BRASIL E MUNDO
Mauro Cid retira tornozeleira e inicia regime aberto após audiência no STF
O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, deu um novo passo em seu processo legal nesta segunda-feira (3) ao retirar a tornozeleira eletrônica durante uma audiência no Supremo Tribunal Federal (STF). Cid iniciou o cumprimento de sua pena de dois anos em regime aberto, conforme estabelecido por um acordo de delação premiada firmado durante as investigações da chamada “trama golpista”.
A audiência, que ocorreu no STF, foi conduzida pela juíza auxiliar Flavia Martins de Carvalho, ligada ao gabinete do ministro Alexandre de Moraes. Na ocasião, o militar recebeu as orientações detalhadas sobre as condições a serem seguidas durante o regime aberto.
Condições do regime aberto e benefícios da delação
Entre as restrições impostas, Cid está proibido de deixar o Distrito Federal e deverá cumprir recolhimento domiciliar diariamente entre as 20h e as 6h. Nos finais de semana, o recolhimento é integral, não podendo sair de casa. Adicionalmente, o ex-ajudante de Bolsonaro está impedido de portar armas, utilizar redes sociais e manter contato com outros investigados nos processos relacionados à trama golpista.
A decisão de iniciar o cumprimento da condenação foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes na semana passada. Em virtude do acordo de colaboração com a Justiça, o tenente-coronel não será mantido em prisão. A delação premiada também garante a Mauro Cid e seus familiares escolta de agentes da Polícia Federal para segurança, além do desbloqueio de seus bens.
Contexto da condenação e próximos passos
A condenação de Mauro Cid, assim como de Jair Bolsonaro e outros cinco réus, ocorreu em 11 de setembro, por decisão da Primeira Turma do STF (4 votos a 1). Eles foram considerados culpados pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça, e deterioração de patrimônio tombado.
O ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem, também figurou na lista de condenados, mas apenas pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado. Ramagem, atualmente deputado federal, foi beneficiado pela suspensão de parte das acusações.
Os recursos apresentados por Bolsonaro e pelos demais acusados serão julgados pela Primeira Turma da Corte a partir do próximo dia 7 de novembro, marcando mais uma etapa importante nesse complexo processo judicial.
BRASIL E MUNDO
Lula envia Projeto de Lei Antifacção ao Congresso com pedido de urgência
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou e encaminhou ao Congresso Nacional, nesta sexta-feira (31), um Projeto de Lei antifacção que visa endurecer o combate às organizações criminosas. A medida, que já estava em elaboração pelo Ministério da Justiça, ganhou celeridade após a operação mais letal da semana no Rio de Janeiro.
O PL, publicado em edição extra do Diário Oficial da União, propõe a ampliação das penas para integrantes de organizações criminosas e a concessão de novos instrumentos investigativos às forças de segurança, incluindo a criação de um banco nacional de dados de alvos. A iniciativa é vista como uma resposta ágil do governo à crescente crise na segurança pública.
Em reunião com o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, o presidente formalizou o envio do projeto, que deve iniciar sua tramitação pela Câmara dos Deputados. O presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), já se comprometeu a dar prioridade à proposta, com a intenção de levá-la ao plenário ainda em novembro.
Endurecimento das Penas e Combate a Crimes Hediondos
Entre as principais mudanças, o projeto busca aplicar a pena máxima da legislação brasileira para homicídios ordenados por facções. O texto prevê elevar as sentenças para esses casos de 12 a 30 anos de reclusão.
Além disso, a proposta geral é de aumento de penas para diversos crimes relacionados ao crime organizado. Quem “integra, promove ou financia uma organização criminosa” poderá ter a pena aumentada de três a oito anos para cinco a dez anos. O PL também prevê um endurecimento das sanções em casos de morte ou lesão corporal de agentes de segurança pública.
A participação em organizações criminosas, como o Comando Vermelho – alvo das recentes operações policiais –, passará a ser considerada crime hediondo, tornando-o inafiançável e impassível de anistia.
Novas Diretrizes para o Sistema Prisional
O projeto também estabelece diretrizes para o sistema prisional, buscando maior controle sobre os detentos ligados a facções. Entre as medidas propostas, está o monitoramento por vídeo das visitas a presos provisórios ou condenados que integrem organizações criminosas.
Ainda no âmbito prisional, o governo sugere autorizar a administração penitenciária a realizar transferências de presos para outros estabelecimentos em caráter excepcional, especialmente em situações de risco à vida de servidores ou de outros detentos.
O governo manifesta otimismo quanto à aprovação da proposta no Congresso, dada a relevância da pauta e o apelo popular por medidas mais rigorosas contra a criminalidade. A expectativa é de que o Centrão apoie o texto, podendo haver apenas a inclusão de sugestões adicionais, inclusive da oposição.
A reunião para a assinatura do projeto, que durou cerca de duas horas, contou com a presença do ministro da Defesa, José Múcio, do advogado-geral da União, Jorge Messias, e do ministro da Secom (Secretaria de Comunicação), Sidônio Palmeira. A possibilidade de implantação da GLO (Garantia da Lei e Ordem) no Rio de Janeiro não foi pautada, seguindo a justificativa do governo de que a medida só pode ser acionada mediante pedido do governador do estado.
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