POLÍTICA NACIONAL
Brasil pode liderar debate sobre redução da produção de plástico, dizem especialistas

Os participantes de audiência pública na Câmara dos Deputados sobre a produção mundial de plásticos afirmaram que a realização da COP30 no Brasil pode fortalecer o debate e dar ao País papel de destaque nas negociações sobre poluição por plástico.
O encontro ocorreu após a reunião em Genebra (Suíça) para discutir um tratado internacional sobre o tema. O resultado foi debatido na Comissão de Legislação Participativa em parceria com a Frente Parlamentar Mista em Apoio aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.
A deputada Erika Kokay (PT-DF), autora do pedido da audiência, lembrou que a poluição por plásticos é uma das principais ameaças ao meio ambiente, com impactos em ecossistemas terrestres e marinhos.
Divergências em Genebra
Segundo a representante do Ministério das Relações Exteriores, Luciana Melchert Saguas Presas, não houve consenso na reunião em Genebra. Ela explicou que as divergências estavam em dois pontos:
- financiamento das ações e definição de responsabilidades; e
- definição do ciclo de vida completo dos plásticos.
“O debate refletiu posições profundamente divergentes entre países produtores de petróleo e países mais vulneráveis à poluição”, informou.
O representante do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Adalberto Felício Maluf, defendeu um acordo mundial para reduzir os impactos do plástico no meio ambiente e na saúde humana.
Ele destacou que 38% da gestão mundial de resíduos ainda é inadequada e que o governo brasileiro tem buscado investir na economia circular inclusiva, com o fechamento dos lixões e a inserção socioprodutiva dos catadores, responsáveis por 90% da reciclagem no País. “Hoje o Brasil ainda enterra R$ 38 bilhões em produtos recicláveis que poderiam voltar à economia”, lamentou.
Indústria
Já o presidente-executivo da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), André Passos Cordeiro, ressaltou a importância da indústria do plástico para a economia nacional. “Somos a quarta maior indústria química do mundo. Usamos principalmente fontes de energia renováveis e emitimos metade do carbono por tonelada em comparação com outros países.”
Saúde
Por outro lado, Juliana Ferreira, assessora de advocacy da ACT Promoção da Saúde, afirmou que não é possível manter o atual nível de produção de plásticos sem agravar a crise climática.
A ACT atua na defesa de políticas de saúde pública há 18 anos, em áreas como tabaco, álcool e alimentação. Segundo Juliana, os plásticos, afetam além do meio ambiente, também a saúde humana.
“Se a produção continuar no mesmo ritmo, reciclagem e logística reversa não serão suficientes. Sem superar os conflitos de interesse, vamos aprofundar uma crise de saúde pública, com os impactos dos micro e nanoplásticos absorvidos pelo nosso organismo”, afirmou.
Reportagem – Mônica Thaty
Edição – Geórgia Moraes
Fonte: Câmara dos Deputados

POLÍTICA NACIONAL
Comissão aprova prioridade em serviços públicos para mães e cuidadores de pessoa com deficiência ou autismo

A Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência aprovou o Projeto de Lei 3493/25, que assegura a mães e cuidadores de pessoas com deficiência ou transtorno do espectro autista (TEA) prioridade no atendimento em serviços públicos.
A prioridade prevista compreende:
- acesso preferencial em filas de atendimento, como em bancos, órgãos públicos, hospitais e escolas;
- tratamento humanizado e rápido em relação a demandas da pessoa cuidada;
- espaço de espera adequado, se a demanda for compatível; e a
- previsão de um canal de atendimento especializado, sempre que possível.
O benefício, pelo texto, será assegurado por meio de declaração, laudo médico, cadastro em programas assistenciais ou outro documento idôneo que comprove a condição de cuidador ou de mãe responsável por pessoa com deficiência ou TEA.
Por recomendação do relator, deputado Duarte Jr. (PSB-MA), a comissão aprovou sem alterações o projeto do deputado Dr. Fernando Máximo (União-RO).
“Ao garantir prioridade no atendimento, o projeto em apreço contribui para a redução de obstáculos enfrentados por esses cidadãos, assegurando-lhes melhores condições de conciliar suas demandas pessoais e burocráticas com as necessidades especiais de seus dependentes”, argumentou Duarte Jr.
Próximas etapas
A proposta será ainda analisada, em caráter conclusivo, pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.
Para virar lei, o texto deve ser aprovado pela Câmara e pelo Senado.
Conheça a tramitação de projetos de lei
Reportagem – Murilo Souza
Edição – Wilson Silveira
Fonte: Câmara dos Deputados
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