Saúde
Varíola dos macacos: ONU alerta para linguagem racista e homofóbica


No último domingo (22), o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS) denunciou comentários e algumas coberturas jornalísticas sobre a varíola dos macacos com conotações homofóbicas e racistas que podem “minar rapidamente a luta contra a epidemia”.
Autoridades de saúde dos locais que detectaram casos e a própria Organização Mundial da Saúde confirmaram que há uma proporção significativa de pacientes homossexuais, bissexuais ou homens que fazem sexo com outros homens.
Entretanto, o contágio da doença não se limita às relações sexuais, como especificou o UNAIDS – a varíola dos macacos é transmitida por contato com uma pessoa contaminada e “portanto, pode afetar a todos”.
“Esses estigmas e censuras minam a confiança e a capacidade de responder efetivamente uma epidemia como essa”, disse Matthew Kavanagh, vice-diretor do UNAIDS.
A agência da ONU, que se vale de uma longa experiência com AIDS, acredita que esse tipo de retórica pode minar os esforços baseados em ciência e fatos para combater a doença.
Estes ataques racistas ou homofóbicos “criam um ciclo de medo que leva as pessoas a evitar as unidades de saúde, o que limita o alcance dos esforços para identificar casos de infeção”, sublinhou o responsável.
A varíola dos macacos é menos perigosa que a varíola, que foi erradicada há cerca de quarenta anos. Seus sintomas incluem febre, dor de cabeça, dores musculares, dor nas costas, linfonodos inchados, calafrios e fadiga. Erupções cutâneas (na face, palmas das mãos, solas dos pés), lesões, pústulas e, finalmente, crostas também aparecem.
Para esta varíola endêmica da África Ocidental, não há tratamento. Seus sintomas duram entre 14 e 21 dias, segundo a OMS, e curam por conta própria.
Vários países ocidentais, incluindo França, Alemanha, Reino Unido, Estados Unidos, Suécia ou Espanha, registaram casos desta doença.
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Saúde
OMS analisa se rápida propagação da nova varíola é devido a mutações


Uma série de estudos estão em andamento para avaliar se as mudanças genéticas no vírus monkeypox, causador da varíola dos macacos, estão impulsionando a rápida disseminação da doença pelo mundo, informou a Organização Mundial da Saúde (OMS).
As pesquisas miram a sublinhagem do patógeno chamada de Clado IIb, que tem provocado a maioria das infecções desde 2017 nas regiões endêmicas. Embora ela seja ligada também ao surto atual, que se espalha por todos os continentes, há alterações na genética que estão sendo detectadas e analisadas pelos pesquisadores.
“Olhando para o genoma, são observadas algumas diferenças genéticas entre os vírus do surto atual e os vírus antigos do Clado IIb. No entanto, nada se sabe sobre a relevância destas mudanças genéticas e está em andamento um estudo para determinar os efeitos (se houver) destas mutações na transmissão e severidade da doença”, informou a organização.
Apesar das observações, a OMS afirma que “ainda é cedo, tanto no surto quanto nos estudos de laboratório, para saber se o aumento das infecções se deve a mudanças observadas no genótipo do vírus ou a fatores do hospedeiro” humano. Por não haver confirmação sobre diferenças significativas na mutação atual, ele ainda é considerado parte da sublinhagem Clado IIb.
As infecções da varíola dos macacos em lugares fora dos 11 países africanos onde o vírus é endêmico começaram a ser registradas em maio. Dois meses depois, em 23 de julho, a OMS declarou que a doença representa uma emergência de saúde pública internacional. Até o momento, foram reportados à organização mais de 35 mil casos em 92 países, com 12 mortes – uma delas no Brasil, em Minas Gerais.
Quase todos os casos novos são registrados na Europa e nas Américas, e os especialistas têm estudado amostras destas contaminações, que aparentam ser todas causadas pela mesma mutação do monkeypox. “A diversidade entre os vírus responsáveis pelo surto atual é mínima e não há diferenças genotípicas óbvias entre os vírus de países não endêmicos”, explica a OMS.
OMS pede que infectados não entrem em contato com animais Na quarta-feira, a organização também pediu às pessoas infectadas que não entrem em contato com animais. O alerta veio após um primeiro caso, na França, de transmissão de humano para cachorro, relatado na semana passada na revista científica The Lancet.
“Trata-se do primeiro caso conhecido de transmissão de humano para animal, e acreditamos que o primeiro caso de um cachorro infectado (com a doença)”, afirmou Rosamund Lewis, diretora-técnica da OMS para o monitoramento do vírus.
Os especialistas tinham consciência de que esse salto entre as espécies poderia acontecer, por isso agências públicas de saúde já aconselhavam que as pessoas infectadas pelo vírus “ficassem isoladas de seus animais de estimação”.
Além disso, a OMS ressalta que, quando os vírus passam de uma espécie para outra, há grande risco de mutação. Lewis afirma que “a gestão de resíduos é fundamental” para reduzir o risco de contaminação para roedores e outros animais selvagens.
“A situação mais perigosa é quando um vírus salta para um pequeno mamífero com alta densidade populacional”, explicou aos jornalistas o diretor de emergências da OMS, Michael Ryan. Ele, no entanto, diz não considerar que os animais de estimação representem um grande perigo no momento.
“O vírus não sofrerá mutações mais rápido se estiver em um só cachorro do que se estiver em um único humano”, disse Ryan.
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Fonte: IG SAÚDE
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