BRASIL E MUNDO
Lançada nova ferramenta para emissão de alertas de desastres naturais
Os cidadãos passam a ter, a partir de agora, uma nova ferramenta de emissão de alertas de desastres naturais para se protegerem. O canal de informação foi lançado nesta terça-feira (07/06) numa parceria entre o Ministério do Desenvolvimento Regional e o Google com o intuito de aumentar o alcance dos alertas que permitem que a população adote as medidas de autoproteção em caso de risco de desastres.
O aviso ocorre a partir da navegação do internauta. Ao fazer qualquer busca no Google relacionada a desastres naturais ou que utilize palavras-chaves sobre o tema, o internauta receberá alertas pelo Google, além de informações sobre possíveis áreas afetadas. O mesmo ocorre quando o usuário utiliza o Google Maps em uma área de risco.
No caso de pesquisa sobre uma área que está com risco de ocorrência de deslizamento, por exemplo, aparecerá o alerta sobre o risco desse desastre natural, o período de ocorrência e dicas de segurança elaboradas pela Defesa Civil. Há um link para conferir a fonte das informações oficiais no site do Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad), da Defesa Civil.
O Google já emitia alertas sobre alagamentos e inundações desde 2015 e, agora, com a nova ferramenta, foram incluídos mais sete novos tipos de alertas que são enxurrada, deslizamento de solo, incêndio florestal, vendaval, granizo, chuva intensa e rompimento de barragem.
O secretário nacional de Proteção e Defesa Civil, coronel Alexandre Lucas, afirmou que o aviso emitido pelo Google permite ao cidadão refletir sobre os riscos, pensar na autoproteção e planejar novos itinerários. “Estamos começando discutir agora quantas vidas vamos salvar a partir do potencial dessa parceria”, disse.
O diretor do Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad), Armin Braun, destacou que a parceria melhora a capacidade do cidadão e das autoridades de agirem antecipadamente em casos de desastres naturais. “Estamos fazendo aqui um trabalho focado antes que o desastre aconteça. Os alertas têm uma grande importância porque permitem às pessoas e a organizações tomarem medidas e decisões antecipadas a um desastre, que tem o cunho principal de proteger e salvar vidas”, afirmou o diretor.
Medidas de proteção
O Governo Federal já oferece serviços à população que podem evitar tragédias causadas por chuvas e deslizamentos. Por meio de mensagem SMS, por exemplo, a Defesa Civil Nacional envia alertas com informações antecipadas dos riscos de desastres e de eventos adversos para a região onde a pessoa mora.
Para se cadastrar no serviço, o cidadão deve enviar um SMS para o número 40199 com o CEP da sua residência ou área que deseja monitorar. O cadastro é instantâneo e o usuário recebe uma confirmação de que o seu celular está apto a receber alertas e recomendações da Defesa Civil. O serviço é gratuito e para inserir mais de um CEP a ser monitorado, basta repetir o procedimento.
Os assinantes de TV por assinatura de alguns estados também recebem mensagens de alerta de risco encaminhados pela Defesa Civil.
Embora não seja possível evitar a ocorrência de fenômenos naturais, as medidas de prevenção são importantes para minimizar os efeitos e evitar mortes. Por exemplo, um alerta de deslizamento indica que uma pessoa que mora em uma área de morro precisa sair da sua casa antes que aconteça o deslizamento.
Já para os alertas de inundações, é preciso evitar as regiões onde estão previstos esses fenômenos. Também há alerta sobre vendaval, caso em que as pessoas devem procurar um local fechado e seguro para evitar arremesso de materiais pelo vento.
No site do Ministério do Desenvolvimento Regional é possível conferir as recomendações da Defesa Civil Nacional para cada tipo de fenômeno natural.
BRASIL E MUNDO
EUA impedem ONU de reconhecer Estado palestino como membro pleno
Os Estados Unidos impediram nesta quinta-feira a Organização das Nações Unidas (ONU) de reconhecer o Estado Palestino ao vetar, no Conselho de Segurança, a adesão plena dos palestinos à entidade global.
Os EUA dizem que um Estado Palestino independente deve ser estabelecido por meio de negociações diretas entre Israel e a Autoridade Palestina, e não por meio de uma ação da ONU. O país vetou um texto de resolução que recomendava à Assembleia Geral da ONU, que tem 193 membros, que “o Estado da Palestina tivesse o status de membro recebido pelas Nações Unidas”.
O Reino Unido e a Suíça se abstiveram, enquanto os outros 12 membros do conselho aprovaram a resolução.
Os palestinos possuem, no momento, o status de Estado observador não membro, um reconhecimento de fato como Estado que foi concedido pela Assembleia Geral em 2012. Mas a aplicação para se tornar membro da ONU precisa ser aprovada pelo Conselho de Segurança e por pelo menos dois terços da Assembleia Geral.
A tentativa palestina de conseguir o status de membro ocorre após seis meses de guerra entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza, com o Estado judaico expandindo seus assentamentos na Cisjordânia ocupada.
“A recente escalada faz ainda mais importante que se apoiem os esforços de boa-fé para buscar uma paz duradoura entre Israel e um Estado palestino totalmente independente, viável e soberano”, disse nesta quinta-feira o secretário-geral da ONU, António Guterres, ao Conselho de Segurança.
“O fracasso de se avançar para uma solução de dois Estados só vai aumentar a volatilidade e o risco para centenas de milhões de pessoas na região, que continuarão vivendo sob uma constante ameaça de violência”, afirmou.
O embaixador de Israel na ONU, Gilad Erdan, disse que os palestinos não atingiram os critérios para se tornar um Estado-membro da ONU, listados por ele como: ter população permanente, um território definido, governo e capacidade de estabelecer relações com outros Estados.
“A quem o conselho está votando para ‘reconhecer’ e dar status total de membro? Ao Hamas na Faixa de Gaza? À Jihad Islâmica Palestina em Nablus? Quem?”, perguntou Erdan ao Conselho de Segurança nesta quinta-feira.
Há tempos o Conselho de Segurança apoia a solução de dois Estados vivendo lado a lado dentro de fronteiras seguras e reconhecidas.
Os palestinos querem um Estado na Cisjordânia, em Jerusalém Oriental e na Faixa de Gaza, todos territórios capturados por Israel em 1967.
A Autoridade Palestina, presidida por Mahmoud Abbas, exerce um governo limitado sobre a Cisjordânia. O Hamas derrubou a Autoridade Palestina do poder na Faixa de Gaza em 2007.
Ziad Abu Amr, enviado especial de Abbas, perguntou aos EUA: “Como isso pode prejudicar a perspectiva de paz entre palestinos e israelenses? Como esse reconhecimento e esse status de membro prejudicam a paz e a segurança?”.
* É proibida reprodução deste conteúdo
Fonte: EBC Internacional
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