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Saúde

Hepatite em crianças: infecção prévia de Covid-19 pode ser responsável

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Nova subvariante da Ômicron, XE aparenta ser mais transmissível, mas ainda não desperta preocupação da OMS
CC0 Domínio público

Nova subvariante da Ômicron, XE aparenta ser mais transmissível, mas ainda não desperta preocupação da OMS

surto de hepatite em crianças, que já provocou mais de 300 casos pelo mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), continua a intrigar especialistas que ainda não descobriram a causa da inflamação no fígado. Embora a hipótese mais comum seja de que um adenovírus – patógeno que causa resfriados comuns – esteja por trás da doença, ainda não se sabe por que esses agentes rotineiros estariam provocando uma consequência tão grave e inesperada. Nesta sexta-feira, pesquisadores do Imperial College de Londres, no Reino Unido, e do Centro Médico Cedars Sinai, nos Estados Unidos, publicaram um artigo na revista científica The Lancet Gastroenterology & Hepatology que aponta uma resposta, e reforça a teoria de que uma infecção prévia pelo Sars-CoV-2, vírus causador da Covid-19, pode estar envolvida.

Os casos da hepatite relatados até agora testaram negativo para os vírus tradicionais causadores da inflamação: A, B, C, D e E. Por isso, desde que começaram a ser relatados, em abril, especialistas têm buscado explicações para esse mistério. A partir dos testes laboratoriais, a principal hipótese da agência britânica de saúde é que a causa seja o adenovírus 41F, patógeno identificado em 72% das crianças diagnosticadas com a inflamação no Reino Unido. Porém, eles consideram ainda a possibilidade do problema ser uma síndrome pós-infecção pela Covid-19, um efeito que seria restrito à variante Ômicron. Segundo pesquisadores, as duas hipóteses podem estar corretas.

O novo artigo aponta a possibilidade de o Sars-CoV-2 ter efeitos prolongados no organismo que eventualmente propiciem a inflamação exacerbada quando as crianças são infectadas pelo adenovírus. Eles explicam que o vírus da Covid-19 forma reservatórios que persistem no trato gastrointestinal mesmo após a infecção e podem levar à liberação repetida de proteínas virais que ativam células imunes.

Essa repetição seria associada ao Sars-CoV-2 ter um efeito chamado de superantígeno, que leva determinados vírus ou bactérias a estimularem uma concentração muito mais alta que o normal de células T de defesa em algumas pessoas. O problema é que essa alta população de células do sistema imune, fora do normal, provoca uma cascata de eventos inflamatórios no organismo.

Pesquisadores identificaram que uma região da proteína spike do Sars-CoV-2 propicia esse comportamento de superantígeno. Essa ativação de células imunes exacerbada já foi inclusive proposta como causa de uma síndrome inflamatória multissistêmica em crianças com Covid-19, identificada ainda em 2020.

Com base nesses achados, os pesquisadores britânicos publicaram a teoria de que os efeitos de superantígeno do Sars-CoV-2, associados à formação de reservatórios no trato intestinal, podem criar um ambiente no intestino favorável a maiores inflamações pós-Covid. Isso levaria a uma resposta muito mais agressiva e danosa do organismo quando a criança é infectada pelo adenovírus – consequentemente causando o quadro da hepatite.

“Nossa hipótese é de que os casos recentemente relatados de hepatite aguda grave em crianças podem ser uma consequência da infecção por adenovírus com trofismo (tecido) intestinal em crianças previamente infectadas por SARS-CoV-2 e portadoras de reservatórios virais”, escreveram os pesquisadores.

Essa tese ganha força especialmente por, em Israel, 11 de 12 crianças com a hepatite terem testado positivo para a Covid-19 nos meses anteriores. Os especialistas ressaltam, porém, que qualquer relação com as vacinas foi descartada, uma vez que os casos são majoritariamente em menores de 5 anos, público ainda não elegível para a imunização.

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Fonte: IG SAÚDE

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Saúde

Entenda o infarto através da experiência do campeão olímpico Tande

O caso serve como um lembrete crítico de que doenças cardíacas podem afetar qualquer um

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Recentemente, o ex-jogador de vôlei e campeão olímpico, Tande, revelou através de sua conta no Instagram que sofreu um infarto, com uma das principais artérias do coração atingindo 98% de entupimento. Aos 54 anos, o atleta enfrentou um sério alerta sobre a saúde cardíaca, mesmo mantendo uma vida ativa pós carreira esportiva. Seu caso serve como um lembrete crítico de que doenças cardíacas podem afetar qualquer um, inclusive atletas de alto nível.

O médico Dr. Francisco Saracuza explica que o infarto do miocárdio ocorre quando o fluxo sanguíneo para uma parte do coração é bloqueado por um longo período, impedindo que o oxigênio alcance o tecido cardíaco. Isso geralmente é causado por um acúmulo de placas de gordura nas artérias coronárias. No caso de Tande, os sintomas como falta de ar, palpitações, dor na mandíbula e dor de ouvido foram precursores de um evento cardíaco mais grave, que ele inicialmente desconsiderou.

Sintomas e sinais de alerta

Os sintomas clássicos de um infarto incluem dor no peito, que pode irradiar para o braço esquerdo, costas, mandíbula ou até mesmo causar dor de ouvido, como experimentado por Tande. Sintomas como falta de ar e palpitações também são indicativos de que algo pode não estar certo com o coração. É vital que tanto médicos quanto pacientes não ignorem esses sinais, mesmo que pareçam atípicos ou leves, especialmente em pessoas com fatores de risco conhecidos.

O risco de infarto é influenciado por vários fatores, incluindo idade, histórico familiar de doença cardíaca, hipertensão arterial, níveis elevados de colesterol LDL, diabetes, obesidade, sedentarismo e tabagismo. Mesmo indivíduos fisicamente ativos como Tande não estão imunes, particularmente se outros fatores de risco estiverem presentes ou se houver descuido com a saúde após a aposentadoria esportiva.

A prevenção de infartos envolve uma combinação de mudanças de estilo de vida, monitoramento médico regular e, quando necessário, intervenção médica. Dietas balanceadas, exercícios regulares, cessação do tabagismo e manejo do estresse são essenciais. Para atletas e ex-atletas, é crucial continuar com acompanhamentos regulares de saúde, mesmo após o término da carreira competitiva.

Reabilitação e recuperação

Após um infarto, a reabilitação cardíaca é essencial. Este processo inclui não apenas a recuperação física, mas também suporte psicológico para enfrentar os desafios emocionais pós infarto. Programas de reabilitação cardíaca oferecem exercícios supervisionados, educação para a saúde do coração, aconselhamento nutricional e apoio emocional.

“O caso de Tande ressalta a realidade de que doenças cardíacas podem ser tanto democráticas quanto traiçoeiras. Ele teve sorte de reconhecer os sinais a tempo, uma chance que nem todos têm. Compartilhar sua história é um apelo à ação para que outros não ignorem sinais potencialmente salvadores. Como sociedade, devemos promover maior conscientização sobre a saúde cardíaca, enfatizando que ninguém está completamente seguro, mas todos podem tomar medidas para reduzir significativamente seus riscos.”. Conclui o Dr. Francisco Saracuza.

 

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