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Ex-ministros da Fazenda cobram comprometimento ambiental em carta

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Zerar desmatamento da Amazônia é uma das recomendações
Florian Plaucheur/Divulgação

Zerar desmatamento da Amazônia é uma das recomendações

O movimento Convergência pelo Brasil, composto por 12 ex-ministros da Fazenda e ex-presidentes do Banco Central (BC), lança nesta sexta-feira (16) uma carta cobrando comprometimento com medidas ambientais aos candidatos à presidência da República.

Os signatários afirmam no documento que “o Brasil tem a capacidade técnica e os recursos naturais para ser vitorioso no novo ambiente econômico mundial pautado pela necessidade de evitar o aquecimento global e alcançar os objetivos de desenvolvimento sustentável sufragados por grande número de países”.

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A carta pede uma agenda brasileira de sustentabilidade e de combate à mudança climática, visando o desenvolvimento econômico e social do país, incluindo quatro condições:

  • 1. Zerar o desmatamento da Amazônia, promovendo as condições de vida das populações locais e reforçando a ação do país nos foros globais de decisão sobre o clima;
  • 2. Aproveitar as vantagens comparativas do país, avançando para a economia de carbono zero na energia, mobilidade, indústria e agricultura;
  • 3. Aumentar a capacidade de enfrentar as anomalias climáticas, preparando o país para os impactos esperados do aquecimento global;
  • 4. Impulsionar o financiamento à pesquisa e à inovação tecnológica que permitam alavancar as energias renováveis, a bioeconomia da floresta em pé, os biocombustíveis e o uso sustentável dos recursos naturais e humanos do país.

Os signatários alertam que “o aquecimento global vai aumentar muito, especialmente para os países tropicais”, portanto, prejudicará o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) retrocedendo os avanços dos últimos anos.

Para atenuar esse impacto, o grupo cobra o cumprimento da meta assinada pelo Brasil de se tornar livre de gases de carbono até 2050.

“Esse compromisso é crucial e deve ser acompanhado de ações para lhes dar credibilidade, incluindo metas de redução de emissões de governos e empresas para 2025 e 2030, e progresso nos mecanismos para sua sistematização, monitoramento e verificação”, diz o texto. 

O grupo sugere avançar em pautas de exploração da biodiversidade da floresta em pé, privilegiando conhecimentos de comunidades locais. Além disso, pedem que as áreas já desmatadas sejam reflorestadas a fim de se tornarem “fazendas de crédito de carbono”. 

“Há ainda milhões de hectares de terras degradadas que, protegidas, poderão se beneficiar da regeneração natural ou assistida da floresta, tornando-se fonte legítima de créditos de carbono de qualidade, lastreados na remoção de carbono da atmosfera e cuja negociação em mercados internacionais trará benefícios importantes a algumas das regiões mais carentes do país.”

“O desenvolvimento de um mercado regulado de carbono no Brasil é cada vez mais urgente, para estimular a eficiência energética e a transição para o baixo carbono, valorizando a inovação tecnológica e a competitividade da nossa economia. Regras claras e verificáveis, assim como segurança jurídica serão imprescindíveis para o funcionamento desse mercado.”

Saiba quem assina o documento:

  • Affonso Celso Pastore
  • Armínio Fraga
  • Gustavo Krause
  • Gustavo Loyola
  • Henrique Meirelles
  • Luiz Carlos Bresser-Pereira
  • Maílson da Nóbrega
  • Paulo Haddad
  • Pedro Malan
  • Pérsio Arida
  • Rubens Ricúpero
  • Zélia Cardoso de Melo

AFFONSO CELSO PASTORE (Presidente do Banco Central de 1983 a 1985)

É formado em economia pela Universidade de São Paulo, onde também fez seu doutorado. Atuou como professor da USP, INSPER e da Fundação Getúlio Vargas, no Rio de Janeiro, e hoje é consultor na área de economia. Também é um dos fundadores do Centro de Debate de Políticas Públicas (CDPP), órgão que reúne economistas e pensadores do país. Foi secretário da Fazenda do estado de São Paulo de 1979 a 1983, e presidente do Banco Central do Brasil de 1983 a 1985.

ARMÍNIO FRAGA (Presidente do Banco Central de 04/03/1999 a 01/01/2003)

É graduado em Economia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ) e tem doutorado pela Universidade Princeton. Em março de 1999, deixou a diretoria da Soros Fund Management para assumir a presidência do Banco Central, onde ficou até janeiro de 2003. Em seguida, criou a Gávea Investimentos, empresa de gestão de patrimônio e onde atuar até hoje. Também é sócio fundador do Instituto de Estudos para Políticas de Saúde (IEPS), uma organização sem fins lucrativos com objetivo de contribuir para o aprimoramento das políticas públicas do setor de saúde no Brasil.

