Cuiabá
CPI do Estacionamento Rotativo quer acareação entre Emanuel Pinheiro e ex-aliados

Por Cleiton Túlio | Portal Mato Grosso
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Estacionamento Rotativo na Câmara de Cuiabá deu um passo decisivo em sua investigação ao propor uma acareação entre o ex-prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), o ex-procurador-geral do Município, Benedicto Miguel Calix Filho, e o ex-fiscal do contrato, Clóvis Gonçalves de Oliveira. A medida, idealizada pelo relator da CPI, vereador Dilemário Alencar (União), visa esclarecer as versões contraditórias apresentadas pelos envolvidos.
Segundo o vereador Dilemário Alencar, a necessidade da acareação surgiu após o depoimento de Emanuel Pinheiro nesta segunda-feira (7), que divergiu significativamente das declarações anteriores de Benedicto e Clóvis à comissão. “Estou conversando com os outros membros da CPI, Rafael Ranalli e Maysa Leão, para propor essa acareação entre Emanuel Pinheiro, o ex-procurador-geral Benedicto, nomeado por ele, e o fiscal Clóvis, que foi designado fiscal do contrato sem saber”, afirmou Dilemário após a oitiva do ex-prefeito.
A controvérsia central gira em torno da utilização de recursos do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) como garantia contratual. Benedicto Miguel Calix Filho havia declarado à CPI que a empresa concessionária não poderia usar esses recursos sem a devida autorização da Câmara Municipal, e que ele próprio havia emitido parecer orientando a gestão do ex-prefeito nesse sentido. Contudo, Emanuel Pinheiro contradisse essa afirmação, negando ter vinculado verbas do FPM ao contrato sem o aval do Legislativo.
Outro ponto de discórdia envolveu o servidor efetivo Clóvis Gonçalves de Oliveira. Em fevereiro, Clóvis surpreendeu a CPI ao afirmar que desconhecia sua nomeação como fiscal do contrato com a CS Mobi e que exerceu a função por apenas nove dias (de 29 de setembro a 18 de outubro de 2023), deixando o posto assim que tomou conhecimento da designação. Na sessão desta segunda-feira, Emanuel Pinheiro atribuiu a nomeação de Clóvis a uma decisão da Secretaria Municipal de Agricultura, Trabalho e Desenvolvimento Econômico, elogiando o servidor: “Clóvis é um servidor extraordinário, exemplar, deve ter sido por isso que o secretário à época o escolheu para ser fiscal do contrato. É a única coisa que posso entender”.
Para Dilemário Alencar, a acareação é “essencial para subsidiar um relatório final transparente e honesto” que será encaminhado ao Ministério Público. O vereador tem sido um crítico ferrenho do contrato de concessão, defendendo sua revisão. “Esse contrato só dá vantagem à empresa. Em nenhum momento ela assume riscos. Recebe recursos públicos da Prefeitura, cobra pelo estacionamento rotativo, constrói uma obra de R$ 147 milhões e, no final, lucra mais de R$ 510 milhões”, argumentou.
Além da acareação, o relator da CPI também sugeriu a convocação do ex-secretário municipal de Agricultura, Trabalho e Desenvolvimento Econômico, Francisco Vuolo. O vereador indicou que há rumores de que Vuolo teria desaconselhado Emanuel Pinheiro a firmar o contrato, por considerá-lo prejudicial aos interesses da capital. A CPI continua em busca de mais informações para esclarecer todos os pontos obscuros do polêmico contrato do estacionamento rotativo.

Cuiabá
Vereador de Cuiabá defesa uso de bandeira dos EUA em ato bolsonarista

O vereador de Cuiabá Rafael Ranalli (PL) voltou a gerar controvérsia nas redes sociais ao sair em defesa de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro que exibiram bandeiras dos Estados Unidos durante as manifestações do Dia da Independência, tanto na capital mato-grossense quanto em outras cidades brasileiras. Policial federal de carreira, Ranalli argumentou em suas publicações que a manifestação é um exercício da liberdade de expressão e aproveitou para criticar o que chamou de “autoridades ditatoriais” no Brasil.
Em tom irônico, o parlamentar rebateu as críticas ao uso do símbolo norte-americano. “Ainnn, mas é a bandeira de outro país!!! Mimimi anotado… Ser cachorrinho de comunista e de ditadores pode??? Vou sim admirar um país que é exemplo de liberdade e de liderança mundial!”, escreveu Ranalli em suas plataformas digitais.
Na sequência de suas postagens, o vereador intensificou a crítica a figuras do poder público brasileiro, insinuando que agiriam de forma autoritária e sem respaldo popular. “Ainda mais quando suas autoridades querem nos defender e proteger de nossas ‘autoridades’ que não foram eleitas, mas agem de forma ditatorial e autoritária!!! Querem o quê? Que nos curvemos a ditaduras ou terroristas (China ou Irã)? Admire e ande com ‘gente’ melhor que você!”, completou, sem especificar a quais “autoridades não eleitas” se referia.
A postura de Ranalli, que frequentemente utiliza as redes sociais para expressar suas opiniões políticas, reacende o debate sobre o significado dos símbolos nacionais e estrangeiros em manifestações políticas no Brasil, além de colocar em evidência a polarização política em torno do bolsonarismo e das instituições.
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