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BRASIL E MUNDO

Eduardo Bolsonaro torna-se réu no STF por coação no curso do processo

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A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta sexta-feira (14) tornar o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) réu pelo crime de coação no curso do processo. A decisão abre caminho para uma ação penal contra o parlamentar, que foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) em setembro.

A acusação se refere à suposta atuação de Eduardo Bolsonaro junto ao governo dos Estados Unidos para promover sanções contra o Brasil, como o aumento de tarifas sobre exportações, a suspensão de vistos de ministros do governo federal e membros da própria Corte, além da aplicação da Lei Magnitsky. A investigação, que culminou no indiciamento do deputado pela Polícia Federal, apurou essas articulações.

O julgamento virtual, iniciado na manhã desta sexta-feira, já conta com o voto do relator, ministro Alexandre de Moraes, e dos ministros Flávio Dino e Cristiano Zanin, todos favoráveis ao recebimento da denúncia e à transformação do deputado em réu. A votação permanecerá aberta até o dia 25 de novembro, aguardando o voto da ministra Cármen Lúcia. Devido à saída do ministro Luiz Fux para a Segunda Turma e à aposentadoria de Luís Roberto Barroso, apenas os quatro ministros da Primeira Turma participam desta decisão.

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Para o relator, Alexandre de Moraes, há provas contundentes que demonstram a participação de Eduardo Bolsonaro nessas articulações. “A grave ameaça materializou-se pela articulação e obtenção de sanções do governo dos Estados Unidos da América, com a aplicação de tarifas de exportação ao Brasil, suspensão de vistos de entradas de diversas autoridades brasileiras nos Estados Unidos da América e a aplicação dos efeitos da Lei Magnitsky a este ministro relator”, afirmou Moraes em seu voto.

Com a abertura da ação penal, Eduardo Bolsonaro terá a oportunidade de indicar testemunhas, apresentar provas e solicitar diligências em sua defesa durante a instrução do processo.

Ausência e defesa

Desde fevereiro deste ano, Eduardo Bolsonaro está nos Estados Unidos, onde pediu uma licença de 120 dias de seu mandato. Contudo, após o término da licença em 20 de julho, o deputado não compareceu às sessões na Câmara, o que pode levá-lo a ser cassado por faltas.

Pelas redes sociais, Eduardo Bolsonaro criticou o voto do relator, classificando-o como uma “caça às bruxas”. “Moraes vota para me tornar réu. Outros candidatos anti-establishment, como o próprio Jair Bolsonaro, e favoritos ao Senado sofrerão a mesma perseguição. É o sistema se reinventando para sobreviver. Tudo que sei é via imprensa, já que jamais fui citado. Por que Moraes não usa os canais oficiais com os EUA?”, escreveu o parlamentar.

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A defesa do deputado, que durante a investigação não constituiu advogado nem apresentou manifestação, foi assumida pela Defensoria Pública da União (DPU). A DPU solicitou a rejeição da denúncia no fim de outubro, argumentando que o deputado não seria autor das sanções e que suas manifestações estariam protegidas pela liberdade de expressão e pelo mandato parlamentar.

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BRASIL E MUNDO

Louvre fecha galeria de cerâmica antiga devido a riscos estruturais no edifício histórico

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O mundialmente renomado Museu do Louvre anunciou o fechamento temporário da Galeria Campana, que abriga preciosas coleções de cerâmica grega antiga, após a identificação de “fragilidades” estruturais em partes do edifício. A decisão, comunicada oficialmente pela instituição, visa permitir uma série de “investigações aprofundadas sobre a solidez” da ala sul do museu, onde a galeria está localizada no primeiro andar.

A medida emergencial foi tomada após a entrega, na última sexta-feira, de um relatório técnico que alertava a administração do museu. O documento apontava preocupações com a “fragilidade de algumas vigas que sustentam os pisos do segundo andar” da ala sul do quadrilátero Sully, uma das seções mais antigas e históricas do Louvre.

Como consequência direta do problema estrutural, o segundo andar da mesma ala, atualmente ocupado por escritórios administrativos, também foi interditado. Cerca de 65 funcionários terão que realocar suas atividades nos próximos três dias, enquanto as avaliações de segurança prosseguem.

Problemas estruturais de longa data

A fragilidade detectada não é uma novidade completa para a gestão do Louvre. O segundo andar da ala sul já estava sob monitoramento há anos, devido à sua complexa concepção arquitetônica e às intervenções estruturais realizadas na década de 1930, que, de certa forma, comprometeram a vulnerabilidade dos pisos.

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Curiosamente, em janeiro, o presidente francês Emmanuel Macron havia lançado o projeto “Nova Renascença do Louvre”, que já previa uma restauração e ampliação focadas, precisamente, no quadrilátero Sully. A iniciativa tem como objetivo a modernização técnica e a revitalização desta área específica do museu.

Após o recente alerta técnico e seguindo as recomendações do arquiteto-chefe responsável pelos monumentos históricos do Palácio do Louvre, a direção decidiu não só interditar os escritórios, mas também iniciar uma campanha complementar de investigações. O objetivo é determinar as causas exatas das alterações observadas e planejar os reparos necessários para garantir a segurança da estrutura.

Contexto de desafios recentes

O fechamento da Galeria Campana soma-se a um período de desafios para o Louvre. Recentemente, em 19 de outubro, o museu foi palco de um espetacular roubo de joias da coroa francesa, avaliadas em € 88 milhões. Embora quatro pessoas tenham sido detidas e indiciadas, as joias ainda não foram recuperadas. Esse incidente, à época, já havia levantado questionamentos sobre a segurança e a necessidade de investimentos em modernização do museu mais visitado do mundo.

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Enquanto as investigações estruturais estiverem em andamento, a Galeria Campana permanecerá fechada ao público, com o museu buscando assegurar a integridade de seu patrimônio e a segurança de seus visitantes e funcionários.

*Com informações do RFI

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