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AGRO & NEGÓCIO

Mato Grosso traça estratégia para se tornar potência global em gergelim

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Mato Grosso, maior produtor de gergelim do Brasil, está mirando no mercado chinês para consolidar sua posição no cenário global da cultura. Representantes de toda a cadeia produtiva, incluindo produtores, exportadores, pesquisadores e governo estadual, reuniram-se na última quinta-feira (30/01) para traçar estratégias e superar os desafios para a expansão das exportações.

A recente abertura do mercado chinês para o gergelim brasileiro representa uma oportunidade histórica para o estado. A expectativa é que o grão se torne tão relevante quanto a soja e o milho na economia mato-grossense. Em 2024, Mato Grosso respondeu por 64% das exportações brasileiras de gergelim, movimentando R$ 1,3 bilhão e exportando para 26 países.

O potencial da China é enorme: o país consome 1,2 milhão de toneladas de gergelim por ano, importando cerca de 1 milhão de toneladas – mais que o dobro da produção brasileira. O óleo de gergelim é um ingrediente fundamental na culinária chinesa, o que torna o mercado ainda mais promissor.

Desafios e estratégias

A reunião identificou os principais gargalos para a expansão da cultura e a conquista do mercado chinês. Entre eles, destacam-se:

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Produtividade: A queda no rendimento das lavouras exige investimentos em pesquisa de novas variedades de sementes, melhor manejo e adaptação à colheita mecanizada. Novos cultivares devem ser registrados já em fevereiro para aumentar a competitividade.
Representação na China: A instalação de um escritório do Invest MT no país asiático é vista como crucial para a promoção comercial e facilitação de negócios.
Logística: A burocracia e a falta de fiscais nos portos brasileiros dificultam o escoamento da produção, impactando a competitividade. A articulação entre governo federal e estadual é fundamental para solucionar o problema.

Apoio governamental e potencial de crescimento

O secretário de Desenvolvimento Econômico de Mato Grosso, Cesar Miranda, reforçou o compromisso do governo estadual em apoiar a estruturação da cadeia produtiva. “O governador Mauro Mendes sempre apoiou iniciativas desse tipo. Temos que agir rápido para que Mato Grosso se consolide como líder mundial na produção e exportação de gergelim”, afirmou.

A expectativa é que o gergelim repita a trajetória do milho, que passou de cultura complementar a um dos pilares do agronegócio mato-grossense. Com investimentos em pesquisa, logística e apoio governamental, a cultura tem potencial para se tornar uma das mais rentáveis do estado.

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“Hoje, o gergelim tem potencial para faturar até R$ 15 mil por hectare, um valor próximo ao do algodão. Mas precisamos melhorar nossa produção e consolidar o mercado”, explicou Alex Wisch, presidente da Aproger-MT.

Com ações coordenadas entre produtores, governo e entidades de classe, Mato Grosso se prepara para aproveitar a oportunidade e transformar o gergelim em um novo motor do agronegócio brasileiro.

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AGRO & NEGÓCIO

Estado lança pacote de medidas para fortalecer o agronegócio e proteger produtores de leite e aves

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O governo do Paraná anunciou nesta semana duas medidas voltadas ao fortalecimento do agronegócio local e à proteção da produção estadual diante da concorrência com produtos importados. As ações envolvem mudanças tributárias para o setor avícola e novas regras para o uso de leite em pó estrangeiro.

O objetivo é  reduzir custos, proteger a produção interna e aumentar a competitividade do agronegócio local. No caso do leite, a meta é evitar a desvalorização do produto nacional e dar fôlego a cooperativas e pequenos produtores. Já na avicultura, o foco é garantir melhores condições tributárias e ampliar a presença do Paraná nos mercados interno e externo.

A primeira medida, publicada na segunda-feira (03.11) retirou as carnes de aves cozidas do regime de Substituição Tributária (ST) do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Já a segunda, sancionada na quarta-feira (06.11), por meio da Lei nº 22.765/2025, proibiu a reconstituição, no Paraná, de leite em pó importado e outros derivados para produção de itens destinados ao consumo humano.

As decisões integram um pacote que busca reforçar a competitividade do campo paranaense, setor que representa parcela significativa do PIB estadual e nacional, e responder à pressão dos produtores de leite, que enfrentam dificuldades com o aumento das importações, principalmente de países do Mercosul.

Pela nova lei, está proibido o uso de leite em pó, soro de leite e compostos lácteos de origem estrangeira na fabricação de produtos destinados ao consumo humano. A exceção é a comercialização direta ao consumidor final, desde que os itens estejam em embalagens próprias para o varejo e sigam as normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

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O objetivo é proteger a cadeia leiteira estadual, que envolve milhares de famílias e é considerada estratégica para a economia rural. Em 2024, o Paraná produziu 3,9 bilhões de litros de leite, e nos dois primeiros trimestres de 2025 o volume chegou a 2,02 bilhões de litros, mantendo quatro períodos consecutivos acima de 1 bilhão de litros.

Com 15,7% da produção nacional, o Estado tem a segunda maior bacia leiteira do Brasil, atrás apenas de Minas Gerais, que responde por 23,8%, e à frente de Santa Catarina.

O governo também estuda ampliar a utilização do leite local na merenda escolar e em programas de compra pública, em modelo semelhante ao Compra Direta Paraná, que adquire alimentos da agricultura familiar para abastecer escolas, hospitais e entidades assistenciais.

A medida é uma resposta direta à crise vivida pelo setor leiteiro nacional. A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) vem defendendo a aplicação de medidas antidumping para conter a entrada crescente de leite do Mercosul a preços inferiores aos praticados internamente, o que tem pressionado a renda dos produtores brasileiros.

A outra medida anunciada pelo governo foi o Decreto nº 11.712/2025, que retira as carnes de aves cozidas do regime de Substituição Tributária a partir de janeiro de 2026. A decisão atende a uma demanda antiga das indústrias e cooperativas paranaenses, que reclamavam da perda de competitividade gerada pela cobrança antecipada do imposto.

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No modelo atual, o tributo é recolhido pela indústria no momento da saída do produto da fábrica, o que encarece os estoques e reduz o fôlego financeiro das empresas. Com a mudança, o ICMS passará a ser pago apenas na venda ao consumidor, alinhando o Paraná às práticas tributárias de outros estados e reduzindo distorções de mercado.

O Estado é líder nacional na produção de aves e responde por mais de um terço da produção brasileira. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Paraná produziu 558,6 milhões de aves no último trimestre, consolidando-se como referência no setor.

As carnes de aves cozidas incluem produtos de maior valor agregado, como frango desfiado e cortes temperados. Embora representem uma fatia menor do total produzido, são essenciais para ampliar margens industriais e estimular a diversificação da oferta.

A retirada da Substituição Tributária complementa uma decisão semelhante tomada em março, quando o governo estadual já havia excluído as carnes temperadas do mesmo regime. As mudanças buscam estimular a industrialização, atrair novos investimentos e gerar empregos na cadeia avícola, que possui forte presença no interior do Estado.

Fonte: Pensar Agro

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