Pesquisar
Close this search box.

economia

Transporte e bares puxam setor de serviços com alta de 0,2% em abril

Publicados

em

source
Transporte público atinge patamares pré-pandemia pela primeira vez
Rovena Rosa/ Agência Brasil

Transporte público atinge patamares pré-pandemia pela primeira vez

O setor de serviços avançou 0,2% na passagem de março para abril, segundo dados da Pesquisa Mensal de Serviços divulgados pelo IBGE nesta terça-feira (14). O resultado indica uma desaceleração em relação ao mês anterior, quando avançou 1,4%, embora a atividade se mantenha no campo positivo.

O setor segue acima do nível pré-pandemia, agora 7,2% acima de fevereiro de 2020. Já as atividades de transporte de passageiros cresceram 2,3% em abril, superando pela primeira vez o patamar pré-pandemia. A melhora foi puxada pela maior mobilidade da população, refletida no crescimento das receitas das empresas que operam transporte aéreo, rodoviário e metroferroviário. 

Serviços de TI em alta 

Duas das cinco atividades investigadas na pesquisa apresentaram alta. O segmento de informação e comunicação (0,7%), que atingiu o ponto mais alto da sua série histórica, e os serviços prestados às famílias (1,9%) foram os que mais contribuíram para o desempenho do setor no campo positivo.

“Durante o auge do isolamento por conta da pandemia, houve uma alta demanda desses serviços [de informação e comunicação] e esse movimento perdura até os dias atuais, com as empresas continuando a demandar serviços como o de desenvolvimento de softwares, de aplicativos de videoconferência ou de marketing digital”, explica Rodrigo Lobo, gerente da pesquisa. 

Efeito reabertura

Já em serviços prestados às famílias, a maior influência veio dos serviços de alojamento e alimentação.

“É um resultado que vem na esteira da continuidade do processo da retomada dos serviços de caráter presencial, notadamente, os bares e restaurantes. E várias cidades deslocaram o carnaval para abril, isso trouxe algum estímulo adicional para a parte de hotelaria e alimentação fora do domicílio”, detalha o gerente da pesquisa.

Entre no  canal do Brasil Econômico no Telegram e fique por dentro de todas as notícias do dia. Siga também o  perfil geral do Portal iG

Na outra ponta, o segmento de transporte, armazenagem e correio recuou 1,7, enquanto os serviços profissionais, administrativos e complementares tiveram queda de 0,6%, e outros serviços caíram 1,6%, pressionado por atividades que compõem os serviços financeiros. Os dois primeiros interromperam uma sequência de cinco taxas positivas seguidas, enquanto o último, com a retração, eliminou o avanço de 1,4% de março.

Na comparação por estados, os serviços registraram alta em 12 das 27 unidades da federação. O impacto positivo mais relevante foi do Rio de Janeiro, com alta de 1,0%. Para Lobo, o carnaval fora de época que aconteceu no mês de abril pode ter contribuído para o crescimento do setor no estado fluminense. Outros destaques foram Espírito Santo (3,6%), Rio Grande do Norte (7,9%) e Ceará (2,4%). 

Cenário desafiador 

Analistas econômicos consideram que o setor de serviços deve seguir sua trajetória de recuperação este ano, dado que foi o setor que mais sofreu ao longo da pandemia. Mas não no radar altas muito expressivas por conta do cenário macroeconômico. Passados os efeitos mais duros da Covid-19, pesa sobre o setor o cenário macroeconômico que combina inflação em dois dígitos, juros em alta e desemprego ainda elevado.

O Índice de Confiança de Serviços (ICS), do FGV IBRE, subiu 2,1 pontos em maio, para 98,3 pontos, o maior nível desde outubro de 2021 (99,1 pontos). O resultado foi influenciado pela melhora na percepção do volume de serviços no mês quanto pela evolução favorável das expectativas. Outros pontos positivos são a aproximação do nível neutro de 100 pontos e a disseminação entre os segmentos.

