Dia do Gari
Mãe e filha trabalham como garis; conheça a história de quem ajuda a manter Cuiabá organizada
Apesar o serviço árduo que precisa ser feito mesmo sob o sol escaldante, elas afirmam que sentem orgulho da atividade que exercem

Acordar todos os dias às quatro da manhã, pegar ônibus às cinco horas e bater ponto no serviço já às seis e trinta. Essa rotina bastante agitada é vivenciada diariamente por Dinalva Souza Ferreira, 51 anos e Sibeli Ferreira Costa, de 35 anos. As duas mulheres, mãe e filha, respectivamente, trabalham como garis em Cuiabá e encontram no serviço árduo uma forma de tentar alcançar seus sonhos.
Dinalva e Sibeli fazem parte de uma grande equipe de operadores de limpeza da Eletroconstro, empresa responsável pela limpeza urbana da Capital. Há anos, percorrem ruas e bairros.
Apesar o serviço árduo que precisa ser feito mesmo sob o sol escaldante, elas afirmam que sentem orgulho da atividade que exercem, por prestarem um papel importante para a sociedade. Sentimento esse, que fica ainda mais latente nesta segunda-feira, 16 de maio, quando é comemorado o Dia do Gari. “Tenho muito respeito pelo meu trabalho e sou grata por tê-lo”, dizem.
Sibeli, trabalha há três anos como gari e afirma que um dos grandes sonhos que ela tem e pretende conquistar com o emprego, é obter a casa própria. “Trabalho desde os doze anos e hoje moro de favor. Tento sustentar e criar meus filhos da melhor forma possível. O que tenho almejado mesmo é ter um cantinho meu e dos meus pequenos, o resto a gente corre atrás”.
Ela confidencia que não conseguiu terminar os estudos, parando no ensino médio, já que desde cedo precisou trabalhar para sustentar os cinco filhos. Moradora do bairro Jardim União, em Cuiabá, recentemente ganhou os holofotes após ter sido filmada ao lado da mãe, dançando o tradicional lambadão em uma das praças de Cuiabá.
Dinalva, sua mãe, afirma que a repercussão do vídeo, apesar de ter a pego de surpresa, ajudou a trazer visibilidade e uma conscientização maior da sociedade sobre a importância da profissão dos garis. “Nós sofremos muito com o descaso da sociedade. Desejo a todos meus colegas felicidades e que nunca tenham vergonha de trabalhar como gari”, enfatiza.
Além do reconhecimento, Dinalva tem outras ambições que ela ainda luta para que um dia possa alcançar, como abrir um negócio próprio. Mas enquanto não alcança esse objetivo, segue orgulhosamente realizando seu trabalho e clamando para que a população tenha mais consciência com o meio ambiente, auxiliando a manter as vias limpas e cuidadas.
“Quero abrir uma empresa na área em que atuo. Mas vou pedir também que a população cuide das ruas da nossa Cuiabá, que não joguem lixo no chão. Por favor, organizem os lixos, destinem cada resíduo no seu devido lugar. Material descartado de forma incorreta traz prejuízo a todos. Vamos honrar o título conquistado pela nossa capital, de Cidade Verde”, finaliza.

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