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Barra do Garças, Pontal e Aragarças: Uma Noite de Lua Crescente

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Por João Arruda

É noite! A lua é crescente, e o vento é tímido nos dois extremos de dois estados. Na outra margem do Araguaia, a antiga Barra Goiana, atual Aragarças, é ligada pela BR-070 à Barra Cuiabana — talvez muitas pessoas, e até mesmo os nativos, não saibam que esse foi o nome de Barra do Garças outrora. Ah, corre a primavera! Os rios Garças e Araguaia se unem, se fundem, e um tributa suas águas ao outro, descendo airosos, caudalosos, que se esgueiam nos barrancos pedregosos e seguem a sina de descer do Planalto, enchendo de vida seus leitos e suas bordas com verdejantes matas. A passarada gorjeia ao romper da quarta d’alva até a terra se inclinar por trás da Serra Azul. É nesse ambiente que as araras, periquitos e outras aves ofertam uma sinfonia araguaiana incomparável: pássaro-preto, japu, fogo-apagou, perdiz, caga-sebo, bem-te-vi, tangará, tucano, inhambu, canário-da-terra e sabiá melódico. São incontroláveis suas cantorias afinadas, que enchem de paz esse ambiente que divide o continente sul-americano.

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Com meu filho atuando em sua carreira militar desde 2022, em Aragarças, o destino me arrasta do berço natal, em Cáceres, no oeste mato-grossense, até estas agradáveis cidades, unidas por uma ponte que as torna únicas.

Nada menos que 13 cachoeiras brotam da mística Serra Azul, além de incontáveis fontes termais que atraem uma crescente visitação de turistas nacionais e estrangeiros. Afinal, esses ambientes, numa margem ou em outra, são atrativos de encher os olhos.

Essa é a impressão de um pantaneiro apaixonado pelo torrão natal, mas que também cede o braço às belezas naturais do outro extremo de Mato Grosso.

Caminhando pelas bem-cuidadas vias públicas de ambas as cidades, logo o meu sotaque chama atenção, seguido de uma indagação: “És de Cuiabá?”. Sim, meu sotaque é de cuiabano, mas não sou de lá, xômano, sou dessa mesma vertente, sou de um pouco mais ao Oeste, sou cacerense, xômano.

Assim, aqui e acolá, este bugre vai se ambientando com nossos conterrâneos, que situam uma hora a mais que a nossa no fuso de Brasília, e trazem consigo o sotaque de mineiros e de goianos.

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Esse Brasil é o nosso país, com dimensões continentais, cujas variações linguísticas dão a amostra de nossas origens desde a colonização.

A essa gente ordeira, a esse bravo povo das margens do Araguaia, um grande abraço deste bugre, bem como de toda nossa gente da vasta e bela fronteira.

João Arruda é jornalista em Cáceres-MT

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CDL Cuiabá e a política feita pelas entidades representativas

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Por Andréia Cruz

As entidades de representação têm exercido um papel cada vez mais estratégico no Brasil. Historicamente criadas para defender os interesses de determinados segmentos, elas evoluíram e hoje ocupam também o espaço de formuladoras de políticas públicas – atuando de forma técnica, apartidária e comprometida com o desenvolvimento econômico e social.

Esse é o caso da Câmara de Dirigentes Lojistas de Cuiabá (CDL Cuiabá), que há mais de cinco décadas representa o comércio e os serviços da capital mato-grossense. Nossa missão vai muito além da defesa empresarial, porque unimos forças para transformar Cuiabá no melhor lugar para empreender e morar. Essa é a essência do nosso trabalho: fortalecer o setor produtivo para compartilhar prosperidade.

Essa atuação faz parte do que se convencionou chamar de política de classe: uma política exercida por entidades do terceiro setor que representam grupos produtivos e profissionais, sem vínculos partidários. É uma política que não disputa eleições, mas participa ativamente da formulação de soluções que impactam toda a sociedade.

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Sua força vem do diálogo constante com o poder público, da escuta qualificada das demandas empresariais e da construção de propostas que contribuem para um ambiente de negócios mais dinâmico, inovador e sustentável.

Em Cuiabá, essa função ganha ainda mais relevância. O comércio e os serviços são responsáveis pela maior parte dos empregos formais na cidade e constituem o principal motor da economia local. Cada loja, restaurante ou prestador de serviço movimenta a renda, gera oportunidades e impulsiona o desenvolvimento urbano.

Por isso, quando entidades como a CDL Cuiabá se posicionam junto a parlamentares, Poder Público ou Judiciário, o intuito é sempre propositivo, mostrando não apenas os problemas, mas também caminhos possíveis. Entendemos que, assim, fortalecemos o elo entre setor produtivo e instituições públicas.

Mato Grosso tem potencial para liderar novas frentes de comércio e se consolidar como referência em competitividade e inovação nacional e internacionalmente. Para alcançar esse patamar, é preciso construir políticas de longo prazo que estimulem o empreendedorismo, simplifiquem a vida de quem produz e promovam a geração de empregos de qualidade. Essa é uma tarefa que depende da articulação entre empresários, lideranças setoriais e poder público – uma construção coletiva, baseada no diálogo e na confiança.

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O desenvolvimento que queremos para Cuiabá passa por todos nós (empreendedores, trabalhadores, cidadãos e Poder Público). Fortalecer nossas entidades é fortalecer a democracia, a representatividade e o futuro da cidade. Quando o setor produtivo participa das decisões que moldam o amanhã, toda a sociedade avança.

Andréia Cruz é diretora comercial da Câmara de Dirigentes Lojistas de Cuiabá (CDL Cuiabá)

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