artigos
O legado da Lei Aldir Blanc e o que vem depois

Muitos amigos e agentes culturais de Mato Grosso têm me perguntado nos últimos dias: o que vem depois da Lei Aldir Blanc? Toda a experiência que vivenciamos até aqui, na condução da Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer e no trabalho realizado em tempo recorde para que o setor produtivo da cultura obtivesse o recurso da lei, fica a certeza de que esse é apenas o começo de uma transformação.
Mostramos que somos capazes. Para fazer o auxílio chegar às mãos de quem estava precisando, trabalhamos muito. Lançamos cinco editais, recebemos 1.879 propostas, analisamos todas e 570 foram selecionadas. Um trabalho que foi feito pelos servidores da Secel com muita dedicação, sem interrupção, nos fins de semana, durante a madrugada, porque sabíamos que tinha muita gente precisando desse recurso.
E conseguimos, em tempo recorde, aplicar 100% dos valores recebidos pelo Governo Federal. Isso permitiu que fossemos um dos poucos estados do País a pagar todos os proponentes dentro do prazo estabelecido pela lei.
No processo de escolha desses projetos, levamos em consideração qual o legado ficaria para a sociedade. Também foi pensado na democratização do acesso desses recursos para que segmentos culturais historicamente excluídos e inviabilizados fossem contemplados. Porque o fomento à cultura é trazer para o palco a diversidade, ampliar os horizontes e reafirmar a cultura como direito do cidadão.
Outro ponto que foi considerado pela Secel, foi a adoção de critérios de seleção que, além de levar em conta a excelência da proposta, a qualificação da equipe, que seus efeitos multiplicadores pudessem contribuir para equilibrar alguns problemas sociais que historicamente percebíamos nos editais. Assim, os critérios sociais tinham como missão equilibrar a balança do acesso, democratizar o quanto fosse possível os recursos e ampliar para outras populações o direito garantido na Constituição Brasileira de acesso à fruição e ao fazer cultural.
E trago agora os resultados que nos enchem de orgulho. Utilizamos como referência a experiência anterior à Lei Aldir Blanc, o Festival Cultura em Casa, que já foi primoroso em responder rapidamente problemáticas causadas pelo isolamento social necessário para o combate à pandemia.
Ao compará-los, conseguimos ampliar a participação de municípios do interior de Mato Grosso, saindo de 17 para 47 cidades – um aumento de 276%.
Outra conquista fundamental foi a grande participação de empreendedoras culturais femininas, saindo da baixa participação de 30% do edital anterior para os 51% nos editais da Aldir Blanc. Junto a isso, ampliamos a participação de populações que se autodeclaram de cor preta e parda, representando 55% na distribuição dos recursos. Destaque também para a grande participação de indígenas, povos tradicionais, comunidades quilombolas, terreiros de matrizes africanas e também a tardia participação das populações LGBT’S, historicamente alijadas destes processos.
Outra grande conquista foi o alcance da lei: mais de 11.400 profissionais da cultura foram envolvidos diretamente na produção e realização dos projetos, trabalhando e gerando renda para suas famílias. Sem contar nos investimentos em formação para os proponentes, com o objetivo de auxiliá-los a terem boa execução em seus projetos e uma prestação de contas eficiente, garantindo assim, transparência e bom uso dos recursos públicos.
Somado a todos os resultados positivos na democratização da distribuição dos recursos, temos ainda o resultado final dos projetos que são os trabalhos que foram produzidos. Ao longo desse ano, poderemos mensurar o que a Lei Aldir Blanc impactou no setor. São livros publicados, shows musicais, teatro, filmes, séries e documentários que irão alimentar a nossa alma e nossos dias.
Agora vem a continuidade. O nosso esforço será para transformar este rico acervo em recursos didáticos nas escolas, fortalecer mecanismos de distribuição das obras resultantes, desburocratizar, criar indicadores e, com eles, mensurar os impactos sociais e econômicos do setor produtivo da cultura em Mato Grosso.
Também será necessária a revisão dos marcos regulatórios da cultura, com a publicação da lei de incentivo híbrida, que mistura fomento direto e indireto. As legislações também irão precisar de atualizações que façam mais sentido para as políticas culturais, fortalecendo a participação social por meio do Conselho, fóruns e da Conferência Estadual de Cultura, criando a sinergia entre os setores finalísticos e área sistêmica da secretaria.
O trabalho em rede e estruturante, dentro do Sistema Estadual de Cultura, com ações realizadas de maneira coordenada entre Estado e Municípios permitirá o crescimento equilibrado da cultura em Mato Grosso.
A Lei Aldir Blanc de fato foi um marco, pois possibilitou a construção de estratégia para garantir o acesso e a democratização dos recursos, fomentar à diversidade e uma gestão transparente, em estreito diálogo com a sociedade, a quem toda política pública se destina e a quem nosso trabalho deve sempre se dedicar.
