BRASIL E MUNDO
Pastores no MEC: TCU determina inspeção para apurar irregularidades
O ministro Walton Alencar, do Tribunal de Contas da União (TCU), determinou nesta segunda-feira a realização de uma inspeção no Ministério da Educação (MEC) para apurar possíveis irregularidades na transferência de recursos por meio da atuação de pastores na pasta.
A decisão de Alencar foi uma resposta a uma cautelar movida por deputados federais para solicitar o afastamento do então ministro da Educação, Milton Ribeiro. O ministro do TCU considerou que embora Ribeiro já tenha sido exonerado do cargo, é necessário dar seguimento à apuração e autorizou a realização da inspeção. Com a medida, os fiscais do TCU podem coletar documentos e realizar diligências no MEC para apurar as denúncias.
“Por essas razões, julgo necessária a realização de inspeção para a apuração de irregularidades na gestão das transferências voluntárias do MEC e do FNDE quanto à interferência indevida de agentes privados na liberação de recursos públicos na área da educação”, escreveu o ministro do TCU em despacho assinado nesta segunda.
Em sua decisão, o Alencar pede que a inspeção seja feita com “a maior brevidade possível” para subsidiar fiscalização do TCU.
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“A gravidade dos fatos exige atuação imediata desta Corte, não sendo prudente postergar as apurações para processo de fiscalização ainda a ser instaurado”, afirmou o ministro.
Na semana passada, Milton Ribeiro pediu demissão do cargo após denúncias de irregularidades na pasta. Os pastores Gilmar Santos e Arilton Moura, de acordo com as acusações, usariam o amplo trânsito no gabinete do ministro para facilitar o acesso de prefeitos a recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) em troca de favorecimento. No dia 21 de março, o jornal “Folha de S. Paulo” divulgou um áudio no qual Ribeiro afirmava que havia recebido os pastores a pedido do presidente Jair Bolsonaro.
O pedido de cautelar feito por 13 deputados menciona “a existência de um esquema inescrupuloso no âmbito de órgãos e entidades da administração pública para priorização da destinação aos entes federados dos escassos recursos da área da educação.”
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BRASIL E MUNDO
Na Antártica, vulcão expele R$ 31 mil por dia; entenda
Um vulcão na Antártica faz uma pequena fortuna em dejetos por dia, segundo um relatório do New York Post. Segundo especialistas, o Monte Erebus, um dos 138 vulcões ativos da Antártida, emite bolsões de gás contendo aproximadamente 80 gramas de ouro cristalizado por dia, avaliados em quase $6.000 (cerca de R$ 31 mil).
De acordo com o Earth Observatory da National Aeronautics and Space Administration (NASA), a poeira de ouro é apenas uma das muitas coisas que estão sendo expelidas do Erebus. A poeira chega a até 999 km de distância do vulcão, que tem 3,79 km de altura.
“O vulcão fica acima de uma fina fatia de crosta, então a rocha derretida sobe mais facilmente do interior da Terra. Ele emite regularmente plumas de gás e vapor, e ocasionalmente lança rochas (bombas) em erupções estrombolianas. Pelo menos um lago de lava tem borbulhado dentro de sua caldeira desde 1972. O Monte Erebus é considerado o vulcão ativo mais ao sul do mundo”, diz a NASA.
Conor Bacon, do Observatório Terrestre Lamont-Doherty da Universidade de Columbia em Nova York, disse à revista Live Science: “O Erebus tem estado em erupção contínua desde pelo menos 1972”, acrescentando que o vulcão também é famoso por seu “lago de lava” em uma das crateras do seu cume, “onde material derretido está presente na superfície”. “Estes são, na verdade, bastante raros, pois requerem condições muito específicas para garantir que a superfície nunca congele”, disse ele.
Porém, a pesquisa sobre o vulcão enfrenta o desafio do isolamento geográfico. Em contrapartida, a Área Especialmente Gerida da Antártida da Ilha Decepção, que monitora a atividade vulcânica na ilha, afirma que a Ilha Decepção é a caldeira de um vulcão ativo que entrou em erupção pela última vez em 1970.
O Sr. Bacon disse que tanto o Monte Erebus quanto a Ilha Decepção sozinhos têm apenas “um pequeno número de instrumentos de monitoramento permanentes. Essas redes consistem principalmente de sismômetros para detectar atividade sísmica associada a instabilidade vulcânica. De tempos em tempos, os pesquisadores implantarão redes mais extensas de instrumentos para conduzir estudos específicos, mas isso naturalmente apresenta um enorme número de desafios logísticos quando comparado aos muitos vulcões, muito mais acessíveis, em outras partes do mundo.”
“Além dos desafios logísticos, as instalações permanentes precisam ser robustas o suficiente para sobreviver às condições adversas e às longas noites polares”, disse Bacon.
Fonte: Internacional
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