POLÍTICA NACIONAL
Educadores elogiam política de formação de professores, mas apontam desafios

Debatedores destacaram nesta terça-feira (9), em audiência pública da Comissão de Educação (CE), as ações do Ministério da Educação (MEC) em apoio à formação de profissionais de educação básica, cuja atuação consideram essencial para a ampliação do direito à alfabetização. Porém, os convidados também lembraram que ainda há muito a avançar na alfabetização, especialmente na valorização dos professores.
A audiência aconteceu a pedido da senadora Augusta Brito (PT-CE), que conduziu o debate. Ela faz parte de um ciclo de audiências para avaliação da política Compromisso Nacional Criança Alfabetizada, que foi lançada em 2023 com o objetivo de garantir que todos os alunos sejam alfabetizados até o segundo ano do ensino fundamental.
A avaliação dessa política é um dos objetivos da CE neste ano. Augusta disse esperar que a avaliação gere recomendações da CE com respaldo de conhecedores do tema.
— Vamos ter aqui mais audiências públicas, vamos falar mais sobre a questão da educação, especialmente da alfabetização na idade certa e tudo que ela envolve — assegurou a senadora.
A alfabetização na idade certa e com a devida qualidade é um direito da criança, disse a secretária de Finanças da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Rosilene Corrêa Lima. Porém, ela considera que o Brasil ainda se recupera do “golpe” da implementação insuficiente do Plano Nacional de Educação (PNE).
— Tivemos um desmonte de todas as políticas voltadas para a melhoria e para a garantia de qualidade, acesso e permanência. A educação infantil não foi diferente.
Entre outros pontos, Rosilene cobrou a valorização dos profissionais da educação, com planos de carreira mais sólidos. Em sua avaliação, fazer com que os profissionais permaneçam no magistério é um desafio, pois os incentivos ainda são insuficientes.
A coordenadora-geral de formação de professores da educação básica do MEC, Lucianna Magri de Melo Munhoz, explicou as políticas do ministério em apoio ao segmento e manifestou esperança no Concurso Nacional Unificado (CNU) para aumento do número de professores.
— Tivemos mais de um milhão de professores inscritos na primeira edição [do CNU]. Isso mostra que os professores, sim, querem e precisam de concurso público.
Também representando o MEC, o coordenador-geral de Políticas de Educação do Campo, Evandro Costa de Medeiros, destacou o investimento do ministério em cursos de licenciatura em educação do campo, e alertou para as condições precárias das escolas do campo e o baixo índice de professores sem ensino superior nessas unidades.
Formação
Representante do Movimento Interfóruns de Educação Infantil do Brasil (Mieib), Cristina Madeira-Coelho destacou a importância da educação até os 6 anos, que deve ser levada em conta na formação de professores.
— A criança tem especificidades no seu processo de aprendizagem que é preciso que a gente respeite para dizermos que a educação tem qualidade.
A vice-presidente da Associação Brasileira de Alfabetização (Abalf), Fernando Rodrigues de Oliveira, contrastou a ampliação do acesso à escola com os obstáculos que ainda existem à alfabetização plena, mas elogiou a postura do MEC em apoio ao Compromisso Nacional Criança Alfabetizada, especialmente na formação de professores.
— As entidades científicas e a sociedade civil passaram a ser ouvidas novamente no âmbito do Ministério da Educação. Política pública não é constituída e não se solidifica quando é pensada exclusivamente em gabinetes.
A diretora de articulação institucional da Associação Nacional Pela Formação dos Profissionais da Educação (Anfope), Andréia Nunes Militão, afirmou que a política de alfabetização deve considerar não só as necessidades específicas das escolas, mas também as necessidades formativas dos profissionais.
— A formação inicial e continuada dos profissionais do magistério precisa ser pensada de maneira orgânica e articulada com as necessidades da educação básica.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
Fonte: Agência Senado

POLÍTICA NACIONAL
Comissão aprova prioridade em serviços públicos para mães e cuidadores de pessoa com deficiência ou autismo

A Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência aprovou o Projeto de Lei 3493/25, que assegura a mães e cuidadores de pessoas com deficiência ou transtorno do espectro autista (TEA) prioridade no atendimento em serviços públicos.
A prioridade prevista compreende:
- acesso preferencial em filas de atendimento, como em bancos, órgãos públicos, hospitais e escolas;
- tratamento humanizado e rápido em relação a demandas da pessoa cuidada;
- espaço de espera adequado, se a demanda for compatível; e a
- previsão de um canal de atendimento especializado, sempre que possível.
O benefício, pelo texto, será assegurado por meio de declaração, laudo médico, cadastro em programas assistenciais ou outro documento idôneo que comprove a condição de cuidador ou de mãe responsável por pessoa com deficiência ou TEA.
Por recomendação do relator, deputado Duarte Jr. (PSB-MA), a comissão aprovou sem alterações o projeto do deputado Dr. Fernando Máximo (União-RO).
“Ao garantir prioridade no atendimento, o projeto em apreço contribui para a redução de obstáculos enfrentados por esses cidadãos, assegurando-lhes melhores condições de conciliar suas demandas pessoais e burocráticas com as necessidades especiais de seus dependentes”, argumentou Duarte Jr.
Próximas etapas
A proposta será ainda analisada, em caráter conclusivo, pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.
Para virar lei, o texto deve ser aprovado pela Câmara e pelo Senado.
Conheça a tramitação de projetos de lei
Reportagem – Murilo Souza
Edição – Wilson Silveira
Fonte: Câmara dos Deputados
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