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Esperançar: reflexões para um novo tempo
Por Natasha Slhessarenko
O fim de um ano sempre nos convida à reflexão. É um tempo em que fazemos balanços, revemos escolhas e, sobretudo, olhamos para frente. Em Mato Grosso, esse exercício coletivo tem revelado um sentimento comum: a necessidade de esperança diante dos desafios que se acumulam e das transformações que o futuro exige.
Esperança, no entanto, não pode ser apenas expectativa. Gosto de usar o verbo esperançar justamente por isso. Esperançar é agir. É cuidar, planejar, ouvir, fazer. É transformar inquietações em compromissos verdadeiros com a vida real das pessoas e com o lugar onde vivemos.
Como médica, aprendi que não existe saúde sem escuta, sem diagnóstico responsável e sem decisões baseadas na realidade. O mesmo vale para a vida pública. Não há desenvolvimento verdadeiro sem atenção às pessoas, às suas necessidades cotidianas e aos contextos em que estão inseridas.
Ao longo deste ano, em encontros, conversas e visitas, ouvi histórias que se repetem. Famílias que desejam mais oportunidades, profissionais que buscam reconhecimento, jovens que querem perspectivas e trabalhadores que esperam ser valorizados e ouvidos. Esses relatos apontam para algo essencial: a importância de reconstruir vínculos, fortalecer a confiança e ampliar o diálogo com verdade e transparência.
Mato Grosso é um estado forte, diverso e cheio de potencial. Mas o potencial só se transforma em realidade quando há propósito, responsabilidade e cuidado contínuo. Esperançar é assumir que podemos fazer melhor, e que esse “melhor” começa com escuta, planejamento e compromisso com as pessoas.
Que o novo ano nos abrace e reforce ainda mais a disposição para agir, mais coragem para mudar e muita sensibilidade para cuidar. Porque quando a esperança se transforma em atitude, somos naturalmente levados a refletir sobre o que queremos de Mato Grosso: um estado que valorize as pessoas, respeite as diferenças, fortaleça o diálogo e construa o futuro com responsabilidade e humanidade.
Dra. Natasha Slhessarenko é médica há 35 anos em MT e servidora pública.
Por Coronel Fernanda
Representar Mato Grosso na Câmara dos Deputados é, antes de tudo, um exercício diário de responsabilidade. Cada voto, cada demanda apresentada, cada cobrança feita em Brasília carrega a expectativa legítima de quem acredita que a política pode, e deve, produzir resultados concretos na vida das pessoas.
Ao longo deste mandato, minha atuação tem sido guiada por um compromisso claro: estar presente, ouvir, agir e entregar. Seja na defesa da segurança pública, do agronegócio, da família, das mulheres ou do fortalecimento dos municípios, cada iniciativa nasce da escuta atenta do povo mato-grossense e da convicção de que o mandato precisa fazer sentido fora dos gabinetes.
Mato Grosso tem voz ativa no Congresso Nacional. Uma voz que se posiciona com firmeza contra injustiças, como a Moratória da Soja, que por anos impôs restrições ilegítimas aos nossos produtores rurais, mesmo quando estavam dentro da lei. Essa luta avançou, mobilizou instituições como o CADE e o TCU e se transformou em um marco na defesa da soberania nacional e da autonomia do nosso agro.
Na segurança pública, área à qual dediquei mais de 25 anos da minha vida profissional, sigo trabalhando pela valorização das forças de segurança e pela proteção de quem mais precisa. Recursos destinados à Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Polícia Penal e projetos de prevenção refletem a convicção de que segurança se constrói com estrutura, respeito e políticas sérias.
Outro eixo central do mandato é a defesa das mulheres. Como primeira deputada mato-grossense a assumir a Procuradoria Especial da Mulher na Câmara Federal, atuei para transformar discurso em ação: fortalecimento das Procuradorias da Mulher nos municípios, parcerias institucionais, enfrentamento à violência política e defesa intransigente da dignidade feminina. Proteger a mulher é garantir justiça, acolhimento e políticas públicas efetivas, não apenas palavras.
O municipalismo também tem sido prioridade. Percorri todas as regiões do Estado, visitei comunidades, ouvi lideranças e acompanhei de perto as necessidades locais. Esse trabalho se traduziu em emendas parlamentares, alcançando dezenas de municípios, com investimentos em saúde, educação, regularização fundiária, infraestrutura, cultura, esporte e segurança pública. São recursos que chegam onde realmente fazem diferença.
No Parlamento, a atuação firme se estendeu à fiscalização e à defesa dos mais vulneráveis. A instalação da CPMI do INSS, que investiga o maior escândalo de fraudes contra aposentados e pensionistas do país, é um exemplo claro de que não é possível fechar os olhos diante de abusos. Idosos merecem respeito, proteção e justiça e isso exige coragem para enfrentar interesses poderosos.
Também levei Mato Grosso e o Brasil ao cenário internacional, defendendo o agro, a soberania nacional e os direitos das mulheres em missões oficiais na América do Sul, Europa e Estados Unidos. O diálogo internacional precisa servir ao desenvolvimento do país, jamais à imposição de agendas que prejudiquem nossa gente.
Nada disso é feito de forma isolada. Um mandato só existe porque há confiança, diálogo e acompanhamento constante da sociedade. É essa conexão que fortalece cada decisão e renova, diariamente, o senso de dever público.
O trabalho continua. Com os pés fincados em Mato Grosso, a coragem de quem não se omite e a responsabilidade de honrar cada compromisso assumido, sigo firme na missão de representar, defender e trabalhar por um Estado mais justo, forte e respeitado.
Coronel Fernanda é deputada federal por Mato Grosso.
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