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Saúde

Pandemia aumentou os riscos de acidentes domésticos

Com as restrições, as pessoas passaram a estar mais tempo em casa, expostos a riscos diversos, entre eles, os de queimaduras

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Com o objetivo de desacelerar a propagação do coronavírus, foram adotadas medidas de isolamento social e de cuidados com a higiene. Estando mais tempo em casa, as pessoas ficaram mais vulneráveis a acidentes domésticos. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, eles cresceram 30% durante a pandemia, inclusive com queimaduras, devido ao uso do álcool 70%.

A Sociedade Brasileira de Queimaduras (SBQ) fez uma pesquisa, com base em dados de pacientes atendidos nos centros de tratamento de queimados de todo o Brasil, e identificou grande incidência de queimaduras por álcool no ambiente domiciliar, vitimando, principalmente, desempregados e crianças. Os dados foram colhidos entre 28 de março até 30 de novembro de 2020.

Conforme o presidente da SBQ, José Adorno, o cenário definido pela pandemia levantou um alerta sobre a possibilidade do aumento dos casos de queimaduras. Por isso, fizeram o estudo e intensificaram as campanhas de prevenção. “Teve grande número de internações por acidentes com álcool, foram cerca de 700 no ano passado. Teve estado em que o número representou um aumento de 40% desses casos de internação, como foi em Pernambuco. É um impacto muito grande”, destacou.

Somente no Distrito Federal, centro do país, em 2020 foram feitos 2.084 atendimentos no pronto-socorro e 305 internações por queimaduras, segundo a Secretaria de Saúde do DF. Do total de internações, 50 foram por álcool, sendo 44 adultos e seis crianças. Neste ano, de janeiro a abril, foram 717 atendimentos no pronto-socorro e 124 internações. Destas, 36 foram por álcool, sendo 32 adultos e quatro crianças.

O levantamento feito pela SBQ indicou, também, um grande número de queimaduras durante o cozimento de alimentos. Acredita-se estar relacionado à crise socioeconômica, já que o aumento do preço do gás de cozinha leva a buscar alternativas, elevando o índice de queimaduras por líquidos inflamáveis, dentre eles o álcool. “Teve grande aumento dos casos de queimaduras pelo uso do álcool na cozinha em Natal, em São Paulo. Estamos analisando cada região e buscar formas efetivas de prevenção”, observou José Adorno.

O estudo da SBQ demonstrou, ainda, uma inesperada participação do gênero masculino nesse tipo de acidente, responsável por mais da metade dos casos, apesar de normalmente o gênero feminino estar mais associado a queimaduras durante o preparo de alimentos e no ambiente da cozinha. A pesquisa sugere que o predomínio masculino encontrado pode estar relacionado com o aumento do desemprego durante a pandemia, que levou a população masculina para o ambiente doméstico.

ATENDIMENTOS AMBULATORIAIS NO BRASIL

De acordo com o Ministério da Saúde, houve uma elevação de 303% nos atendimentos ambulatoriais por acidentes domésticos durante a pandemia em pessoas de até 15 anos. A pesquisa comparou os registros de março e outubro de 2020 e de 2019. Os atendimentos passaram de 7.179 para 28.939.

A maior parte das ocorrências envolve lesões nas mãos, causadas por queimaduras, quedas e cortes. Somando os atendimentos hospitalares e ambulatoriais, foram contabilizadas 39.338 ocorrências em 2020 contra 18.525 em 2019.

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Saúde

Casos de dengue caem pela metade no Rio de Janeiro

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O boletim Panorama da Dengue, divulgado nesta segunda-feira (15) pela Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro, aponta para queda progressiva de casos da doença ao longo das últimas três semanas. Conforme o boletim, os casos prováveis de dengue caíram quase 50% no estado, passando de 14.782 na semana 12 (de 17/03 a 23/03) para 7.406 na semana 13 (de 24/03 a 30/03).

De acordo com o cenário epidemiológico, o estado do Rio saiu do nível 3 do plano de contingência da secretaria (quando o número de casos prováveis é dez vezes acima do limite endêmico) para o nível 2 (entre cinco e dez vezes). Quatro regiões do estado – Serrana, Metropolitana I, que engloba a Baixada Fluminense e a capital do estado, Baixadas Litorâneas e Norte Fluminense – ainda apresentam número de casos acima do esperado. 

Com base nos dados de hoje, a secretaria decidiu manter o decreto de epidemia e continuar analisando a situação por pelo menos mais duas semanas. Também prorrogou por mais 30 dias a atuação do Comitê de Emergência em Saúde específico da dengue, que reúne técnicos de vários setores da saúde estadual e também da Fundação Saúde.

“Apesar da melhora no cenário epidemiológico, os indicadores ainda nos mostram que é preciso manter toda a atenção nas medidas de controle dos focos do mosquito, assim como na observação dos sintomas e no manejo clínico desses pacientes. Ainda temos números acima do esperado para o momento, e a Região Norte, que foi a última a apresentar piora do cenário, segue com tendência de alta nos casos”, alertou a secretária de Saúde, Claudia Mello,.

Queda no atendimento

O Panorama da Dengue mostra também que os atendimentos de casos suspeitos da doença apresentaram queda de 15% nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) estaduais entre as semanas epidemiológicas 12 e 13, com 9.468 atendimentos e 8.044 respectivamente.

Até esta segunda-feira (15), foram registrados 205.187 casos prováveis de dengue e 109 óbitos confirmados em todo o estado do Rio de Janeiro. A taxa de incidência acumulada está em 1.278 casos/100 mil habitantes.

Fonte: EBC SAÚDE

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