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AGRO & NEGÓCIO

Moretti defende melhor comunicação sobre o agro brasileiro

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O presidente da Embrapa, Celso Moretti participou nesta terça-feira, 12, na Anufood 2022, de painel que debateu os temas “economia pós COP26: Green deal europeu, taxa de carbono na fronteira e os novos arranjos geopolíticos em torno do clima. Moretti disse ser preciso mostrar cotidianamente o grau de sustentabilidade do agro nacional: “É um sistema que há 25 anos busca processos mais sustentáveis de produzir alimentos, que se serve de ações únicas no mundo, como o Plano ABC+ ou dos sistemas de Integração Lavoura Pecuária Floresta – ILPF, com mais de 17 milhões de hectares adotados”.

O presidente da Embrapa ressaltou que o país possui um sistema de produção agropecuário que alimenta quase 800 milhões de pessoas no mundo, onde dois terços do território nacional são dedicados à preservação e à proteção do meio ambiente. “Precisamos comunicar melhor no exterior o trabalho realizado no Brasil, na busca por sustentabilidade nos seus sistemas. Não tenho dúvidas que a agricultura é parte integrante da solução do problema das mudanças climáticas. É imperioso trazer temas como alimentação e agricultura para o centro dos debates nas próximas edições da Conferência do Clima”. Ele ressaltou que temas como alimentação e agricultura, assuntos de grande interesse para o Brasil, foram pouco debatidos na Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima – COP26.

Celso Moretti destacou o pacto ecológico europeu ou “Green Deal”, iniciativa da Comissão Europeia que editou um pacote de medidas que permite que a sociedade europeia se beneficie com a criação de um processo de transição ecológica mais sustentável. Moretti ressaltou uma das metas de biodiversidade do Green Deal, que prevê a proteção de até 30% do território europeu até 2030. “No Brasil, nossa área de proteção compreende 66% do território. São 564 milhões de hectares”. Na sua explanação, o presidente da Embrapa ainda afirmou que enquanto a Europa planeja aumentar sua área de florestas plantadas em 3 milhões de hectares, o Brasil, sozinho, já possui 12 milhões de hectares, com planos de dobrar essa área até 2025.

Moretti teve a companhia da professora Vera Thorstensen, da Fundação Getúlio Vargas (FGV) no debate, palestrado pelo embaixador do Brasil junto à União Europeia e moderado pelo coordenador do Centro de Agronegócios da Fundação Getúlio Vargas, Roberto Rodrigues. O embaixador elencou uma série de propostas de restrições e barreiras contidas no pacto europeu, desfavoráveis à agricultura tropical, como, por exemplo, restrições ao emprego de certos insumos necessários em maiores volumes, em decorrência das condições do clima.

Outro ponto crítico proposto é o mecanismo de ajuste do carbono na fronteira. Uma proposta que a comissão apresentou ainda no ano passado, procura replicar a certos setores das importações, no sentido de precificar o carbono no sistema de licenças de emissão de comércio e emissões da União Europeia, os ETS. Também busca tratar, por meio da lei do desmatamento, que está em discussão no parlamento europeu e visa exigir dos importadores de carne bovina, soja, café, cacau, madeira e óleo de palma que se certifiquem, de que essas seis commodities são provenientes de terras que não foram desmatadas ilegalmente. Conforme Galvão, em primeira análise, essas commodities são responsáveis por quase 95% do desmatamento mundial nas cadeias de suprimento.

Já Vera Thorstensen, chamou a atenção quanto à imagem do Brasil no exterior relacionada aos impactos ambientais decorrentes da produção agrícola e de outras atividades de exploração ambiental. Segunda ela, a regulação de mercados importadores é uma realidade e o volume de normas restritivas é crescente, sobretudo aquelas ligadas a produtos produzidos em regiões de desmatamento.

Fonte: Embrapa

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AGRO & NEGÓCIO

Mato Grosso tem cinco produtores familiares premiados no 3º Mundial do Queijo

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Cinco produtores familiares de queijo de Mato Grosso foram premiados pela qualidade nos produtos, no 3º Mundial do Queijo do Brasil, realizado de 11 a 14 de abril, em São Paulo. A cadeia leiteira tem recebido incentivo do Governo de Mato Grosso pelo programa MT Produtivo Leite, da Secretaria de Estado de Agricultura Familiar (Seaf).

Uma equipe de técnicos da Seaf e da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer) participou do evento, que incluiu palestras e visitas a propriedades produtoras de leite.

“Este evento não apenas reconheceu a qualidade dos produtos lácteos de Mato Grosso, mas também reforça a importância da agricultura familiar na cultura alimentar e economia regionais, que é no que o Governo do Estado vem trabalhando intensamente”, afirmou o secretário adjunto de Agricultura Familiar e Desenvolvimento Rural, Clóvis Figueiredo, sobre a missão técnica a São Paulo, por meio de parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). 
Evento reuniu produtores de queijo de todo o Brasil em SP – Foto: Assessoria/Seaf-MT

Raquel Catanni, de Nova Mutum, ganhou a medalha ‘Super Ouro’ com seu Queijo Maringá e ‘Ouro’ com o Nozinho Temperado. Foram premiados com medalha de ouro Larissa Berte Barbosa, de Nossa Senhora do Livramento, e Vandecléia Prochnow, do Distrito de Nossa Senhora da Guia, em Cuiabá, Edmar Alves Trindade, de Nobres, também de ‘Ouro’, e Jackson Pacheco, de Santo Antônio de Leverger, que levou ‘Bronze’ com seu Queijo Pantanal.
Larissa e o marido Silas após a premiação – Foto: Arquivo pessoal

Larissa destacou o interesse do Governo do Estado em fazer uma nova lei, que já foi aprovada pela Assembleia Legislativa e sancionada pelo governador Mauro Mendes em janeiro de 2024, que estabelece critérios para a manipulação e beneficiamento de produtos de origem animal provenientes da agroindústria familiar.

“Sofremos bastante devido à legislação ser muito antiga e o Governo, nessa força-tarefa, formulou uma nova lei específica para o queijo artesanal, que reduz a burocracia, barateia e agiliza a legalização dos pequenos produtores. Com isso, vamos ter mais segurança jurídica para fabricarmos e comercializarmos nossos produtos”, afirmou a produtora sobre a lei que está em regulamentação. 
Com o Queijo Maringá, Raquel Catanni, de Nova Mutum, ganhou a medalha ‘Super Ouro’  no evento – Foto: Arquivo pessoal

Além dessa lei citada pela produtora premiada, o Governo está regulamentando a lei que criou o Fundo de Apoio à Agricultura Familiar para apoiar os pequenos empreendimentos rurais.

Edmar Trindade produz requeijão e queijo de massa filada na propriedade da família, na Vila Roda D’Água, em Nobres (a 122 km de Cuiabá), com o apoio da mulher e dos dois filhos adolescentes. Ele comercializa a produção em uma loja na vila, que tem movimento considerável de pessoas por causa dos pontos turísticos.

“Começamos fazendo queijos com 15 litros de leite por dia e hoje estamos usando cerca de 70 litros. Vamos ter uma reunião com a Seaf para fazer a construção da queijaria e definir a planta, porque a nossa intenção é expandir cada dia mais”, afirmou.

A coordenadora de Competitividade do Sebrae-MT, Valéria Pires, enfatizou que a missão técnica proporcionou experiências enriquecedoras para os participantes.

“Ao todo, foram 38 pessoas de Mato Grosso, entre técnicos, empresários e produtores de leite do Estado para visitas técnicas agendadas e altamente qualificadas”, frisou.

Fonte: Governo MT – MT

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