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Os perfis que definem o sucesso ou fracasso dos prefeitos

Por Caique Loureiro
Os novos ou reeleitos prefeitos completaram o primeiro mês do novo mandato, mas e aí? Já escolheram o caminho que seguirão nos próximos quatro anos? Confesso que, como marqueteiro, é inevitável não analisar as atitudes dos prefeitos nesse início de gestão.
Vamos lá, existem diferentes perfis que cada gestor pode adotar: midiático, visionário, zelador, executor, populista e técnico. Não existe um perfil correto, mas sim caminhos a serem trilhados, com a necessidade de entender o contexto externo, que inclui o arquétipo da cidade e os desejos da população.
Antes de detalhar os desafios de cada perfil, é importante explicar como a satisfação dos cidadãos em relação aos serviços públicos é percebida. A satisfação é uma equação entre expectativa, desejo e o serviço oferecido. Aparentemente, são três eixos simples de compreender, mas isso é uma doce ilusão. Quando falamos de expectativa, há várias variáveis que moldam esse sentimento, como o contexto e o arquétipo cultural do grupo ao qual se pertence. Já a variável “desejo” é ainda mais complexa e individualizada, sofrendo influências psicológicas, pessoais, sociais e culturais.
Em síntese, podemos afirmar que, quanto maior a expectativa, mais difícil será alcançar a satisfação. Então, não seria correto alimentar expectativas? O fato é que alimentá-las excessivamente exigirá do gestor uma entrega extremamente eficiente. Esse é o maior risco de escolher o caminho do “Prefeito Midiático”. No Brasil, temos um exemplo claro com João Doria em São Paulo. Sua passagem pela política foi meteórica. Ele fez uma gestão baseada em aparições midiáticas, o que gera a necessidade de uma auto alimentação constante com novos fatos e eventos. O problema é que isso desequilibra a equação da satisfação, pois a expectativa é inflada em detrimento da entrega. Vejo muitos prefeitos em Mato Grosso adotando essa estratégia, o que é perigosa.
Já o perfil visionário tem dificuldade em construir reputação a curto prazo, uma vez que suas ações trarão valor percebido apenas a longo prazo. Isso exige uma comunicação extremamente eficiente e clara no desenvolvimento da narrativa. É preciso construir a informação de maneira didática. Esse perfil tende a crescer como uma avalanche no período da reeleição. Uma estratégia eficaz é estabelecer pontes de comunicação com a sociedade e micro influenciadores, por segmentos e áreas e geografia da cidade.
O zelador trata a cidade como um condomínio, mantendo-a limpa e com os serviços básicos funcionando. É um perfil que caminha na linha média da satisfação, mas precisa tomar cuidado com a construção de sua narrativa. Quando bem elaborada, essa narrativa garante uma reeleição tranquila; porém, quando mal desenvolvida, pode causar a sensação de que a cidade pode e merece mais. Isso é um prato cheio para os opositores à reeleição.
O perfil executor combina um olhar público e privado, sendo visto como o gestor capaz de realizar obras e concretizar projetos. Em Mato Grosso, essa construção foi muito bem feita pelo atual governador. Esse perfil transmite uma sensação de competência. O desafio, no entanto, é dosar essa imagem com a humanização do gestor, pois o voto é mais emocional do que racional. Nesse caso, o desafio da comunicação é criar um elo afetivo com a população.
O perfil populista é aquele candidato que vive em um estado permanente de campanha, mesmo após assumir o mandato. Acredito que seja o caminho mais arriscado, especialmente em uma população cada vez mais conectada e cansada de políticos tradicionais, com suas poses de tapinhas nas costas, crianças no colo e pastéis de feira. Nesse caso, é essencial ter consistência e um corpo técnico forte. Já o perfil de prefeito técnico vive o mesmo dilema, mas de forma inversa.
Vamos acompanhar os próximos capítulos das narrativas que estão sendo criadas pelas assessorias de comunicação dos gestores. Alguns constroem suas narrativas de maneira orgânica, enquanto outros as planejam cuidadosamente. A diferença é que a abordagem orgânica é como dirigir um carro sem faróis, em uma estrada noturna cheia de curvas perigosas e oposição vindo no sentido contrário.
Caíque Loureiro é Professor, Mestre em marketing. Atua como marqueteiro político e consultor de gestão da comunicação de mandato.

