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Ceará: Inscrições para empresas afetadas pelo tarifaço são prorrogadas

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Quase metade das exportações do Ceará (44%) tem como destino os Estados Unidos, especialmente siderurgia, frutas, pescados e pás eólicas. Esse peso tornou o estado um dos mais atingidos pela tarifa extra de 50% aplicada pelo governo norte-americano sobre produtos brasileiros. Mais de 90% da pauta cearense entrou no alcance das novas cobranças, segundo a Secretaria do Desenvolvimento Agrário (SDA).

Para tentar reduzir os impactos, o governo estadual prorrogou em 10 dias (até o próximo dia 20) o prazo de inscrições no edital que permite às empresas afetadas redirecionar parte da produção ao mercado interno.

Serão contemplados itens como mel, castanha, filé de peixe, água de coco e cajuína. A iniciativa prevê compras diretas pelo estado ou por prestadores de serviço contratados, com preços definidos pela Secretaria da Fazenda a partir de pesquisas de mercado.

O credenciamento é válido por 120 dias, prorrogáveis, e está aberto a empresas instaladas no Ceará, em situação fiscal e trabalhista regular, que comprovem queda nas vendas para os EUA em comparação com a média do segundo semestre de 2024. O objetivo é garantir fluxo para os produtos e evitar retração da atividade exportadora, preservando empregos e renda.

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Os preços de compra serão definidos pela Secretaria da Fazenda com base em pesquisas de mercado. A documentação deve ser enviada para o e-mail [email protected], e o resultado será divulgado no site da secretaria e no Diário Oficial.

Fonte: Pensar Agro

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Carne bovina resiste ao tarifaço apostando em novos mercados e triangulação

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O mercado brasileiro de carne bovina entrou em setembro sob o efeito pleno da tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos sobre produtos nacionais. O temor inicial era de um impacto bilionário no setor, mas cálculos mais recentes apontam que a perda de receita deve ser significativamente menor.

A estimativa da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), que no início do ano girava em torno de R$ 5,4 bilhões, foi revista para algo entre R$ 1,6 bilhão e R$ 2,1 bilhões. A expectativa é de que esse valor seja diluído mês a mês, conforme o comércio internacional se reorganiza.

O ponto central é que o mercado global de proteína animal não funciona de forma isolada. Quando os Estados Unidos aplicam barreiras contra a carne brasileira, outros países tendem a ajustar sua oferta. É o caso da Austrália, que deve direcionar mais embarques ao mercado americano, abrindo espaço em nações asiáticas. O Brasil, impedido de vender diretamente aos EUA, encontra nesses países oportunidades para ocupar as lacunas deixadas pelos australianos.

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Além disso, cresce a possibilidade de triangulação comercial. Produtos brasileiros, como carne e café, podem chegar ao mercado norte-americano via países vizinhos ou parceiros comerciais, como Argentina, Uruguai, Colômbia e México. A prática exige cautela regulatória, mas já faz parte da discussão sobre como reduzir os efeitos do tarifaço.

O setor também aposta em um movimento diplomático para ampliar mercados e agregar valor às exportações. O Japão é visto como uma das maiores oportunidades. A expectativa é de que o país abra seu mercado à carne bovina brasileira ainda em 2025, durante encontros de alto nível previstos para novembro.

Além disso, Ásia e Oriente Médio seguem no radar. Recentes avanços incluem a autorização para venda de miúdos à Indonésia e negociações em andamento com Vietnã, Filipinas e Malásia. A Turquia também figura entre os destinos de interesse, embora questões técnicas ainda travem o processo.

A revisão para baixo do impacto financeiro mostra que a cadeia da carne brasileira conseguiu reagir mais rápido do que se esperava. A combinação de demanda aquecida em países asiáticos, realinhamento de fluxos globais e abertura de novos mercados deve compensar, ao menos em parte, a perda de espaço nos Estados Unidos.

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Para o setor, o desafio agora é consolidar essas alternativas. A estratégia passa por ampliar a lista de países compradores, valorizar cortes menos consumidos no Brasil, como miúdos, e usar a diplomacia comercial para transformar crises em oportunidades.

Fonte: Pensar Agro

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