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Justiça condena homem a 18 anos por feminicídio: frieza choca o Tribunal

Em um julgamento que destacou a brutalidade da violência doméstica, Dione Marcos Luna Lovo foi condenado nesta sexta-feira (17) a 18 anos de reclusão e dez dias-multa pelos crimes de posse irregular de arma de fogo e, principalmente, pelo homicídio qualificado da esposa, Daiane Pacífico da Silva. A sentença, proferida pela juíza Rafaella Karlla de Oliveira Barbosa na Comarca de Aripuanã, reflete a gravidade do ato, que o Conselho de Sentença classificou como feminicídio.
O Conselho de Sentença não hesitou em reconhecer Dione como o autor do crime, rejeitando o pedido de absolvição da defesa. Além disso, confirmou as qualificadoras de feminicídio e o uso de meios que impossibilitaram qualquer defesa da vítima, enquadrando o réu no artigo 121 do Código Penal (homicídio qualificado) e na Lei 10.8026/2023 (Estatuto do Desarmamento, referente à posse irregular).
A juíza Rafaella Karlla de Oliveira Barbosa enfatizou a elevada culpabilidade do réu, ressaltando a frieza demonstrada após o assassinato da mulher com quem convivia há mais de seis anos. “Após desferir o disparo de arma de fogo em desfavor da vítima, o réu não buscou de imediato o socorro necessário, optando por retornar à sua residência para tomar banho e trocar de roupa, numa clara demonstração de frieza e indiferença quanto à gravidade do ocorrido”, pontuou a magistrada durante a leitura da sentença.
A pena foi dividida: 16 anos de reclusão pelo homicídio qualificado e 2 anos de reclusão mais dez dias-multa pela posse irregular de arma de fogo, somando o total de 18 anos de reclusão e dez dias-multa. A execução da pena será em regime inicial fechado, e Dione Marcos Luna Lovo não terá o direito de recorrer em liberdade.
Um ponto de atenção levantado pela juíza foi a recente alteração legislativa que elevou a pena-base para o feminicídio. “Inicialmente destaco que após o advento da Lei nº 14.994/2024 a pena base para o crime de feminicídio foi elevada de 12 a 30 anos para 20 a 40 anos de reclusão, tornando o feminicídio o crime com a maior pena privativa de liberdade do Brasil”, explicou. Contudo, a magistrada esclareceu que, como o crime ocorreu antes da publicação desta nova lei, a legislação anterior foi aplicada ao caso.
O Crime e a Descoberta da Verdade
O assassinato de Daiane Pacífico da Silva, de 21 anos, ocorreu em 30 de junho de 2024, em Aripuanã. Inicialmente, o caso foi reportado à Polícia Militar como um acidente de motocicleta, com Daiane supostamente na condução e Dione na garupa, ferido. Dione foi levado como “vítima” para prestar esclarecimentos.
No entanto, a versão inicial começou a ruir quando o médico responsável pelo exame do corpo de Daiane levantou suspeitas sobre a causa da morte, notando inconsistências com um acidente comum. Uma perícia foi então solicitada e confirmou a terrível verdade: Daiane foi vítima de um disparo de arma de fogo, atingida próximo à cabeça.
Com o laudo pericial em mãos, a Polícia Civil obteve rapidamente a prisão preventiva de Dione. Durante as buscas em sua residência, foram apreendidas duas armas de fogo legalizadas: um revólver calibre 38 e um rifle calibre 22, fortalecendo as provas contra o réu e culminando na condenação imposta pelo Tribunal do Júri. A decisão de Aripuanã reforça o compromisso da justiça em coibir a violência de gênero e punir os responsáveis por crimes tão hediondos.

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Homem é preso por ameaçar de morte a ex-companheira e filho

A Polícia Civil de Mato Grosso prendeu, nesta sexta-feira (17.10), um homem de 35 anos suspeito de ameaçar de morte sua ex-companheira e o filho dela no município de Aripuanã. Durante a operação, um segundo indivíduo foi detido por porte ilegal de arma de fogo.
A ação teve início após a vítima procurar a delegacia para registrar a ocorrência. Segundo o relato da mulher, o suspeito a teria procurado repetidamente em sua residência, importunando-a e proferindo ameaças. Inicialmente, ele teria solicitado a motocicleta emprestada do filho dela, pedido que foi negado.
As ameaças se intensificaram quando o homem retornou à residência da vítima, desta vez ameaçando-a diretamente e toda a sua família. O ápice da intimidação ocorreu quando o suspeito enviou um vídeo à ex-companheira, no qual aparecia portando uma arma de fogo e afirmando que a mataria.
Diante das graves informações, uma equipe policial iniciou diligências imediatas. Os agentes se deslocaram até a residência do suspeito, onde ele foi detido em flagrante pela prática de ameaça. Durante a prisão, o indivíduo informou aos policiais que a arma exibida no vídeo pertencia a outra pessoa.
Com base na informação, o segundo envolvido foi identificado e conduzido à delegacia, onde foi autuado por posse ilegal de arma de fogo de uso permitido.
Após a realização dos procedimentos legais cabíveis na delegacia, ambos os suspeitos permaneceram à disposição da Justiça. A Polícia Civil segue investigando o caso para apurar todos os detalhes e garantir a segurança da vítima.
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