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Operação “Proditor” desmascara esquema de fraude contra condomínios em Cuiabá

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A Polícia Civil de Mato Grosso, através da Delegacia Especializada de Estelionato de Cuiabá, deflagrou na manhã desta quarta-feira (08.10) a Operação “Proditor”, visando desarticular um grupo criminoso especializado em estelionato, associação criminosa e lavagem de capitais contra condomínios da capital. A ação resultou na emissão de um mandado de prisão preventiva e busca e apreensão domiciliar, além de bloqueio de contas bancárias e sequestro de bens dos envolvidos.

As ordens judiciais, expedidas pelo Juízo do Núcleo de Justiça 4.0 do Juiz das Garantias, incluem a prisão de um suspeito, a realização de busca e apreensão em uma residência no bairro Jardim Vitória, em Cuiabá, e o bloqueio de contas bancárias. Adicionalmente, dois imóveis e diversos veículos de propriedade dos investigados foram sequestrados, visando a recuperação dos valores desviados.

O principal alvo da operação é um homem de 34 anos, ex-funcionário de uma empresa de administração de condomínios. Ele é apontado como o mentor de um elaborado esquema que desviou mais de R$ 55 mil de, pelo menos, dois condomínios de Cuiabá. As investigações revelaram que o prejuízo foi consolidado por meio de 46 operações fraudulentas, cujos beneficiários eram sete suspeitos, todos com laços de proximidade com o líder do grupo criminoso.

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As apurações, conduzidas pelo delegado Gustavo Godoy Alevado, detalharam o funcionamento do golpe. O principal investigado, que atuava como assistente financeiro em empresas de assessoria condominial, utilizava seu acesso privilegiado às informações e operações financeiras dos condomínios para executar as fraudes.

O modus operandi consistia na falsificação de notas fiscais e boletos bancários em nome de fornecedores regulares dos condomínios. Com essa artimanha, os síndicos eram induzidos a realizar pagamentos via Pix, sob a falsa justificativa de evitar juros e multas, direcionando os valores para contas de terceiros que faziam parte da quadrilha. Em seguida, o dinheiro desviado era transferido para contas de outros membros da associação criminosa, que, por sua vez, repassavam grande parte dos valores para a conta do ex-funcionário, consolidando a lavagem de capitais.

A delegada titular da Delegacia Especializada de Estelionato de Cuiabá, Eliane da Silva Moraes, enfatizou que o objetivo da operação vai além da prisão dos envolvidos. “O sequestro de bens e o bloqueio de ativos têm como objetivo assegurar a reparação dos danos causados às vítimas e a perda dos bens adquiridos com o produto do crime, visando asfixiar financeiramente as atividades da associação criminosa”, explicou a delegada, destacando a importância de reaver os prejuízos aos condomínios lesados.

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O nome da operação, “Proditor”, é um termo em latim que significa “traidor”, fazendo alusão à conduta do principal investigado, que se valeu da confiança e do acesso privilegiado para cometer os crimes.

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Fechamento da 13 de Junho aos sábados está prejudicando comércio; diz CDL

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A iniciativa da Prefeitura de Cuiabá de fechar a Rua 13 de Junho para veículos aos sábados, com o objetivo de aquecer o comércio local, não obteve o efeito esperado, de acordo com uma sondagem realizada pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Cuiabá (CDL Cuiabá). Desde 20 de setembro, o trecho entre as Avenidas Getúlio Vargas e Isaac Póvoas foi destinado à instalação de barracas de comerciantes, camelôs e vendedores ambulantes. Contudo, a maioria dos empresários ouvida pela entidade registrou queda nas vendas.

A pesquisa da CDL Cuiabá revelou que 59,3% dos comerciantes experimentaram uma diminuição nas vendas em comparação com o sábado anterior à mudança. Apenas 18,5% registraram aumento, enquanto 22,2% não observaram qualquer variação. Essa percepção negativa foi corroborada pelos colaboradores das lojas, com 53,7% deles relatando uma queda nas vendas no período analisado.

Apesar de haver um aumento perceptível na circulação de pessoas na rua, esse fluxo não se traduziu em maior faturamento para os estabelecimentos. “O movimento foi maior na rua, mas não na loja”, desabafou um dos participantes da sondagem, evidenciando que a maior presença de público não necessariamente significa mais vendas.

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O estudo também identificou outras dificuldades que prejudicaram o comércio. Problemas de mobilidade e a falta de estacionamento foram citados, além da concorrência dos vendedores ambulantes. A presença desses vendedores foi apontada como concorrência desleal, uma vez que não recolhem impostos, estimulando a informalidade. “A medida trouxe os camelôs de volta, estimulando a informalidade”, destacou outro entrevistado.

Júnior Macagnam, presidente da CDL Cuiabá, reconhece o potencial da iniciativa, mas enfatiza a necessidade de planejamento e diálogo. “O fechamento de ruas para estimular o comércio e o lazer é uma tendência mundial. Porém, precisa ser bem planejado, com diálogo entre poder público, lojistas e consumidores”, avaliou.

A análise da CDL sugere que é crucial uma melhor estruturação e planejamento para que a medida atinja seus objetivos. Entre as propostas levantadas pelos comerciantes estão a padronização das barracas, a separação clara dos espaços destinados aos ambulantes, uma organização mais eficiente do trânsito e da oferta de estacionamento, além da inclusão de atrações culturais e gastronômicas, brinquedos para crianças e uma divulgação mais ampla do evento.

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A sondagem da CDL Cuiabá foi realizada entre 30 de setembro e 3 de outubro, ouvindo 68 empresas localizadas na Rua 13 de Junho e em calçadões do centro da cidade, que empregam cerca de 2 mil comerciários.

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