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Mais saúde e acesso: A farmácia expandindo o cuidado com os pacientes!

Por Cristina Reis
Nos últimos anos, a profissão farmacêutica tem passado por significativas transformações, impulsionadas pela expansão das áreas de atuação e pela implementação de novas regulamentações pelo Conselho Federal de Farmácia (CFF). Em 2025, diversas resoluções foram aprovadas, marcando um novo capítulo na história da profissão e redefinindo o papel do farmacêutico no cuidado à saúde.
A profissão farmacêutica tem tido um avanço contínuo, e a tendência é que continue se desenvolvendo cada vez mais. Com o reconhecimento crescente do papel do farmacêutico na promoção da saúde, novas oportunidades e responsabilidades têm surgido, fortalecendo a presença desse profissional no sistema de saúde.
Uma das principais inovações é a habilitação em Saúde Mental, que permite aos farmacêuticos atuarem de forma mais direta no manejo farmacoterapêutico e no suporte aos pacientes. Este avanço não apenas amplia o acesso aos serviços de saúde mental, mas também fortalece a integração do farmacêutico na equipe multidisciplinar de cuidados.
Outro marco importante é a habilitação para Prescrição de Contraceptivos, com cursos que capacitam os profissionais a orientar e prescrever métodos contraceptivos de forma segura e eficaz. Essa medida não só empodera os pacientes na gestão de sua saúde reprodutiva, mas também contribui para a redução das taxas de gravidez indesejada e para a promoção da saúde sexual.
A implementação do Registro de Qualificação de Especialista (RQE) é um marco crucial para reconhecer as especialidades farmacêuticas, garantindo maior segurança e qualidade nos serviços prestados à população. Com o RQE, os profissionais podem demonstrar formalmente suas competências em áreas específicas, como farmácia clínica, farmácia hospitalar, entre outras.
Além disso, a regulamentação do Ato Farmacêutico, que agora inclui a prescrição de medicamentos tarjados, representa um avanço significativo na autonomia profissional dos farmacêuticos. Essa medida não apenas amplia o leque de serviços que podem ser oferecidos nas farmácias, mas também reforça a importância do conhecimento técnico e científico na prática diária.
Os benefícios dessas novas medidas são evidentes. A melhoria no atendimento ao paciente é uma das principais vantagens, uma vez que os farmacêuticos estão mais capacitados para oferecer um cuidado integrado e personalizado. A ampliação das áreas de atuação também contribui para maior profissionalização da categoria, elevando o status da profissão, com possibilidade de melhor remuneração e reconhecimento de seu papel essencial na promoção da saúde pública.
Em suma, os avanços recentes na profissão farmacêutica não apenas refletem uma evolução nas competências e responsabilidades dos profissionais, mas também reafirmam o compromisso com o conhecimento e a excelência no cuidado à saúde. Com as novas áreas de atuação e as resoluções do CFF, os farmacêuticos estão mais preparados do que nunca para enfrentar os desafios contemporâneos e para contribuir de maneira significativa para o bem-estar da sociedade.
Dra. Cristina Reis é farmacêutica-bioquímica graduada pela Universidade Estadual de Londrina – UEL, possui uma ampla experiência profissional que abrange desde a atuação em Análises Clínicas até o ensino superior, onde foi docente em cursos de graduação em Farmácia e outras áreas da saúde. Atualmente, ela desempenha papéis de destaque como Conselheira Regional e Presidente do CRF-MT, demonstrando um compromisso contínuo com a excelência e o avanço da profissão farmacêutica.
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