TCE-MT
Conselheiro do TCE-MT defende metas de contrapartida social para empresas com incentivos fiscais no Mato Grosso

À frente da auditoria sobre os incentivos fiscais e gestão da dívida ativa do estado, o conselheiro do Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE-MT), Antonio Joaquim, defende que o Governo estabeleça metas para a contrapartida social de empresas isentas de tributação. O objetivo é garantir que a população seja de fato beneficiada diante das renúncias fiscais autorizadas pelo Estado, que só em 2023 atingiram o valor de R$10,8 bilhões.
Conforme demonstrado na última semana, na análise das contas anuais do Executivo Estadual, este valor quase se equipara ao destinado às áreas de Educação, Saúde e Segurança, que juntas somaram R$ 13.9 bilhões. “O pobre não está no orçamento do Brasil. O grande valor orçamentário é o gasto tributário: 35,3% do ICMS do Mato Grosso, que tem um valor de R$ 30,6 bilhões, é incentivo”, afirmou Antonio Joaquim.
Desde junho a auditoria instaurada pelo Tribunal vem avaliando a eficiência, a efetividade e a transparência da política de incentivos fiscais e da gestão da dívida ativa referente aos últimos cinco anos. “Claro que este é um instrumento de desenvolvimento, mas houve a decisão do Governo de não monitorar esse gasto público. Então, também não há uma fixação de meta de contrapartida.”
Além da criação de metas de contribuição, o trabalho deverá resultar em proposta para que o Governo retome estratégia de avaliação das consequências destes gastos. O processo de auditoria será julgado em Plenário e encaminhado ao Executivo.
“Vamos levantar em um processo técnico e científico todas as empresas que recebem esses incentivos, identificar as que participam da moratória da soja e da carne e encaminhar ao Governo do Estado, sugerindo que sejam cassados os incentivos das empresas que não têm contrapartida, em razão do prejuízo que causam ao desenvolvimento do estado”, asseverou Antonio Joaquim.
Todas essas medidas são determinantes para uma melhora nos índices sociais, alarmantes na maioria dos municípios. No balanço anual do Governo, relatado pelo conselheiro Waldir Teis, foi apontado, por exemplo, que o analfabetismo entre menores de 15 anos tem taxa de 4,50%, a maior do Centro-Oeste. Já a mortalidade infantil, tem média de 14,08 óbitos por mil nascidos vivos, superando a taxa nacional de 12,59.
Estes números contrastam com os recordes obtidos todos os anos pela economia de Mato Grosso, onde o crescimento econômico em 2023 foi três vezes maior do que o nacional. Enquanto o estado fechou o período com alta de 10,6% no Produto Interno Bruto (PIB), o desempenho do país foi de 2,9%, segundo relatório do Banco do Brasil publicado em março.
Neste contexto, Antonio Joaquim destaca que a atuação do TCE-MT vai contribuir com a redução de desigualdades na distribuição de renda. “O Tribunal pode contribuir para que o estado seja realmente rico, não um estado de poucos ricos. E que possa oferecer essa riqueza à população. Isso significa emprego, comida, hospital funcionando, escola funcionando, estrada de qualidade. Esse é o nosso objetivo”, concluiu.

TCE-MT
Conselheiro Sérgio Ricardo lança livro sobre “Defesa Recursal”

Por Edmundo Pacheco | Portal Mato Grosso
O lançamento do livro “Defesa Recursal nos Tribunais de Contas”, nesta terça-feira (23) no auditório da Escola Superior de Contas, reforça a busca por processos de fiscalização mais justos e transparentes.
Assinada pelo presidente do Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE-MT), o conselheiro Sérgio Ricardo, a obra se propõe a orientar profissionais, pesquisadores, estudantes, advogados, gestores e servidores de tribunais de contas sobre os principais instrumentos jurídicos que garantem o contraditório, a ampla defesa e a imparcialidade no controle externo.
Em seu discurso, Sérgio Ricardo destacou o valor do estudo do direito como um caminho para a justiça. “Quanto mais me aprofundo no direito, mais me convenço de que ele trata da vida e da justiça, do que realmente importa ao ser humano. Este livro é como uma Bíblia, no sentido de orientar: o TCE não age para permitir o que não se deve, mas para assegurar que não se vá além do permitido. Esta obra não é apenas para ser lida, é para ser estudada, pois nosso tribunal é, acima de tudo, uma escola que orienta e contribui com municípios, administrações e sociedade.”
A publicação, coautoria do consultor jurídico-geral do TCE-MT, Grhegory Maia, e coordenada pelo jurista Rennan Thamay, integra o terceiro volume da coleção “Direito Processual de Contas”.
Entre os temas abordados estão a teoria das nulidades no processo de contas, o regime recursal das decisões administrativas e os efeitos processuais dos recursos, incluindo agravo interno, embargos de declaração, recurso ordinário, pedido de revisão e de rescisão.
Sérgio Ricardo ressalta que a obra fortalece um modelo processual mais justo, garantista e alinhado aos valores do Estado Democrático de Direito.
“Esses princípios fundamentais são pilares que aumentam a confiança da sociedade no trabalho dos tribunais de contas.” Já Grhegory Maia observa que o objetivo do livro é ir além de esclarecer procedimentos: “Criamos uma ferramenta que oferece suporte técnico para reduzir conflitos e incertezas, permitindo que o controle externo atue com mais agilidade, precisão e credibilidade, beneficiando tanto os fiscalizados quanto a sociedade”.
O evento de lançamento contou com sessão de autógrafos e distribuição de exemplares aos participantes.
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