JUSTIÇA
Tribunal do Amapá volta a alertar sobre golpe envolvendo precatórios
O Tribunal de Justiça do Amapá (TJAP) reforça o alerta à população e autoridades sobre o golpe dos precatórios que tem sido realizado no estado. O diretor da Secretaria Especial de Precatórios do TJAP, João Guilherme da Costa, informa que, desde o final de abril, o órgão tem recebido ligações e visitas de credores relatando mensagens por WhatsApp.
“Todo dia são pelo menos quatro ligações com pedidos de confirmação de veracidade dos contatos. E, infelizmente, já detectamos pelo menos duas pessoas que chegaram a pagar os golpistas e precisamos encaminhá-los para a Delegacia de Crimes Cibernéticos (no Aeroporto de Macapá) para que sejam tomadas as providências”, conta Costa.
O golpe, aplicado mais comumente por meio do WhatsApp, consiste em pedir que a pessoa que tenha processos de precatórios pendentes pague um boleto em nome de pessoa física para receber o valor. As mensagens dos golpistas usam indevidamente e sem qualquer autorização o nome do TJAP, além de dados pessoais e do processo da vítima.
“Os golpistas se passam por servidores e até usam meu nome, como diretor da secretaria, e exigem pagamentos e depósitos antecipados”, explica o diretor do TJAP. “Queremos reforçar esse alerta para evitar que novas vítimas caiam no golpe.”
A Secretaria de Precatórios do TJAP garante que a Justiça não encaminha nenhum tipo de solicitação de pagamento para a conclusão de processo envolvendo precatório e ainda recomenda que qualquer um que receba estes pedidos suspeitos deve desobedecer e denunciar. “Se o cidadão receber esse tipo de abordagem, esteja certo: é golpe”, afirma Costa.
Denuncie
A pessoa que for abordada com esse tipo de mensagem pode procurar a Secretaria Especial de Precatórios, disponível de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 14h30, por meio do Balcão Virtual no Portal do TJAP, nos telefones (96) 3312-3711 e (96) 3312-3399 e no WhatsApp (96) 984-082-105.
Para fazer Boletim de Ocorrência, a pessoa pode procurar a Delegacia de Repressão aos Crimes Cibernéticos, que funciona presencialmente dentro do Aeroporto Internacional de Macapá, das 7h30 às 18h, de domingo a segunda-feira.
Fonte: TJAP
JUSTIÇA
Mulher que levou idoso morto a banco passa por audiência de custódia
A Justiça faz, na tarde desta quinta-feira (18), audiência de custódia com Érica de Souza Vieira Nunes, presa em flagrante na última terça-feira (16), depois de levar um idoso morto para sacar um empréstimo, em nome dele, em uma agência bancária. O rito judicial, marcado para as 13h, é necessário para que a Justiça decida se Érica será solta ou se mantém sua prisão.
Ela foi presa em flagrante por tentativa de furto mediante fraude e vilipêndio a cadáver, mas alega que o homem, que ela diz ser seu tio, estava vivo quando chegou à agência bancária, em Bangu.
O médico do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu), que foi chamado por funcionários do banco para atender ao homem, atestou, no entanto, que ele já estava morto há algumas horas.
A tentativa de saque na agência bancária foi registrada em vídeo. Nas imagens, o idoso está pálido e sem qualquer reação ou reflexo, sentado em uma cadeira de rodas, enquanto Érica pede repetidas vezes que ele assine o empréstimo de R$ 17 mil. A mulher, que informou à polícia ser cuidadora e sobrinha dele, chega a dizer que ele “era assim mesmo”.
Ao perceberem que havia algo errado com a situação do homem, os funcionários chamaram o Samu.
O delegado Fábio Luiz, responsável pelo caso, disse que o esclarecimento – se a vítima já chegou morta ao banco ou morreu dentro da agência – altera pouco o crime investigado.
“Isso interfere pouco na investigação. O próprio vídeo deixa claro para quem está vendo, por imagem, que aquela pessoa está morta. Imagine ela que não apenas está vendo, mas vendo e tocando. Só o fato de ela ter dado continuidade, mesmo com ele morto, já configura os crimes pelos quais ela vai responder”, disse nessa quarta-feira (17) Fábio Luiz, em entrevista ao Repórter Brasil Tarde, da TV Brasil.
A advogada de Érica, Ana Carla de Souza Correa, afirma que o homem estava vivo quando chegou ao banco, e que sua cliente se encontrava em estado emocional abalado e sob efeito de remédios. Em depoimento à Polícia Civil, Érica disse que foi à agência bancária levada por um motorista de aplicativo.
Fonte: Justiça
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