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Marinha intensifica fiscalização no Rio Paraguai após aumento de motos aquáticas e acidentes históricos

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Por João Arruda | Cáceres

Uma operação de fiscalização naval comandada pelo capitão Magno Luís de Moura percorreu o Rio Paraguai e suas baías na tarde de sábado (22.02), verificando embarcações, documentação de condutores e o uso obrigatório de equipamentos de segurança, como coletes salva-vidas.

A ação, rotineira segundo a Marinha, ganha relevância diante do crescimento expressivo de motos aquáticas (jet skis) na região — de 10 registradas em 2022 para cerca de 50 em 2024 — e da aproximação do período de cheia, que amplia os riscos de acidentes.

Durante a inspeção, todos os condutores de lanchas e jet skis abordados estavam com a documentação regularizada. Em uma medida preventiva, a equipe ofereceu voluntariamente o teste do bafômetro, já que a legislação que proíbe dirigir sob efeito de álcool em vias terrestres também se aplica às águas.

“Nosso objetivo é garantir a segurança de todos, sejam banhistas, pescadores ou turistas”, destacou o capitão Magno, reforçando as orientações específicas para motos aquáticas: evitar corixos (canais estreitos) e manter distância de áreas com banhistas ou pescadores.

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Histórico de tragédias e alertas

A operação resgata memórias dolorosas para a comunidade. Em setembro de 1992, o pescador Joaquim Santana Neves, o “Quinco”, de 34 anos, morreu após sua embarcação ser atingida por um jet ski na Baía de Cáceres. O condutor, identificado como “Orlandinho Sequestrador” — envolvido no sequestro do ex-deputado Renée Barbour — foi preso, mas a tragédia deixou marcas. Recentemente, em 2023, um acidente entre um jet ski e duas lanchas na Baía das Pombas alarmou a região, felizmente sem vítimas fatais.

“Lembramos esses casos para mostrar que a negligência pode custar vidas. A fiscalização é uma forma de prevenção”, explicou um agente da Marinha. As advertências são reiteradas a cada abordagem, especialmente aos condutores de motos aquáticas, cuja velocidade e manobras bruscas aumentam os riscos.

Mídia local registra a operação

A ação foi documentada pelo repórter cinematográfico Deivid Bento, da TV Descalvados (afiliada do SBT), que acompanhou a equipe naval, incluindo os praças Roosevelt Saraiva Neto e Rafael Altino. As imagens mostram a checagem minuciosa e o diálogo educativo entre militares e usuários do rio.

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Neste domingo (23.02), quando o movimento nas águas do Paraguai costuma dobrar, uma nova fiscalização será realizada. “A Marinha está presente para proteger vidas. Queremos que o lazer e o comércio fluam com responsabilidade”, concluiu o capitão Magno.

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Coronel Alex Jesus Soares deixa comando em Cáceres para missão internacional 

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Por João Arruda | Cáceres

O Coronel Alex Jesus Soares, atualmente à frente do comando do Exército Brasileiro na área de fronteira em Cáceres (a 210 km de Cuiabá), está de partida para uma importante missão internacional. Ele deixará seu posto em 1º de dezembro deste ano, após ser designado por seu Escalão Superior para um intercâmbio de dois anos junto ao Exército Sul-Coreano, em Seul, capital da Coreia do Sul, a partir de janeiro próximo.

Durante sua gestão no estratégico 66º Batalhão de Infantaria Motorizada, conhecido na região como 2º Batalhão de Fronteira, o Coronel Alex Jesus implementou inúmeras ações, contando com o apoio de seu comandante imediato, General Luiz Duarte Figueiredo Neto, e de seus subordinados. Na esfera operacional, destacou-se pela atuação conjunta com diversas forças de segurança, como as Polícias Federal, Rodoviária, Civil, Gefron, Militar, a Marinha do Brasil e a Polícia Ambiental, além de outros órgãos responsáveis pela vigilância e segurança pública na vasta região oeste de Mato Grosso.

No âmbito social, o Coronel Soares ampliou significativamente a rede de apoio a entidades afins, reafirmando parcerias com a rede municipal de ensino. Sua atenção especial foi dada às três Escolas Cívico-Militares de Cáceres: Frei Ambrósio, Senador Mário Motta e Ana Maria das Graças Noronha. Além disso, o Batalhão, em parceria com a Fundação Vicente Lenilson, desenvolve atividades semanais em sua área olímpica, com o objetivo de revelar futuros talentos do atletismo brasileiro. Os resultados dessa iniciativa já começam a aparecer, com atletas de Cáceres, em especial da Escola Estadual Cívico-Militar Mário Motta, conquistando diversas medalhas em jogos estaduais e no campeonato nacional recentemente encerrado em Uberlândia, Minas Gerais.

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Com uma carreira militar já laureada, o Coronel Alex Jesus levará para o outro lado do mundo suas experiências acumuladas. Entre 2007 e 2009, ele participou da Missão de Paz no Haiti, na América Central, e em 2010, esteve na África do Sul, onde realizou um curso para o Estado-Maior junto às Forças Armadas daquele país. Fluente em inglês, francês e creole (o segundo idioma do Haiti), ele agora parte para Seul com o objetivo de aprofundar ainda mais seus conhecimentos e expandir suas vivências. Natural de Tucuruí, no Pará, o Coronel Alex passou a infância e parte da adolescência em terras pantaneiras, em Araputanga (MT) e Corumbá (MS).

Homenagem da Câmara Municipal de Cáceres

Em reconhecimento aos serviços prestados à comunidade cacerense, o presidente da Câmara Municipal de Cáceres, Flávio Negação (MDB), e os demais vereadores aprovaram, por unanimidade, a concessão do título de Cidadão Cacerense ao Coronel Alex Jesus Soares.

Durante a concorrida sessão de homenagem, o Coronel Alex Jesus demonstrou, em seu pronunciamento, um vasto conhecimento sobre as origens de Cáceres. Ele rememorou a elevação da localidade à categoria de Vila Maria do Paraguai em 6 de outubro de 1778, destacando seu papel estratégico para a expansão do domínio brasileiro na fronteira oeste, além de sua importância como polo de desenvolvimento econômico e social.

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O oficial ressaltou ainda a presença do Exército Brasileiro como fundamental para garantir a soberania do território nacional. Ao final de sua fala, visivelmente emocionado, o Coronel bradou: “Me sinto muito honrado com essa concessão de cidadania, e enfim, por bradar de plenos pulmões, desde agora e para sempre posso dizer com muito respeito e orgulho: sou Bugre pantaneiro!”, ecoando a autodenominação dos cacerenses natos.

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