GUSTAVO KRAUSE (Ministro da Fazenda de 02.10.1992 a 16.12.1992)

Graduado em Ciências Jurídicas pela Faculdade de Direito do Recife e de 1986 a 1987, foi governador do estado de Pernambuco. Foi eleito vereador pela cidade do Recife e 1989 e, em 1990, deputado federal. Assumiu o Ministério da Fazenda do Brasil, durante o governo Itamar Franco. No primeiro mandato do presidente Fernando Henrique Cardoso assumiu o Ministério do Desenvolvimento Urbano e do Meio Ambiente.

GUSTAVO LOYOLA (Presidente do BC de 13/11/1992 a 29/3/1993 e de 13/6/1995 a 20/8/1997)

Foi diretor de Normas do Mercado Financeiro e chefe do Departamento de Normas do Mercado de Capitais (1990-1992) do Banco Central, e, em seguida, tornou-se presidente do BC (novembro de 1992 a março de 1993), após o impeachment do ex-presidente Fernando Collor. Retornou ao cargo de presidente do BC em junho de 1995, permanecendo até agosto de 1997, quando comandou a reestruturação do sistema bancário brasileiro. Hoje é sócio da empresa de consultoria Tendências Consultoria Integrada

HENRIQUE MEIRELLES (Ministro da Fazenda de 13.05.2016 a 06.04.2018 e presidente do Banco Central de 01/01/2003 a 01/01/2011)

Cursou Engenharia Civil na Escola Politécnica da USP, foi presidente do Banco Central (BC) de janeiro de 2003 a novembro de 2010, o mais longevo até agora no cargo. Antes de assumir o BC, foi presidente mundial do BankBoston e, em 2002, foi eleito deputado federal, cargo do qual abdicou para comandar a autoridade monetária. Entre 2016 e 2018 foi ministro da Fazenda, ano em que concorreu à Presidência do Brasil. Hoje é secretário da Fazenda do governo de São Paulo.

LUIZ CARLOS BRESSER-PEREIRA (Ministro da Fazenda de 29.04.1987 a 21.12.1987)

Formou-se bacharel em direito pela Universidade de São Paulo em 1957, quando trabalhou como revisor, repórter, crítico de cinema, redator e subsecretário dos jornais O Tempo e Última Hora (1956-1957). Já em 1961, obteve o título de Master of Business Administration na Michigan State University e em 1963 entra para o grupo Pão de Açúcar, no qual exerceu função de diretor administrativo de 1965 a 1983. Na vida pública, foi diretor-presidente do Banespa (1983-1984) e secretário do governo do estado de São Paulo (1985-1986).

Em 1987, teve breve passagem pelo Ministério de Ciência e Tecnologia, como secretário, para em seguida assumir o Ministério da Fazenda em substituição a Dilson Funaro. Após sua saída da Fazenda, voltou para o grupo Pão de Açúcar e retomou sua vida acadêmica, como professor convidado do Instituto de Estudos Avançados da USP e como professor permanente da Fundação Getúlio Vargas.

MAÍLSON DA NÓBREGA (Ministro da Fazenda de 21.12.1987 a 15.03.1990)

Formado em Economia pela Faculdade de Ciências Econômicas Contábeis e de Administração do Distrito Federal (1974), foi funcionário de carreira do Banco do Brasil desde 1963. Hoje é sócio da consultoria Tendências e participa de conselho de administração de várias empresas.

PAULO ROBERTO HADDAD (Ministro da Fazenda de 16.12.1992 a 01.03.1993)

Graduado em Economia pela Faculdade de Ciências Econômicas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) em 1962, fez curso de especialização em Planejamento Econômico no Instituto de Estudos Sociais em Haia, na Holanda entre 1965 e 1966. Foi professor titular da Faculdade de Ciências Econômicas da UFMG e fundador e primeiro diretor do Centro de desenvolvimento e Planejamento Regional da UFMG (CEDEPLAR/UFMG — 1968/1973). Exerceu o cargo de Secretário de Planejamento do Governo do Estado de Minas Gerais de 03/79 a 03/82. Foi Secretário da Fazenda do Governo do Estado de Minas Gerais de 03/82 a 03/83 e Diretor de Planejamento Econômico da Fundação João Pinheiro de 03/75 a 03/79. Exerceu o cargo de Assessor da Presidência da ACESITA. Foi responsável pela elaboração e execução de diversos programas governamentais, como: Programa de Desenvolvimento de Centros Intermediários (cidades-dique); Programas de Desenvolvimento da Agricultura de Baixa Renda e Programas de Desenvolvimento de Comunidades.

PEDRO MALAN (Ministro da Fazenda de 01/01/1995 a 01/01/2003 e presidente do Banco Central de 09/09/1993 a 31/12/1994)

Foi ministro da Fazenda durante os dois mandatos de Fernando Henrique Cardoso e, antes disso, presidiu o Banco Central, participando da implantação do Plano Real. Entre 1991 e 1993, foi negociador-chefe da dívida externa brasileira. Depois que deixou o governo, participou dos conselhos de administração de algumas grandes empresas, como Itaú Unibanco e Via Varejo. É doutor em Economia e também foi professor da PUC-RJ.

