Saúde
Paraíba vai decretar toque de recolher para conter covid-19

O governo da Paraíba deve publicar ainda hoje (23) decreto com o objetivo de estabelecer novas restrições à circulação de pessoas e ao funcionamento de serviços em todo o estado.
Segundo a assessoria do governo, o ato administrativo deve ser publicado até o início desta tarde, em edição extra do Diário Oficial do estado, passando a valer a partir de amanhã (24).
De acordo com o governador João Azevêdo, o objetivo é conter o recente avanço da covid-19 no estado. Ontem (22), após reunião com membros da equipe de governo e técnicos da secretaria estadual de Saúde, informou que a taxa de ocupação dos leitos em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) da capital, João Pessoa, chegou a 84% e que no interior há cidades onde o percentual atingiu 88%.
Até ontem, 138 municípios apresentavam bandeira laranja, ou seja, uma situação preocupante, e seis já haviam entrado na bandeira vermelha do chamado Plano Novo Normal.
Azevêdo antecipou algumas das medidas a serem adotadas pelos próximos 15 dias. Entre elas, o toque de recolher das 22h às 5h, em cidades com bandeiras vermelha e laranja. Nas localidades, durante o período, apenas pessoas que trabalham em setores essenciais ou autorizadas poderão circular livremente pelas ruas.
Missas, cultos e eventos artísticos e esportivos serão suspensas por 15 dias a partir da entrada em vigor do decreto. Bares e restaurantes só poderão funcionar das 6h às 16h, e apenas para entregas em domicílio ou retirada dos produtos pelos clientes. Previstas para começar no próximo dia 1° de março com, no máximo, 30% de atividades presenciais, as aulas da rede pública estadual serão integralmente à distância, via online.
Vida
“São medidas para preservar a vida dos paraibanos. Não podemos aceitar que o sistema de saúde entre em colapso”, disse o governador à Rádio Tabajara, da Empresa Paraibana de Comunicação (EPC), que é vinculada à Secretaria de Comunicação estadual.
“O chamado Plano Novo Normal trata cada segmento econômico em função dos riscos de contaminação e transmissão [da covid-19], estabelecendo a forma de funcionamento de cada setor”, disse Azevêdo. “Estamos adotando novas medidas, mais restritivas, visando à redução da mobilidade urbana para que possamos enfrentar e vencer este momento tão difícil de pandemia.”
O governador também fez um apelo para que a população siga recomendações das autoridades sanitárias, procurando evitar aglomerações, sempre usar máscaras e higienizar as mãos e objetos sempre que possível.
“As medidas serão implementadas, mas sabemos das limitações do Poder Público. Não temos condições de abrir leitos indefinidamente. Porque não se trata só de [adquirir e instalar] equipamentos [hospitalares, mas também de ter pessoal, uma equipe médica muito grande, mas é preciso que as pessoas entendam: só quem pode evitar que o sistema entre em colapso é a própria população”, destacou o governador. Ele criticou quem sai às ruas sem máscara ou se junta a outras pessoas para atividades coletivas sem maiores cuidados.
“Virou quase que incomum você encontrar as pessoas usando máscaras nas ruas. É um absurdo. Enquanto em outros países as pessoas utilizam a máscara em locais públicos, aqui, a nossa consciência coletiva está a ponto de, simplesmente, relegar o uso da máscara a segundo plano, quando sabemos que é exatamente a falta dela que está provocando uma quantidade tão grande de contágios.”
Edição: Maria Claudia

Saúde
Rio de Janeiro atinge 93% de ocupação de leitos de UTI para Covid-19


Um balanço divulgado pela Secretaria estadual de Saúde no início da noite deste sábado mostra que 93% dos 616 leitos de UTI do Sistema Único de Saúde (SUS) disponíveis para atender pacientes com Covid-19 na capital estão ocupados. Parte dessas vagas estão sendo preenchidas, inclusive, por pacientes vindos da região Norte do país. No caso de vagas de enfermarias, os pacientes com diagnóstico de Covid-19 ou de síndrome respiratória aguda grave, a taxa de ocupação chega a 73% dos 640 leitos.
Entre as unidades que praticamente não têm mais vaga de UTI para Covid-19 está o Hospital Ronaldo Gazolla, em Acari, referência no tratamento da doença. No fim da tarde, 141 das 143 vagas estavam preenchidas e havia a expectativa da chegada de mais um paciente. No caso das enfermarias, a unidade tinha 169 de suas 237 vagas preenhidas.
O secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, prevê que a ocupação de leitos na capital deva diminuir no início da semana.
“Essa é uma estatística de momento. Mas se for preciso, parte das vagas de enfermaria do Gazolla podem ser convertidos em UTI rapidamente”, disse o secretário.
Você viu?
Ao todo, 975 pessoas estão internadas na cidade com sintomas de Covid-19. Treze pessoas aguardam vagas ou transferência.
Em 24 horas, foram diagnosticados 107 novos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave. Ao todo, desde o início da pandemia, 209.527 pessoas contraíram a doença e 19.115 morreram na cidade, segundo dados da Secretaria municipal de Saúde.
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