HISTÓRIA DOS MUNICIPIOS DE MATO GROSSO
História do município de Campo Novo do Parecis
Em 1907, Cândido Rondon passou pela região em busca do Rio Juruena. Rondon atingiu o Rio Verde e seguiu para o norte, e em busca do Salto Utiariti fronteou o sítio onde nasceria Campo Novo do Parecis.
O território de Campo Novo do Parecis foi trabalhado em duas direções pelos serviços de linha telegráfica: uma para oeste rumando para Utiariti e Juruena e outra para leste, em busca de Capanema e Ponte de Pedra.
Em fins de janeiro de 1914, o ex-presidente dos Estados Unidos da América, Theodore Roosevelt, passou defronte ao sítio de Campo Novo do Parecis, em viagem pela Amazônia, em com-panhia de Rondon.
A ocupação efetiva da região deu-se na década de 1970, com abertura de fazendas. Instalaram-se famílias de migrantes vindos de estados sulistas.
Foi Armando Brólio, gaúcho de Constantina, o primeiro cidadão que aportou na região, como se diz “para ficar”. A região de cerrado não interessava a quase ninguém, e não passava de uma mancha branca nos mapas oficiais. O empresário Brólio adquiriu a quantia de 50 mil hectares de terras, loteando a maior parte entre colonos recém-chegados. Sua casa funcionava como uma espécie de entreposto aos que vinham à região.
As dificuldades eram imensas, pois não dispunham de nenhuma infra-estrutura de apoio. A comunidade arrastou-se por muito tempo sem um nome definido, sendo efetivado em 1978, na fazenda de Zeul Fedrizzi, a denominação de Campo Novo. O ato foi comemorado com a celebração de uma missa rezada pelo padre Matias.
Na colonização efetiva da região por meio de grandes fazendas, nomeiam-se entre os primeiros ocupantes: Zeul Fedrizzi, Arídio Nino, Walter Heidmann, Mildo Minosso, Dorvalino Minosso, Ari Tomazelli e outros. O progresso tende a chegar a partir de 1981, quando uma área de 304 hectares foi doada por Armando Brólio, Júlio Zamil e Mildo Minosso, ordenando a cidade em formação. No lugar da futura cidade, à beira da estrada entre Diamantino e Utiariti assentaram-se Ari Tomazelli, Adelen Konrad, Walmir Prestes, Alípio Heidmann, Luís Libardi, Jorge Focchi e Ervino Herpich.
O lugar da futura cidade era um cotovelo formado pelas retas conhecidas pelas denominações de Caitetu (ao sul) e Taquarinha (ao norte). Grande alento foi a abertura da MT 170, partindo do distrito de Itamaraty e ligando Campo Novo com Tangará através da MT 153, encurtando o cami-nho para a capital.
O primeiro padre a celebrar missa no povoado de Campo Novo foi o Pe. Arlindo Ignácio de Oliveira, missionário de Utiariti. Com problema crônico de falta de água, o núcleo de habitantes do chapadão enfrentou sérias dificuldades para se desenvolver. Mas o ponto agradava aos motoristas.
A primeira casa comercial foi do Sr. Armando Brólio em sociedade com Ary Tomazelli, posteriormente foi aberto o Mercado Tiamar, mais tarde Brizola. Organizou-se a COPRODIA – uma das grandes empresas que impulsionou o comércio local. Fator de progresso foi a construção de uma hidrelétrica, de propriedade do Sr. Euclides Horst, que mais tarde seria o 2º prefeito municipal. A primeira professora foi Salete Paulino e o primeiro médico o Dr. Jorge Becker, sendo que o primeiro bebê que nasceu na cidade foi Radamés Júlio Scheneider, filho de Érico e Reni Scheneider.
Em 1987, com o crescimento do lugar, dois projetos passaram a tramitar, um para a criação do distrito e outro para a criação do município. Esse último tramitou mais rapidamente, atropelando o primeiro. O Decreto da Assembléia Legislativa nº. 2.678, de 10 de março de 1988, convocou o plebiscito para a criação do município. Decisão favorável. A Lei nº. 5.315, de 04 de julho de 1988, de autoria do deputado Jaime Muraro e sancionada pelo governador Carlos Bezerra, criou o município:
Artigo 1º – Fica criado o município de Campo Novo do Parecis, com sede na localidade do mesmo nome, desmembrado do município de Diamantino.
