BRASIL E MUNDO
Polícia britânica investiga violações de lockdown em Downing Street
A polícia britânica vai investigar supostas violações de medidas de lockdown na residência oficial do primeiro-ministro, Boris Johnson, em Downing Street, após receber evidências de apuração interna do governo sobre série de reuniões.
Johnson, que em 2019 conquistou a maioria mais expressiva do Partido Conservador em mais de 30 anos, luta por sobrevivência política após vazamentos que revelaram que sua equipe promoveu festas durante o período de regras mais duras já impostas no Reino Unido em tempos de paz.
Novas acusações surgiram na noite dessa segunda-feira (24), de que ele quebrou regras de lockdown impostas para combater a covid-19, ao comparecer a festa surpresa de aniversário em Downing Street, quando reuniões sociais em ambientes internos eram proibidas.
O último episódio se soma a longa lista de violações, incluindo festa para a qual os convidados foram instruídos a “levar suas próprias bebidas”, à qual Johnson compareceu e disse pensar que fosse evento de trabalho.
A informação foi dada pela comissária da Polícia Metropolitana de Londres, Cressida Dick, nesta terça-feira (25).
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BRASIL E MUNDO
EUA impedem ONU de reconhecer Estado palestino como membro pleno
Os Estados Unidos impediram nesta quinta-feira a Organização das Nações Unidas (ONU) de reconhecer o Estado Palestino ao vetar, no Conselho de Segurança, a adesão plena dos palestinos à entidade global.
Os EUA dizem que um Estado Palestino independente deve ser estabelecido por meio de negociações diretas entre Israel e a Autoridade Palestina, e não por meio de uma ação da ONU. O país vetou um texto de resolução que recomendava à Assembleia Geral da ONU, que tem 193 membros, que “o Estado da Palestina tivesse o status de membro recebido pelas Nações Unidas”.
O Reino Unido e a Suíça se abstiveram, enquanto os outros 12 membros do conselho aprovaram a resolução.
Os palestinos possuem, no momento, o status de Estado observador não membro, um reconhecimento de fato como Estado que foi concedido pela Assembleia Geral em 2012. Mas a aplicação para se tornar membro da ONU precisa ser aprovada pelo Conselho de Segurança e por pelo menos dois terços da Assembleia Geral.
A tentativa palestina de conseguir o status de membro ocorre após seis meses de guerra entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza, com o Estado judaico expandindo seus assentamentos na Cisjordânia ocupada.
“A recente escalada faz ainda mais importante que se apoiem os esforços de boa-fé para buscar uma paz duradoura entre Israel e um Estado palestino totalmente independente, viável e soberano”, disse nesta quinta-feira o secretário-geral da ONU, António Guterres, ao Conselho de Segurança.
“O fracasso de se avançar para uma solução de dois Estados só vai aumentar a volatilidade e o risco para centenas de milhões de pessoas na região, que continuarão vivendo sob uma constante ameaça de violência”, afirmou.
O embaixador de Israel na ONU, Gilad Erdan, disse que os palestinos não atingiram os critérios para se tornar um Estado-membro da ONU, listados por ele como: ter população permanente, um território definido, governo e capacidade de estabelecer relações com outros Estados.
“A quem o conselho está votando para ‘reconhecer’ e dar status total de membro? Ao Hamas na Faixa de Gaza? À Jihad Islâmica Palestina em Nablus? Quem?”, perguntou Erdan ao Conselho de Segurança nesta quinta-feira.
Há tempos o Conselho de Segurança apoia a solução de dois Estados vivendo lado a lado dentro de fronteiras seguras e reconhecidas.
Os palestinos querem um Estado na Cisjordânia, em Jerusalém Oriental e na Faixa de Gaza, todos territórios capturados por Israel em 1967.
A Autoridade Palestina, presidida por Mahmoud Abbas, exerce um governo limitado sobre a Cisjordânia. O Hamas derrubou a Autoridade Palestina do poder na Faixa de Gaza em 2007.
Ziad Abu Amr, enviado especial de Abbas, perguntou aos EUA: “Como isso pode prejudicar a perspectiva de paz entre palestinos e israelenses? Como esse reconhecimento e esse status de membro prejudicam a paz e a segurança?”.
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Fonte: EBC Internacional
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