AGRO & NEGÓCIO
Uso de tecnologias híbridas e unificadas devem ser a base da evolução tecnológica no negócio florestal
O tema Manejo florestal avançado com o uso de tecnologias híbridas e unificadas encerrou as apresentações do 2º painel do 9º workshop da Embrapa Florestas/Apre, no dia 03 de agosto. O assunto foi trazido por Maurício Tolfo, engenheiro florestal e executivo de contas da Trimble, empresa estadunidense que atua na implantação de novas tecnologias em empresas florestais. Tolfo trouxe alguns exemplos destes usos e os benefícios trazidos. O 9º Workshop é uma realização da APRE e da Embrapa Florestas, com patrocínio de Becomex, Lavoro/Florestal, Remsoft e Trimble; e apoio de Abimci, Associação Catarinense de Empresas Florestais (ACR), Associação Gaúcha de Empresas Florestais (Ageflor), Sistema Fiep, Fundação de Pesquisas Florestais do Paraná (Fupef), Indústria Brasileira de Árvores (Ibá), Universidade Federal do Paraná (UFPR), Unicentro Paraná e Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR).
A palestra abordou os problemas encontrados na administração da informação florestal, atualmente, como, por exemplo, a dificuldade em se obter uma rápida e transparente comunicação entre as diversas áreas do negócio florestal. “A comunicação clara entre os vários setores de uma empresa florestal e a gestão da informação evitaria os mais variados controles paralelos, além de problemas também para controlar e transmitir dados operacionais consistentes do campo para o escritório, o que dificulta uma tomada de decisão rápida, orientada em dados, otimizações futuras, dentre outros”, diz.
Tolfo enfatizou a necessidade de uma base tecnológica forte para propiciar avanços. “Precisamos de uma boa base em tecnologia instalada e consistente para podermos avançar futuramente nas próximas etapas de maturidade e evolução tecnológica”, afirma. Para tanto, foram citadas as tecnologias híbridas que utilizam multiplataformas. “Estas já existem no mercado, como, por exemplo, o celular no campo para coletar informações ou soluções embarcadas nos equipamentos florestais que fazem a gestão das informações, mas elas precisam ser mais utilizadas”, diz. Além disso, Tolfo citou soluções unificadas e integradas, como uso de piloto automático, sistemas de análise do processo industrial que correlacionam o tipo de manejo empregado ao tipo de madeira gerada. A conectividade (internet com o uso do 4G) também foi citada, que proporciona captar dados no campo de forma mais rápida.
“Estes são a base para qualquer processo de maturidade de evolução tecnológica que está por vir futuramente. E tendo tudo isso mapeado e dispondo destas tecnologias se consegue evoluir para processos de BI (Business Intelligence), Inteligência Artificial, otimizadores, Machine Learning, robótica e, com isso, será possível otimizar a cadeia e trazer grandes retornos financeiros”, afirma. De acordo com Tolfo, é sabido que existem algumas soluções periféricas que trazem também grande valor ao cliente e que são facilmente integradas com as soluções já utilizadas, via protocolos de comunicação padrão de mercado.
Benefícios
Entre os benefícios apontados com estes usos, estão o monitoramento contínuo de toda a cadeia de produção florestal, que permitem o aumento de produtividade, otimizações e automações; a criação de modelos de negócios mais flexíveis, sustentáveis e com menores custos e governança participativa, com subsídios para a transformação digital.
Além de abordar a importância de se possuir uma boa estrutura, Tolfo finalizou dando ênfase à necessidade de haver pessoas qualificadas para gerenciar a informação florestal e otimizar processos da cadeia de produção.
Fonte: Embrapa
AGRO & NEGÓCIO
Levantamento mostra que acesso precário à internet limita o potencial do campo
Mesmo em polos agrícolas de grande relevância nacional, como Sorriso (MT), Uberaba (MG) e Rio Bananal (ES), a conectividade rural ainda apresenta índices preocupantes. Segundo o Indicador de Conectividade Rural (ICR), elaborado pela ConectarAgro em parceria com a Universidade Federal de Viçosa (UFV), esses municípios apresentam ICRs de 0,2190, 0,4877 e 0,5725, respectivamente, demonstrando a necessidade urgente de ampliar o acesso à internet no campo.
O ICR, que teve sua primeira atualização em abril de 2024, é resultado do cruzamento de dados do Cadastro Ambiental Rural (CAR) com o Índice Brasileiro de Conectividade (IBC) da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Através dessa análise, o estudo identificou que apenas 18,79% da área agrícola nacional possui cobertura 4G e 5G, concentrando-se principalmente nas regiões Sul e Sudeste.
As disparidades no acesso à internet no campo também se manifestam entre diferentes grupos de produtores. Enquanto 39% dos pequenos agricultores possuem cobertura 4G e 5G em toda a área de produção, essa proporção cai para 16,2% entre os médios produtores e 6,4% entre os grandes. Nos assentamentos da reforma agrária e comunidades tradicionais, a situação é ainda mais crítica, com apenas 10,4% e 26,1% de cobertura, respectivamente.
A internet se configura como uma ferramenta essencial para o aumento da produtividade no campo. Através dela, os agricultores podem monitorar em tempo real o funcionamento de máquinas agrícolas, otimizar o manejo das lavouras, acessar informações de mercado e se conectar com compradores. A falta de conectividade, portanto, limita o potencial do agronegócio brasileiro de alcançar sua máxima eficiência.
Auxílio-internet – Para combater essa realidade, a Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família da Câmara dos Deputados aprovou um projeto de lei que cria o auxílio-internet para famílias de baixa renda e agricultores familiares. O projeto, que ainda precisa ser aprovado pelo Senado e sancionado pelo Presidente da República, prevê a concessão de um valor mensal para a compra de dispositivos móveis e acesso à internet.
Além do auxílio-internet, o projeto também cria a Política Nacional de Conectividade da Agricultura Familiar (PNCAF), com o objetivo de promover a inclusão digital nesse segmento populacional e fomentar o uso de tecnologias digitais no campo. A PNCAF prevê a priorização da compra de equipamentos nacionais, a oferta de cursos de capacitação e a criação de mecanismos para facilitar a comercialização da produção por meio de plataformas online.
Desafios – Apesar dos avanços, ainda há um longo caminho a ser percorrido para garantir o acesso universal à internet no campo brasileiro. A universalização da conectividade rural exigirá investimentos em infraestrutura, políticas públicas direcionadas e ações de conscientização sobre os benefícios da internet para o agronegócio.
Superar os desafios da conectividade rural é fundamental para impulsionar o desenvolvimento do agronegócio brasileiro, aumentar a produtividade, reduzir custos e ampliar as oportunidades para os agricultores familiares.
Este mapa radiográfico da conectividade rural no Brasil, apresentado pelo ICR, serve como um alerta para a necessidade de ações urgentes e coordenadas para garantir que o campo brasileiro esteja conectado ao mundo digital e possa alcançar todo o seu potencial.
Fonte: Pensar Agro
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