AGRO & NEGÓCIO
Maior cooperativa agrícola da América Latina tem receita de R$ 28,8 bilhões

A Coamo Agroindustrial, maior cooperativa agrícola do Brasil, que tem sua sede em Campo Mourão (460km da capital, Curitiba), no Paraná, encerrou 2024 com uma receita de R$ 28,8 bilhões, o que representou uma queda de 5% em relação ao ano anterior. A diminuição da receita foi atribuída principalmente à quebra de safra e à retração dos preços de mercado. No entanto, os dirigentes da cooperativa afirmam que o ano foi positivo, com a devolução de R$ 694 milhões aos seus 32 mil cooperados, como parte dos resultados financeiros alcançados.
A Coamo é a maior cooperativa agrícola da América Latina. No ranking mundial só fica abaixo de gigantes globais como Cargill, ADM e Bunge. Essas empresas dominam o mercado global de commodities agrícolas em termos de volume e presença internacional.
A cooperativa, que opera em 75 municípios dos estados do Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul, industrializa a totalidade da soja produzida pelos seus cooperados e cerca de 50% do trigo. Além disso, produz etanol em Campo Mourão e, mais recentemente, diversificou suas atividades com a criação da CredCoamo, uma cooperativa de crédito exclusiva para os cooperados, e o lançamento de uma unidade de biodiesel em Paranaguá.
O presidente executivo, Airton Galinari, anunciou que 2025 será um ano de grandes investimentos, com a Coamo destinando R$ 850 milhões para modernizar e ampliar suas instalações e processos. Entre os investimentos estão a construção de novas unidades industriais, a automatização dos sistemas e a implementação de novas tecnologias nos parques industriais e sistemas logísticos. O objetivo é continuar a expansão e modernização, com destaque para a indústria de biodiesel em Paranaguá, que começará a operar entre 2025 e 2026 e terá capacidade para produzir biodiesel a partir de 120 mil toneladas de óleo de soja.
Em termos de resultados financeiros, a Coamo registrou uma sobra líquida de R$ 2,028 bilhões, uma redução em relação ao ano anterior. A redução foi impactada pela baixa produção de grãos, que caiu 19,5% em comparação com 2023. O volume de produtos recebidos pela cooperativa em 2024 foi de 8,024 milhões de toneladas, o que ultrapassou a capacidade de armazenamento da cooperativa, que é de 6,264 milhões de toneladas.
As exportações da Coamo também foram significativas em 2024, alcançando 4,34 milhões de toneladas de soja, farelo e óleo, com um faturamento de US$ 1,878 bilhão, exportados para 31 países.
Além das sobras, a cooperativa repassou outros benefícios aos seus cooperados, incluindo R$ 83 milhões no programa Fideliza, R$ 24,5 milhões na devolução de capital social para cooperados com mais de 65 anos e R$ 22,24 milhões de devolução de ICMS, totalizando R$ 824 milhões em benefícios distribuídos.
De acordo com o presidente do Conselho de Administração, José Aroldo Gallassini, o sucesso da Coamo se deve ao engajamento dos cooperados, que, ao participarem ativamente das operações da cooperativa, contribuem para sua força e rentabilidade. Gallassini também destaca que a verticalização dos negócios, com a industrialização de grãos, tem sido um diferencial para a cooperativa, já que a transformação dos produtos tem gerado maior rentabilidade do que o comércio de grãos in natura.
Fonte: Pensar Agro

AGRO & NEGÓCIO
Mato Grosso busca carne de qualidade mundial com melhoramento genético do gado Zebu

A instalação da Câmara Setorial Temática (CST) da Genética dos Zebuínos pela Assembleia Legislativa de Mato Grosso representa um avanço estratégico para a pecuária do estado. Criada para discutir e fomentar o melhoramento genético do rebanho, a CST tem prazo de 180 dias para apresentar um relatório com diretrizes para fortalecer a produção.
O relator da Comissão e presidente da Associação dos Nelores de Mato Grosso, Alexandre El Hage, destacou que reuniões serão realizadas para definir os temas prioritários que serão levados ao governador Mauro Mendes. A próxima reunião da CST está agendada para o dia 31 de março, quando serão debatidas as principais demandas do setor.
Atualmente, Mato Grosso conta com quase 35 milhões de cabeças de gado, o que equivale a aproximadamente 10 animais por habitante do estado. Segundo Alexandre El Hage, isso coloca Mato Grosso como referência na pecuária nacional e entre os maiores produtores de carne do mundo.
“Temos o maior rebanho do Brasil. Se Mato Grosso fosse um país, estaríamos entre os 10 maiores exportadores de carne do mundo. Mas ainda temos que avançar na genética e na qualidade da pastagem para manter o homem no campo e tornar a pecuária cada vez mais competitiva”, afirmou El Hage.
O estado também se destaca na exportação de carne, com habilitação para os principais mercados internacionais, como Egito, China e Hong Kong. “Mato Grosso está muito bem posicionado, com qualidade e volume. Nossa produção sustenta o mercado nacional quando há escassez em outras regiões do Brasil”, pontuou.
O presidente da CST, José Esteves de Lacerda Filho, destacou a importância da inovação para pequenos e médios pecuaristas. Segundo ele, 81% dos produtores do estado possuem menos de 300 cabeças de gado, enquanto apenas 5% têm mais de mil.
“O melhoramento genético precisa chegar a todos. Precisamos de mais tecnologia, manejo adequado, linhas de crédito acessíveis e apoio técnico para que pequenos e médios pecuaristas também avancem. Com isso, melhoramos a produção, reduzimos o tempo para o abate e diminuímos a pressão pelo desmatamento”, explicou Lacerda.
Ele também defendeu o fortalecimento da Empaer (Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural) como ferramenta essencial para levar conhecimento ao campo. “A Empaer tem um corpo técnico muito qualificado e precisa ser fortalecida. Não adianta termos estudos avançados e não aplicarmos essa tecnologia na prática para o produtor”, ressaltou.
Para o representante da Acrimat, Olímpio Brito, a criação da CST permitirá impulsionar ainda mais a raça Nelore, que representa 90% do rebanho mato-grossense, seja puro ou anelorado.
“Com a comissão, vamos fortalecer o melhoramento genético da raça Nelore, mas isso também beneficiará outras raças por osmose. Queremos que Mato Grosso seja reconhecido não apenas pelo maior rebanho, mas pela melhor carne do Brasil e do mundo, agregando valor e diferenciando nossa produção da simples commoditie”, afirmou Brito.
O deputado e primeiro secretário da ALMT, Dr. João (MDB), autor do requerimento da CST da genética dos zebuínos, os integrantes têm o objetivo de discutir e promover o desenvolvimento de tecnologias e práticas de melhoramento genético para a raça zebuína, com isso, encontrar meios de aprimorar a qualidade do rebanho e aumentar a competitividade entre os produtores.
“O que discutimos aqui é que somos os maiores, mas temos que ser os melhores produtores, temos que ser o protagonista em nível nacional, principalmente, dos zebuínos. É uma raça maravilhosa, uma raça nelore que é extremamente produtiva. Por isso, o melhoramento genético é importante para todos os grandes, médios e pequenos produtores”, finalizou o Dr. João.
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