comentários Facebook
Propaganda

BRASIL E MUNDO

Grécia aprova jornada de trabalho de 13 horas diárias: medida gera polêmica e preocupação entre trabalhadores

Publicados

em

O Parlamento grego aprovou, na quinta-feira (16), uma lei que permite aos trabalhadores cumprir jornadas de até 13 horas diárias para o mesmo empregador. A medida, apresentada como opcional e voluntária, e prometendo aumento salarial pelas horas adicionais à jornada legal de oito horas, tem gerado forte debate e preocupação no país.

A nova legislação, apesar de ser vendida como uma flexibilização para atender demandas específicas, levanta temores significativos entre a classe trabalhadora, especialmente aqueles em condições mais vulneráveis. Muitos expressam apreensão de que serão compelidos a aceitar horários exaustivos sob a ameaça de perderem seus empregos, descaracterizando a suposta “voluntariedade” da proposta.

Após uma década de crise econômica que dizimou os salários no país, colocando-os entre os mais baixos da União Europeia, a perspectiva de jornadas estendidas é vista com ceticismo. Apostolis Steropoulos, um profissional da educação, reflete o sentimento de muitos: “Hoje em dia, que ser humano razoável – a menos que seja produto de inteligência artificial – gostaria de trabalhar 13 horas por dia? Em 1886, houve greves em Chicago para obter a jornada de 8 horas. E dois séculos depois, estamos regredindo.”

Leia mais:  Agricultores franceses protestam massivamente contra acordo UE-Mercosul

A lei, que contou com o apoio do governo conservador e da maioria dos parlamentares de direita, foi alvo de veementes críticas por parte de sindicatos e partidos de esquerda. A oposição classificou a medida como uma “verdadeira Era das Trevas do trabalho”, uma “monstruosidade legislativa” que ataca direitos fundamentais dos trabalhadores. O partido Syriza, principal força de esquerda, optou por não participar da votação em protesto, com seu porta-voz, Christos Giannoulis, denunciando a “desregulamentação do trabalho”. O líder do partido, Sokratis Famellos, foi ainda mais contundente, afirmando que o governo está “estabelecendo uma verdadeira Idade Média do trabalho”.

A Grécia já havia sido palco de duas greves gerais recentes em resposta a essa reforma trabalhista. Em um contexto onde a economia mostra sinais de recuperação pós-crise, mas os salários continuam deprimidos, a possibilidade de trabalhar 13 horas já existia, mas restrita àqueles com múltiplos empregadores. A nova lei estende essa permissão para um único contratante, reacendendo o debate sobre as condições de trabalho e os direitos laborais no país.

Comentários Facebook
Continue lendo

Polícia

MATO GROSSO

Política Nacional

AGRO & NEGÓCIOS

ESPORTES

VARIEDADES

CIDADES

Mais Lidas da Semana