Alberto Machado, o Beto Dois a Um, é secretário de Estado de Cultura, Esporte e Lazer

artigos
A regra dos 20 segundos
Por Francisney Liberato
Abuse dos meios que facilitam a obtenção do autocontrole.
Shawn Achor é um escritor norte-americano e palestrante conhecido por sua defesa da psicologia positiva. Autor de vários livros, tais como: “O Jeito Harvard de ser feliz”, “Grande potencial: cinco estratégias para você chegar mais longe desenvolvendo as pessoas ao seu redor”, “Por trás da felicidade”, dentre outros.
De maneira geral, o nosso cérebro quer se livrar dos grandes desafios, além de economizar energia mental. A mudança de hábito requer um grande consumo de energia a qual não estamos dispostos a gastar.
Buscar os bons hábitos é vital para desenvolvermos autocontrole. Porém, conseguir ter hábitos saudáveis requer muita atenção, dedicação e esforço.
Quantas vezes nós já prometemos iniciar bons hábitos, como fazer uma atividade física, praticar a leitura, ter uma alimentação saudável etc. que no início até conseguimos, mas passados poucos dias, ou quem sabe horas, desistimos dessas escolhas.
O psicólogo americano supracitado apresenta um estudo relevante denominado regra dos 20 segundos, constante de seu livro “O Jeito Harvard de ser feliz”. A ideia do escritor é que todo hábito, não importando se é bom ou ruim, deve ser submetido à regra que consiste em estimular que você se livre de qualquer hábito que esteja obstruindo o seu sucesso e o seu progresso. A regra facilita ao máximo a execução de novos hábitos e a criar empecilhos e dificuldades para os hábitos ruins.
Exemplos: se as redes sociais estão lhe impedindo de estudar, você deve deixar o celular a 20 segundos de distância. Se a televisão te impede de trabalhar mais, você deve colocar o controle da TV a 20 segundos de distância. Se você desejar praticar atividade física, leve a sua roupa em uma mochila para o trabalho, depois, vá direto para a academia, do contrário, se for passar em casa, é provável que a tentação em desistir será muito grande. Para eliminar o excesso de consumo de sobremesa, é melhor não comprar esses tipos de produtos, pois, caso haja a necessidade incontrolável de consumi-los, haverá dificuldades de controlá-los. Se houver um obstáculo, como sair da residência para comprar esses produtos, é provável que você desistirá de comer os doces.
Indico que você faça um levantamento de todos os bons hábitos que deseja adquirir e dos hábitos que deseja eliminar ou reduzir a sua constância; em seguida, aplique a regra dos 20 segundos. A técnica agirá como se fosse um filtro para concretização da iniciativa.
O nosso cérebro tem a tendência de trocar as recompensas rápidas pelas recompensas duradouras, por isso devemos utilizar a regra dos 20 segundos.
É necessário implementar a utilização de bons hábitos a 20 segundos de distância, assim como dificultar os maus hábitos a 20 segundos de distância.
Quando nos referimos a um hábito, quer dizer que são aquelas atitudes que fazemos automaticamente, sem nenhum esforço. Por outro lado, para adicionar um novo hábito em nossa vida é preciso muita dedicação, autocontrole e tempo.
Assim, elimine as etapas para os bons hábitos e crie as etapas e barreiras para os maus hábitos. Lembre-se de utilizar a regra dos 20 segundos.
Francisney Liberato Batista Siqueira é Auditor Público Externo do Tribunal de Contas de Mato Grosso. Escritor, Palestrante, Professor, Coach e Mentor. Mestre em Educação pela University of Florida. Doutor em Filosofia Universal Ph.I. Honoris Causa. Bacharel em Administração, Bacharel em Ciências Contábeis (CRC-MT) e Bacharel em Direito (OAB-MT). Autor dos Livros: “Mude sua vida em 50 dias”, “Como falar em público com eficiência”, “A arte de ser feliz”, “Singularidade”, “Autocontrole”, “Fenomenal” ,”Reinvente sua vida”, “Como passar em concursos – vol. 1″ e Como passar em concursos – vol. 2”.
-
brasnorte4 dias atrás
Proprietária toma posse de imóvel rural de R$1 bilhão, após 20 anos
-
BRASIL E MUNDO5 dias atrás
Vídeo com OVNI em forma de pirâmide é verdadeiro, confirma Pentágono; assista
-
cultura6 dias atrás
Webinar encerra curso online de Capoeira Angola
-
BRASIL E MUNDO6 dias atrás
Pescadores fogem de ‘mega-tsunami’ na Groenlândia; veja o vídeo
-
Saúde4 dias atrás
Lote de 2,3 milhões de remédios para intubação chega ao Brasil nesta quinta
-
mato grosso5 dias atrás
Mauro propõe isenção de IPVA a motos populares, motoristas de aplicativos e frota de setores atingidos pela pandemia
-
cultura5 dias atrás
Artesãos de Mato Grosso têm divulgação em site do Governo do Estado
-
CIDADES5 dias atrás
Ministro anuncia 15,5 milhões de doses de vacina da Pfizer até junho