Significado do nome
A denominação da cidade é de origem geográfica e étnica. A maior parte da região que compõe o extenso território do município é terreno plano com poucos acidentes geográficos, daí o termo Campo. A composição toponímica dos Parecis é homenagem e referência ao povo indígena Paresi e ao Planalto dos Parecis. O povo indígena paresi se auto denomina halíti e pertence ao tronco lingüístico nu-aruák. Os conquistadores espanhóis do século XVI, em suas incursões pelo Rio Paraguai, acima da barra do Rio Jauru, ao depararem-se com povos indígenas denominaram-nos “Pareís”. Roquette Pinto, em Rondônia, p.123, diz o seguinte: “Pareci não é nome nacional; a si mesmos, eles se denominam Ariti e só usam daquele apelativo quando estão conosco”. O Pe. José de Moura e Silva dá como origem paulista-portuguesa “parecido” – de boa aparência, termo dado por preadores de índios do século XVI, que passaram a chamar esse povo por “Paresi/Parecizes/Pareci”.
VEJA AQUI AS INFORMAÇÕES DO IBGE SOBRE CAMPO NOVO DO PARECIS
HISTÓRIA DOS MUNICIPIOS DE MATO GROSSO
História do município de Tangará da Serra
Ponto de passagem de históricas expedições, o lugar onde se assenta a sede municipal de Tangará da Serra abrigava um barracão de seringueiros, conforme informações vindas do povo paresí.
Em 1960, Joaquim Oléas e Wanderley Martinez fundaram a empresa Sociedade Imobiliária Tupã para Agricultura Ltda – SITA. O objetivo era a implantação de um pólo agrícola, em face da fertilidade do solo e clima propício da região.
O lugar, sede da futura cidade, recebeu o nome de Tangará, nome propositadamente escolhido, pois o tangará é pássaro de cores bem definidas, de cabeça encarnada e de canto muito belo. O pássaro tangará recebe outros nomes: fandangueiro, dançador, dançarino e uirapuru. Existe uma lenda que o canto do tangará é tão melodioso que, quando canta, os outros pássaros emudecem para escutá-lo. Com a denominação da localidade de Tangará, os fundadores da colonização queriam dizer que no futuro seria uma povoação excelente e admirável. O termo “da Serra” foi adotado para diferenciar o município mato-grossense do homônimo potiguar e catarinense.
Os primeiros nomes da posse efetiva de Tangará foram de José Itamura, Jonas e Arlindo Lopes. A primeira escola a funcionar em Tangará foi Escola Municipal Santo Antonio, na zona rural, fundada a 18 de julho de 1965, no sítio do Sr. Antônio Galhardo. Nesta época a primeira professora foi dª Iracema da Silva Casa Grande.
Na zona urbana, a primeira escola a funcionar foi a Escolas Reunidas, criada pelo Decreto nº 264, do Diário Oficial de 28 de junho de 1967, tendo como coordenador o Sr. José Davi Nodari, funcionário da prefeitura de Barra do Bugres. Mais tarde a escola passou a chamar-se Grupo Escolar de Tangará da Serra. Nesta fase a diretora era Maria Laura Jhansel – Irmã Mírian. A partir de 1974 mudou novamente de nome: Grupo Escolar Dr. Ataliba Antônio de Oliveira Neto, atuando como diretora a Irmã Osvalda.
Corria fama de terra excelente a da Gleba de Tangará. A administração da colonizadora dera certo. Inicialmente a região pertencia a Diamantino. No entanto, com a criação do município de Barra do Bugres, a região passou para o novo município.
A Lei nº 2.906, de 06 de janeiro de 1969, criou o distrito de Tangará da Serra, no município de Barra do Bugres. A Lei Estadual nº 3.687, de 13 de maio de 1976, pelo deputado José Amando, criou o município. Nas primeiras eleições municipais foi eleita prefeita a Sra. Thaís Bergo, que acumulou prestígio graças à boa administração que teve frente ao executivo municipal de Tangará da Serra.
SIGNIFICADO DO NOME
A denominação da localidade surgiu através de Joaquim Oléas e Wanderley Martinez, donos da empresa Sociedade Imobiliária Tupã para Agricultura Ltda – SITA, que implantou na região um pólo agrícola, tendo como sede a cidade de Tangará. O termo “da Serra” foi adotado para diferenciar o município mato-grossense de homônimo potiguar e catarinense
VEJA AQUI DADOS DO IBGE SOBRE O MUNICÍPIO DE TANGARÁ DA SERRA
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