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POLÍTICA NACIONAL

CPMI reforça investigação a suspeitos por descontos fraudulentos de aposentados

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O presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS, senador Carlos Viana (Podemos-MG), anunciou nesta quinta-feira (18) medidas para ampliar a investigação sobre descontos fraudulentos em aposentadorias e pensões. A iniciativa inclui prioridade em depoimentos e decisões do Supremo Tribunal Federal (STF).

Segundo Viana, alguns ministros do STF mudaram de posição e passaram a exigir o comparecimento de convocados à comissão. “Obtivemos uma vitória importante. A decisão do ministro André Mendonça de obrigar testemunhas a comparecer representa um avanço. Hoje iniciamos uma nova fase, mais firme e direcionada da CPMI”, disse.

As restrições de comparecimento continuam válidas para investigados presos, como Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, e o empresário Maurício Camisotti, apontados como líderes das fraudes.

Parlamentares querem ouvi-los na comissão ou, ao menos, nas dependências da Polícia Federal. Houve críticas ao habeas corpus do ministro Flávio Dino, que ainda beneficia Cecília Simões, esposa de Camisotti.

Saulo Cruz/Agência Senado
Nelson Willians Rodrigues estava amparado por habeas corpus

Silêncio
A CPMI ouviu nesta quinta-feira (18) o advogado Nelson Willians Rodrigues, alvo de operação de busca e apreensão e de pedido de prisão cautelar por transações suspeitas com Camisotti. Amparado por habeas corpus, ele fez apenas um pronunciamento inicial e depois continuou negando participação nas fraudes.

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“Eu fui pego de surpresa pelos fatos, porque para mim isso é um crime hediondo. Eu não conheço o ‘Careca do INSS’. Minha relação com Maurício Camisotti começou como profissional e virou amizade. Não possuo ligação com os fatos investigados”, afirmou.

O relator da CPMI, deputado Alfredo Gaspar (União-AL), destacou a ostentação do advogado nas redes sociais, a movimentação financeira superior a R$ 4 bilhões e sua posição “no centro das investigações”. Para Gaspar, “o silêncio dele falou alto. Chega como testemunha e sai como provável investigado pela CPMI”.

Viana afirmou que a postura dos depoentes não atrapalha os trabalhos. “Não vamos deixar de trazer ninguém. Mesmo em silêncio, o relatório será feito com base nas investigações, quebras de sigilo e informações obtidas. É um quebra-cabeça que vamos montar peça por peça”, declarou.

Novas convocações
A comissão pretende organizar os cerca de 80 convocados em lista de prioridade e pode pedir prorrogação dos trabalhos. Um agente da Polícia Federal auxilia nas apurações, principalmente em casos de lavagem de dinheiro.

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Na reunião desta quinta-feira (18), a CPMI aprovou 179 requerimentos de informação e de convocação. Entre eles os que deverão ser ouvidos na comissão estão os ministros Vinícius Carvalho (Controladoria-Geral da União) e Jorge Messias (Advocacia-Geral da União) e o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues. Esses pedidos foram transformados em convites.

Também foi solicitado ao STF que informe sobre eventuais políticos citados na investigação da Polícia Federal. “Não temos nada a esconder. Se houve político que favoreceu o roubo da Previdência, a população tem o direito de saber. Mas não se pode fazer pré-julgamento”, disse Viana.

A CPMI apura fraudes estimadas em cerca de R$ 6 bilhões, ocorridas entre 2019 e 2024.

Reportagem – José Carlos Oliveira
Edição – Geórgia Moraes

Fonte: Câmara dos Deputados

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POLÍTICA NACIONAL

Comissão aprova sustar regras do Garantia-Safra a agricultores que aderiram na safra 2022/23

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A Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Decreto Legislativo 257/24, que susta as regras de concessão do benefício Garantia-Safra a agricultores de nove estados que aderiram em 2022 e 2023.

O autor do projeto, deputado Domingos Neto (PSD-CE), critica a norma por falta de transparência ao contemplar alguns municípios atingidos por estiagem ou enchente, enquanto deixou de fora outros municípios de uma mesma região que também sofreram os efeitos das adversidades climáticas.

O relator do projeto, deputado Thiago Flores (Republicanos-RO), citou o exemplo da região Norte, em especial o estado de Rondônia, que foi atingido por eventos climáticos sem inclusão dos agricultores na cobertura do programa. “Trata-se de uma exclusão que penaliza injustamente produtores que já enfrentam condições estruturais desafiadoras e cuja renda depende fortemente da estabilidade climática”, afirmou.

Segundo Flores, a ausência de publicação clara dos critérios utilizados na seleção dos municípios contemplados contraria princípios como da transparência administrativa e compromete a credibilidade do Garantia-Safra.

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A Portaria 127/24 do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar determinou o pagamento do Garantia-Safra a agricultores de Alagoas, Bahia, Ceará, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe. No total, foram destinados mais de R$ 606 milhões para 632 municípios.

Próximos passos
A proposta ainda será analisada pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania. Depois, seguirá para o Plenário.

Para virar lei, a proposta precisa ser aprovada pela Câmara e pelo Senado.

Conheça a tramitação de projetos de decreto legislativo

Reportagem – Tiago Miranda
Edição – Pierre Triboli

Fonte: Câmara dos Deputados

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