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POLÍTICA NACIONAL

MPRJ vai instaurar inquérito para apurar vídeo de Gabriel Monteiro

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O vereador Gabriel Monteiro, acusado de assédio por ex-funcionários
Reprodução/Redes Sociais – 28.03.2022

O vereador Gabriel Monteiro, acusado de assédio por ex-funcionários

O Ministério Público do Rio (MPRJ), por meio da 2ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva da Infância e Juventude da Capital, vai instaurar um inquérito civil para apurar se a criança que aparece num vídeo do vereador Gabriel Monteiro pode ter tido seus direitos violados.

O MPRJ afirma que podem ser adotadas medidas para a remoção do vídeo das mídias sociais, sem que seja descartada a hipótese de ajuizamento de uma ação judicial para a obtenção de indenização por dano moral coletivo.

Nas imagens que foram ao ar neste domingo no Fantástico, numa publicação no perfil de Monteiro a menina diz: “Eu pensei que hoje eu ficaria sem comida. Mas estou comendo o que mais gosto”. Logo depois, foram exibidas imagens brutas, nas quais o vereador induz a criança a dizer tais frases: “Fala assim: tio, hoje eu ia ficar mais um dia sem comer. Mas hoje estou aqui comendo o que mais gosto”.

Logo em seguida, a menina repete o que Monteiro pediu.

— Ele ainda pediu para que a criança dissesse que o pai dela era alcoólatra. Era comum ele fazer isso — disse um ex-assessor do político que trabalhou à época com o material e que não quis se identificar.

Segundo o MPRJ, outras medidas protetivas em favor da criança poderão ser tomadas depois que ela for identificada — o que também será pedido no procedimento que será aberto — pelo Promotor de Justiça com atribuição para a tutela individual.

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Além disso, o Ministério Público lembra que na mesma promotoria tramita o Inquérito Civil conjunto 01/21, que tem como objetio “apurar e prevenir possíveis violações de direitos de crianças e adolescentes em acolhimento institucional no Município do Rio de Janeiro decorrentes de suposta ilegalidade ou irregularidade de visitas realizadas pelo Vereador Gabriel Monteiro”.

Reunião do Conselho de Ética

Já na Câmara dos Vereadores do Rio, o Conselho de Ética marcou para esta terça-feira uma reunião de emergência para analisar as denúncias contra o vereador, nas quais assessores e ex-assessores o acusam de assédio sexual e moral. No encontro, será avaliado o início de um processo por quebra de decoro parlamentar. Mas queixas contra Monteiro já tramitam no conselho há quase um ano, ainda sem decisões. Ao todo, foram sete representações, em sua maioria sobre a forma como ele conduziu operações de fiscalização em órgãos públicos.

O GLOBO também procurou a Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV) pedindo um posicionamento com relação às denúncias da reportagem. O órgão ainda não respondeu até a publicação deste texto. Gabriel Monteiro foi procurado e não se manifestou.

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POLÍTICA NACIONAL

Indígenas pedem respeito aos direitos previstos na Constituição

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Em sessão solene neste dia 19 de abril, Dia dos Povos Indígenas, deputados indígenas lembraram os 35 anos da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia (Coiab). Essa entidade engloba nove organizações de proteção dos direitos dos povos indígenas situados dentro dos 110 milhões de hectares da Amazônia brasileira nos estados da região Norte, além de Mato Grosso e Maranhão, e tem sob sua atuação 860 mil indígenas de 180 povos que falam 160 línguas, como a língua kambeba, na qual foi cantado o hino nacional.

A deputada Célia Xakriabá (Psol-MG), 2º vice-presidente da Comissão da Amazônia, presidiu a sessão. “Nós entendemos que só existe cultura se também não matar, não assassinar nossa bandeira. Nós somos os povos indígenas, que lutam todos os dias. Porque entendemos que só vai existir futuro se entender também que o futuro é indígena”, disse.

O coordenador da Coiab, Toya Manchineri, afirmou que o capítulo “Do Índio” na Constituição tem sido deixado de lado porque a importância da demarcação das terras indígenas vem sendo minimizada. “Para nós é fundamental que o Estado brasileiro reveja as tomadas de decisões e que possa voltar novamente a fazer a demarcação e o reconhecimento dos territórios indígenas”, reclamou. Segundo ele, “é hora de o Estado brasileiro fazer seu papel, ter a coragem de fazer a demarcação dos territórios indígenas e fazer respeitar o que está na Constituição.”

A coordenadora da Federação dos Povos e Organizações Indígenas, Eliane Xunakalo, é de Mato Grosso, estado com 45 povos indígenas (incluindo dois povos isolados), somando 60 mil indígenas. Segundo ela, os indígenas do estado sofrem com problemas estruturais. “Desde a invasão de 1500, estamos aqui resistindo a reinados, impérios, ditaduras e democracias. Hoje, estamos aqui resistindo a toda opressão, toda falta de respeito conosco, os primeiros a estarem nessa terra”, afirmou.

Coiab
A Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia, homenageada na Câmara, desenvolve mais de 30 projetos na defesa dos direitos indígenas, com a formulação e fortalecimento de políticas públicas. A Coiab também forma políticos e técnicos e desenvolve ações que fortalecem a infância e juventude indígena.

Zeca Ribeiro / Câmara dos Deputados
Homenagem aos 35 anos da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira – Coiab. Coordenadora da Federação dos Povos e Organizações Indígenas do Mato Grosso - FEPOIMT, Eliane Xunakalo
Eliane Xunakalo: “Estamos resistindo desde a invasão de 1500”

Reportagem – Luiz Cláudio Canuto
Edição – Ana Chalub

Fonte: Câmara dos Deputados

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