“No médio e longo prazo, o ambiente macroeconômico desfavorável parece ser um fator impeditivo”, avaliou Rodolpho Tobler, economista do FGV IBRE.

Comentários Facebook
Propaganda

economia

Receita recebe mais de 5 milhões de declarações do Imposto de Renda

Publicados

em

Nos seis primeiros dias do prazo, mais de 5 milhões de contribuintes acertaram as contas com o Leão. Até as 14h46 desta quinta-feira (21), a Receita Federal recebeu 5.044.251 declarações. Isso equivale a 11,73% das 43 milhões de declarações esperadas para este ano.

O prazo de entrega da declaração começou às 8h da última sexta-feira (15) e vai até as 23h59min59s de 31 de maio. O novo intervalo, segundo a Receita, foi necessário para que todos os contribuintes tenham acesso à declaração pré-preenchida, que é enviada duas semanas após a entrega dos informes de rendimentos pelos empregadores, pelos planos de saúde e pelas instituições financeiras.

Segundo a Receita Federal, 84,8% das declarações entregues até agora terão direito a receber restituição, enquanto 8,6% terão que pagar Imposto de Renda e 6,6% não têm imposto a pagar nem a receber. A maioria dos documentos foi preenchida a partir do programa de computador (73,6%), mas 15% dos contribuintes recorrem ao preenchimento online, que deixa o rascunho da declaração salvo nos computadores do Fisco (nuvem da Receita), e 11,5% declaram pelo aplicativo Meu Imposto de Renda.

Um total de 45,2% dos contribuintes que entregaram o documento à Receita Federal usaram a declaração pré-preenchida, por meio da qual o declarante baixa uma versão preliminar do documento, bastando confirmar as informações ou retificar os dados. A opção de desconto simplificado representa 58,2% dos envios.

Novo prazo

Até 2019, o prazo de entrega da declaração começava no primeiro dia útil de março e ia até o último dia útil de abril. A partir da pandemia de covid-19, a entrega passou a ocorrer entre março e ia até 31 de maio. Desde 2023, passou a vigorar o prazo mais tardio, com o início do envio em 15 de março, o que dá mais tempo aos contribuintes para prepararem a declaração desde o fim de fevereiro, quando chegam os informes de rendimentos.

Outro fator que impulsionou o recorde foi a antecipação do download do programa gerador da declaração. Inicialmente previsto para ser liberado a partir desta sexta, o programa foi antecipado para terça-feira passada (12).

Segundo a Receita Federal, a expectativa é que sejam recebidas 43 milhões de declarações neste ano, número superior ao recorde do ano passado, quando o Fisco recebeu 41.151.515 documentos. Quem enviar a declaração depois do prazo pagará multa de R$ 165,74 ou 20% do imposto devido, prevalecendo o maior valor.

Novidades

Neste ano, a declaração terá algumas mudanças, das quais a principal é o aumento do limite de rendimentos que obriga o envio do documento por causa da mudança na faixa de isenção. O limite de rendimentos tributáveis que obriga o contribuinte a declarar subiu de R$ 28.559,70 para R$ 30.639,90.

Em maio do ano passado, o governo elevou a faixa de isenção para R$ 2.640, o equivalente a dois salários mínimos na época. A mudança não corrigiu as demais faixas da tabela, apenas elevou o limite até o qual o contribuinte é isento.

Mesmo com as faixas superiores da tabela não sendo corrigidas, a mudança ocasionou uma sequência de efeitos em cascata que se refletirão sobre a obrigatoriedade da declaração e os valores de dedução. Além disso, a Lei 14.663/2023 elevou o limite de rendimentos isentos e não tributáveis e de patrimônio mínimo para declarar Imposto de Renda.

Fonte: EBC Economia

Comentários Facebook
Continue lendo

Polícia

MATO GROSSO

Política Nacional

AGRO & NEGÓCIOS

ESPORTES

VARIEDADES

CIDADES

TECNOLOGIA

Mais Lidas da Semana