PÉRSIO ARIDA (Presidente do Banco Central de 11/1/1995 a 13/6/1995)

Graduado em Economia pela Universidade de São Paulo (1975) e doutor pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT) (1992), deu aulas na USP e na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ). Trabalhou na elaboração do Plano Real, foi presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) entre 1993 e 1994. Desde 2018, integra o Conselho Acadêmico do Livres, movimento político-social brasileiro que defende o liberalismo econômico e social.

RUBENS RICÚPERO (Ministro da Fazenda de 30.03.1994 a 06.09.1994)

Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (Usp), fez curso de preparação à carreira de Diplomata, tornando-se embaixador. Também foi professor da Universidade de Brasília e do Instituto Rio Branco. Foi ministro do Meio Ambiente de setembro de 1993 a abril de 1994 e, em seguida, assumiu a pasta da Fazenda, participando da criação do Plano Real. Hoje é diretor da Faculdade Fundação Armando Álvares Penteado, e presidente emérito do Instituto Fernand Braudel.

ZÉLIA CARDOSO DE MELLO (Ministra da Fazenda de 15.03.1990 a 10.05.1991)

Formada em Economia pela Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo, tem doutorado e foi professora na mesma instituição, com participação em vários projetos de pesquisas. Convidada pelo ex-ministro da Fazenda Dilson Funaro a integrar sua equipe econômica, foi titular da Secretaria de Controle Financeiro do Setor Público da Secretaria do Tesouro Nacional de março de 1986 a maio de 1987. Foi sócia-diretora da “ZLC Consultores Associados S/C Ltda”.


Fonte: IG ECONOMIA

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Receita recebe mais de 5 milhões de declarações do Imposto de Renda

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Nos seis primeiros dias do prazo, mais de 5 milhões de contribuintes acertaram as contas com o Leão. Até as 14h46 desta quinta-feira (21), a Receita Federal recebeu 5.044.251 declarações. Isso equivale a 11,73% das 43 milhões de declarações esperadas para este ano.

O prazo de entrega da declaração começou às 8h da última sexta-feira (15) e vai até as 23h59min59s de 31 de maio. O novo intervalo, segundo a Receita, foi necessário para que todos os contribuintes tenham acesso à declaração pré-preenchida, que é enviada duas semanas após a entrega dos informes de rendimentos pelos empregadores, pelos planos de saúde e pelas instituições financeiras.

Segundo a Receita Federal, 84,8% das declarações entregues até agora terão direito a receber restituição, enquanto 8,6% terão que pagar Imposto de Renda e 6,6% não têm imposto a pagar nem a receber. A maioria dos documentos foi preenchida a partir do programa de computador (73,6%), mas 15% dos contribuintes recorrem ao preenchimento online, que deixa o rascunho da declaração salvo nos computadores do Fisco (nuvem da Receita), e 11,5% declaram pelo aplicativo Meu Imposto de Renda.

Um total de 45,2% dos contribuintes que entregaram o documento à Receita Federal usaram a declaração pré-preenchida, por meio da qual o declarante baixa uma versão preliminar do documento, bastando confirmar as informações ou retificar os dados. A opção de desconto simplificado representa 58,2% dos envios.

Novo prazo

Até 2019, o prazo de entrega da declaração começava no primeiro dia útil de março e ia até o último dia útil de abril. A partir da pandemia de covid-19, a entrega passou a ocorrer entre março e ia até 31 de maio. Desde 2023, passou a vigorar o prazo mais tardio, com o início do envio em 15 de março, o que dá mais tempo aos contribuintes para prepararem a declaração desde o fim de fevereiro, quando chegam os informes de rendimentos.

Outro fator que impulsionou o recorde foi a antecipação do download do programa gerador da declaração. Inicialmente previsto para ser liberado a partir desta sexta, o programa foi antecipado para terça-feira passada (12).

Segundo a Receita Federal, a expectativa é que sejam recebidas 43 milhões de declarações neste ano, número superior ao recorde do ano passado, quando o Fisco recebeu 41.151.515 documentos. Quem enviar a declaração depois do prazo pagará multa de R$ 165,74 ou 20% do imposto devido, prevalecendo o maior valor.

Novidades

Neste ano, a declaração terá algumas mudanças, das quais a principal é o aumento do limite de rendimentos que obriga o envio do documento por causa da mudança na faixa de isenção. O limite de rendimentos tributáveis que obriga o contribuinte a declarar subiu de R$ 28.559,70 para R$ 30.639,90.

Em maio do ano passado, o governo elevou a faixa de isenção para R$ 2.640, o equivalente a dois salários mínimos na época. A mudança não corrigiu as demais faixas da tabela, apenas elevou o limite até o qual o contribuinte é isento.

Mesmo com as faixas superiores da tabela não sendo corrigidas, a mudança ocasionou uma sequência de efeitos em cascata que se refletirão sobre a obrigatoriedade da declaração e os valores de dedução. Além disso, a Lei 14.663/2023 elevou o limite de rendimentos isentos e não tributáveis e de patrimônio mínimo para declarar Imposto de Renda.

Fonte: EBC Economia

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