Saúde
Varíola dos macacos: Moderna inicia testes de vacinas contra a doença
Nesta terça-feira (24), a farmacêutica Moderna divulgou que começou a trabalhar no desenvolvimento de vacinas contra a varíola de macaco, doença infecciosa que está provocando surtos de casos em alguns países da Europa e outros lugares do mundo.
Os estudos estão na fase pré-clínica. Dessa forma, eles são realizados testes em laboratórios e ainda não envolvem voluntários humanos.
Em março deste ano, a empresa norte-americana lançou um programa de desenvolvimento de vacinas para prevenir ameaças de saúde pública até 2025. O projeto é focado nos 15 patógenos identificados como de maior risco pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pela Coalizão para Inovações em Preparação para Epidemias (Cepi).
“Ressaltando esse compromisso, e como a monkeypox (varíola de macaco) é de importância para a saúde pública global, conforme identificado pela OMS, estamos investigando possíveis vacinas contra a varíola em um nível pré-clínico”, afirmou a empresa na segunda-feira (23), via Twitter.
Varíola de macaco
Desde os primeiros dias do mês de maio, as autoridades de saúde supervisionam o crescimento no número de casos de varíola de macaco – uma infecção viral que é endêmica em algumas regiões da África, mas não costuma ser registrada em outras partes do mundo.
Sintomas
O período de incubação do vírus que provoca a doença varia de sete a 21 dias. Os sintomas costumam aparecer dez ou 14 dias após o momento da infecção. Os primeiros sinais são febre, mal estar e dor e, cerca de três dias depois, os pacientes passam a apresentar bolhas – parecidas com as da catapora, que evoluem para crostas. A doença termina entre três e quatro semanas após a infecção.
Contaminação e tratamento
A transmissão do vírus da varíola de macaco entre seres humanos se dá principalmente pelo contato com secreções respiratórias, lesões de pele das pessoas infectadas ou objetos que tenham sido usados pelos pacientes.
No surto dos países europeus, tem se verificado uma prevalência de casos entre homens que fazem sexo com homens. Entretanto, não há evidências de que a transmissão entre eles tenha sido por via sexual.
Autoridades de saúde alertam para que as pessoas que apresentem mudanças incomuns na pele procurem um médico imediatamente.
Nos casos mais comuns, não é necessário realizar tratamento específico, pois os sintomas desaparecerem em algumas semanas. O médico, no entanto, pode indicar o uso de medicamentos que aliviam os sintomas mais rapidamente.
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Saúde
Anvisa tem maioria para manter proibição de cigarros eletrônicos
A maioria dos diretores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) votou nesta sexta-feira (19) por manter a proibição aos cigarros eletrônicos no Brasil. Com esse placar, continua proibida a comercialização, fabricação e importação, transporte, armazenamento, bem como de publicidade ou divulgação desses produtos por qualquer meio, em vigor desde 2009.
Dos cinco diretores, três votaram a favor da proibição. Faltam os votos de dois diretores.
Os dispositivos eletrônicos para fumar (DEFs), conhecidos como cigarros eletrônicos, são chamados de vape, pod, e-cigarette, e-ciggy, e-pipe, e-cigar e heat not burn (tabaco aquecido). Dados do Inquérito Telefônico de Fatores de Risco para Doenças Crônicas Não Transmissíveis em Tempos de Pandemia (Covitel 2023) revelam que 4 milhões de pessoas já usaram cigarro eletrônico no Brasil, apesar de a venda não ser autorizada.
O diretor-presidente da Anvisa e relator da matéria, Antonio Barra Torres, votou favorável à manutenção da proibição desses dispositivos.
“O que estamos tratando, tanto é do impacto à saúde como sempre fazemos, e em relação às questões de produção, de comercialização, armazenamento, transporte, referem-se, então, à questão da produção de um produto que, por enquanto, pela votação, que vamos registrando aqui vai mantendo a proibição”.
Antonio Barra Torres leu por cerca de duas horas pareceres de 32 associações científicas brasileiras, os posicionamentos dos Ministérios da Saúde, da Justiça e Segurança Pública e da Fazenda e saudou a participação popular na consulta pública realizada entre dezembro de 2023 e fevereiro deste ano, mesmo que os argumentos apresentados não tenham alterado as evidências já ratificadas pelos diretoras em 2022.
Em seu relatório, Barra Torres se baseou em documentos da Organização Mundial de Saúde (OMS) e da União Europeia, em decisões do governo da Bélgica de proibir a comercialização de todos os produtos de tabaco aquecido com aditivos que alteram o cheiro e sabor do produto. Ele citou que, nesta semana, o Reino Unido aprovou um projeto de lei que veda aos nascidos após 1º de janeiro de 2009, portanto, menores de 15 anos de idade, comprarem cigarros.
Ele mencionou ainda que a agência federal do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos (U.S Food and Drug Administration) aponta que, mesmo com a fiscalização, há comércio ilícito desses produtos.
O diretor ainda apresentou proposições de ações para fortalecimento do combate ao uso e circulação dos dispositivos eletrônicos de fumo no Brasil.
Fonte: EBC SAÚDE
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