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Médico todo dia

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Por Ronivaldo Lemos

Muito cedo eu tomei a decisão de ser médico. Estudei muito para entrar na Universidade Federal de Mato Grosso e me esforcei igualmente para me formar. Ali, nos corredores do Hospital Universitário, eu reafirmava todos os dias a minha escolha. Exercer a Medicina e saber que fazemos diferença na vida de outras pessoas é uma paixão que se sobrepõe não só a mim, mas a todos aqueles que, como eu, escolheram ser médicos e médicas.

O dia em que somos lembrados pela nossa profissão tem um significado diferente este ano. Os profissionais da linha de frente no combate ao novo coronavírus enfrentam muitos desafios para conter a pandemia. Uma luta árdua e que ainda nos obriga a superar a barreira do medo para estar ao lado de quem precisa para salvar o máximo possível de vidas.

Foi preciso aprender muito com esse vírus devastador. Aprendemos a compartilhar informações e pesquisas para melhorar os tratamentos e obter resultados mais rápidos; inovamos e nos adaptamos para garantir mais segurança aos pacientes; melhoramos os procedimentos; nos tornamos mais resilientes como profissionais e, sem dúvida alguma, mais humanos como pessoas. Sim, porque ninguém passa por uma pandemia como essa sem entender melhor o valor da vida.

Mesmo nós, que somos treinados para lidar com situações de estresse, neste momento tivemos que encarar a perda de familiares, de amigos e de muitos colegas médicos. Estamos sendo chamados de heróis, mas não somos de ferro. Somos de carne. Também somos pais, mães, filhos e temos receios e incertezas. O que nos diferencia é uma missão muito clara de ajudar e, quando somos incumbidos de algo, largamos tudo e fazemos nosso melhor.

É para esse profissional e colega que eu quero deixar meu abraço hoje. Um gesto de aconchego e reconhecimento pela dedicação e esforço. Somos uma categoria que não para de estudar nunca e está em constante aperfeiçoamento. Nos últimos meses, especialmente, tomamos lições sobre união e apoio.

Como presidente da Unicred MT, junto ao Conselho de Administração, fizemos todos os esforços para dar suporte financeiro aos médicos nesse período. Linhas de crédito específicas, taxas especiais, condições diferenciadas, prorrogações, tudo o que estava ao nosso alcance para garantir apoio no momento difícil.

Estar ao lado dos cooperados é nosso papel como instituição financeira e nos orgulhamos muito em tê-los conosco. Queremos estar juntos não só nos bons momentos, mas em todos os momentos da vida.

União e apoio é o que precisamos para melhorar nossas condições como médicos e médicas, esse trabalho incessante e que tanto nos dá prazer em realizar.

Nossa profissão pode ser homenageada nesse dia 18 de outubro, mas o Dia do Médico é todo dia, o dia todo.

Ronivaldo Lemos é médico e Presidente da Unicred Mato Grosso

 

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O sono é essencial para a sobrevivência

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Por João Lombardi

Por mais que possa parecer simples, o sono não é simplesmente a ausência de vigília, isto é, o fato de não estar acordado. O sono é uma série de eventos fisiológicos de processos sequenciais e ordenados que acontecem no corpo humano a partir de respostas induzidas por hormônios e neurotransmissores. É intuitivo pensar que o sono é importante, mas a verdade é que o sono é essencial para a sobrevivência, sem o sono existiria vida, e é por isso que não há apenas um único motivo isolado para dormirmos.

Sem o sono não seria possível o nosso sistema nervoso executar funções cognitivas como memória, raciocínio, lógica, atenção, concentração, entre muitos outros. Não é segredo para ninguém que quando o sono não está ajustado, essas funções são prejudicadas, principalmente a tomada de decisões. Alguns sistemas no nosso corpo estão tão relacionados ao sono que simplesmente o ajuste e melhora do sono já é o suficiente para restaurar e regularizar o funcionamento, como sistema imunológico por exemplo. Qualquer função que você imaginar do corpo, o sono contribui para o seu bom desempenho.

Com a evolução do estilo de vida, principalmente ocidental, estamos vivenciando uma epidemia de privação do sono, adotando um padrão de sono completamente disfuncional e que muitas vezes vai contra o que é da natureza humana. E as repercussões negativas disso a nível de saúde pública são exorbitantes. O maior exemplo é de que a maior causa de morte no mundo, que são as cardiovasculares, estão diretamente relacionadas a mudança no estilo e piora na qualidade de vida ao qual está incluso e diretamente relacionada, o sono.

O ciclo de sono e vigília acontece INDEPENDENTE de fatores externos, ou seja, ele irá acontecer independente de outras influências, mas são essas influências externas que estão justamente alterando o processo natural do chamado ciclo circadiano que é a vigília-sono. Fisiologicamente temos a melatonina, hormônio indutor do sono produzido pela glândula pineal, é uma substância chamada adenosina, que vai se acumulando ao longo do dia para estimular o sono até o momento que ele acontece. Isso acontece através de uma variabilidade do ser humano em que algumas pessoas são mais matutinas e por isso tendem a ter melhores rendimentos durante a manhã, assim como acordar e dormir mais cedo, e outras pessoas tendem a ter melhores rendimentos a tarde e começo da noite, por respostas fisiológicas diferentes no ciclo circadiano.

Por fim, sabemos que há uma divisão do sono em sono REM e sono não REM, que são complementares e diferentes. Durante a vigília, recebemos estímulos visuais, auditivos, táteis, aromáticos, motoras, entre outras, e durante o sono não REM acontece o armazenamento e fortalecimento dessas informações gerando novas habilidades. Já o sono REM é o momento em que encaixamos essas novas informações com as informações antigas para estabelecer o conhecimento geral que temos como pessoa de experiências e habilidades passadas, além de uma seleção do que é importante e o que será descartado.

Assim, é extremamente importante a avaliação do sono com um profissional de saúde, tanto qualitativamente quanto quantitativamente. Ele é um processo inegociável em termos de saúde e performance para qualquer pessoa e precisa estar ajustado independente de quem você seja ou  o que você faça!

Procure sempre um profissional de saúde!

Dr. João Lombardi é médico do exercício e do esporte pela Unifesp, Pós em fisiologia do exercício e metabolismo pela USP de Ribeirão Preto, mestrando pela UFMT, médico do Brasil nas Paralimpíadas de Tóquio, médico assistente do Comitê Paralímpico Brasileiro e diretor do Instituto Lombardi, em Cuiabá (MT).

 

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