AGRO & NEGÓCIO
Exames descartam suspeita de gripe aviária em Mato Grosso
O Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea) confirmou, na tarde desta segunda-feira (19.05), o resultado negativo para a suspeita de um caso de gripe aviária no município de Nova Brasilândia, localizado a aproximadamente 200 km de Cuiabá. A notícia tranquiliza o setor avícola do estado e a população em geral.
A suspeita surgiu a partir de aves criadas para subsistência em uma propriedade rural na região. O material biológico foi prontamente coletado pela equipe do Indea e encaminhado para análise em um laboratório oficial credenciado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que confirmou a ausência do vírus da Influenza aviária (H5N1).
Com a confirmação do resultado negativo, Mato Grosso mantém seu status sanitário de estado livre da gripe aviária de alta patogenicidade, uma condição essencial para a economia estadual, que possui um importante plantel avícola comercial.
Apesar do resultado favorável, o estado de Mato Grosso tem mantido um alto nível de alerta e vigilância. Desde a última sexta-feira (17 de maio de 2024), houve uma intensificação dos protocolos de vigilância sanitária animal. Esta medida foi adotada após o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) confirmar um foco de gripe aviária em uma granja no Rio Grande do Sul.
Os protocolos de segurança em Mato Grosso incluem o aumento no número de inspeções em propriedades rurais, tanto as que possuem aves de fundo de quintal quanto as granjas comerciais. Há também um reforço nas ações de fiscalização e monitoramento. O Indea intensificou a coleta de amostras de secreções e soros de diversas espécies de aves domésticas, como galinhas, patos, gansos e perus. Além disso, foram reforçadas as barreiras sanitárias em veículos que transportam produtos e animais oriundos da região Sul do país, visando prevenir a entrada da doença.
A Influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP) é uma doença viral caracterizada principalmente pela alta mortalidade em aves afetadas. Os sinais clínicos podem incluir machas vermelho-arroxeadas na crista e barbelas, manchas avermelhadas nas pernas, dificuldade respiratória, tosse, espirro, coriza, torcicolo, andar cambaleante e diarreia.
Mato Grosso já vinha com a vigilância reforçada desde 2023, quando um foco de IAAP foi confirmado na Bolívia, país vizinho ao estado, o que motivou o Indea a focar na prevenção da entrada do vírus em território mato-grossense.
Os dados da Coordenadoria de Defesa Sanitária Animal (CDSA) do Indea ilustram o volume de trabalho preventivo realizado. De janeiro de 2024 a abril de 2025, foram realizadas 15.767 atividades de vigilância baseadas em risco. Nesse período de 16 meses, o órgão conduziu 54 visitas de vigilância ativa em granjas comerciais e 53 visitas em propriedades rurais com aves para consumo próprio. A coleta de amostras também foi expressiva: 2.134 amostras de suabes (cotonetes para coleta de secreção) e 1.067 amostras de soros em aves de produção comercial, e 1.166 suabes e 583 soros em aves de subsistência.
AGRO & NEGÓCIO
Estado lança pacote de medidas para fortalecer o agronegócio e proteger produtores de leite e aves
O governo do Paraná anunciou nesta semana duas medidas voltadas ao fortalecimento do agronegócio local e à proteção da produção estadual diante da concorrência com produtos importados. As ações envolvem mudanças tributárias para o setor avícola e novas regras para o uso de leite em pó estrangeiro.
O objetivo é reduzir custos, proteger a produção interna e aumentar a competitividade do agronegócio local. No caso do leite, a meta é evitar a desvalorização do produto nacional e dar fôlego a cooperativas e pequenos produtores. Já na avicultura, o foco é garantir melhores condições tributárias e ampliar a presença do Paraná nos mercados interno e externo.
A primeira medida, publicada na segunda-feira (03.11) retirou as carnes de aves cozidas do regime de Substituição Tributária (ST) do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Já a segunda, sancionada na quarta-feira (06.11), por meio da Lei nº 22.765/2025, proibiu a reconstituição, no Paraná, de leite em pó importado e outros derivados para produção de itens destinados ao consumo humano.
As decisões integram um pacote que busca reforçar a competitividade do campo paranaense, setor que representa parcela significativa do PIB estadual e nacional, e responder à pressão dos produtores de leite, que enfrentam dificuldades com o aumento das importações, principalmente de países do Mercosul.
Pela nova lei, está proibido o uso de leite em pó, soro de leite e compostos lácteos de origem estrangeira na fabricação de produtos destinados ao consumo humano. A exceção é a comercialização direta ao consumidor final, desde que os itens estejam em embalagens próprias para o varejo e sigam as normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
O objetivo é proteger a cadeia leiteira estadual, que envolve milhares de famílias e é considerada estratégica para a economia rural. Em 2024, o Paraná produziu 3,9 bilhões de litros de leite, e nos dois primeiros trimestres de 2025 o volume chegou a 2,02 bilhões de litros, mantendo quatro períodos consecutivos acima de 1 bilhão de litros.
Com 15,7% da produção nacional, o Estado tem a segunda maior bacia leiteira do Brasil, atrás apenas de Minas Gerais, que responde por 23,8%, e à frente de Santa Catarina.
O governo também estuda ampliar a utilização do leite local na merenda escolar e em programas de compra pública, em modelo semelhante ao Compra Direta Paraná, que adquire alimentos da agricultura familiar para abastecer escolas, hospitais e entidades assistenciais.
A medida é uma resposta direta à crise vivida pelo setor leiteiro nacional. A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) vem defendendo a aplicação de medidas antidumping para conter a entrada crescente de leite do Mercosul a preços inferiores aos praticados internamente, o que tem pressionado a renda dos produtores brasileiros.
A outra medida anunciada pelo governo foi o Decreto nº 11.712/2025, que retira as carnes de aves cozidas do regime de Substituição Tributária a partir de janeiro de 2026. A decisão atende a uma demanda antiga das indústrias e cooperativas paranaenses, que reclamavam da perda de competitividade gerada pela cobrança antecipada do imposto.
No modelo atual, o tributo é recolhido pela indústria no momento da saída do produto da fábrica, o que encarece os estoques e reduz o fôlego financeiro das empresas. Com a mudança, o ICMS passará a ser pago apenas na venda ao consumidor, alinhando o Paraná às práticas tributárias de outros estados e reduzindo distorções de mercado.
O Estado é líder nacional na produção de aves e responde por mais de um terço da produção brasileira. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Paraná produziu 558,6 milhões de aves no último trimestre, consolidando-se como referência no setor.
As carnes de aves cozidas incluem produtos de maior valor agregado, como frango desfiado e cortes temperados. Embora representem uma fatia menor do total produzido, são essenciais para ampliar margens industriais e estimular a diversificação da oferta.
A retirada da Substituição Tributária complementa uma decisão semelhante tomada em março, quando o governo estadual já havia excluído as carnes temperadas do mesmo regime. As mudanças buscam estimular a industrialização, atrair novos investimentos e gerar empregos na cadeia avícola, que possui forte presença no interior do Estado.
Fonte: Pensar Agro
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