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Dança Dos Mascarados

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É dança típica do município de Poconé, numa mescla de contradança européia, danças indígenas e ritmos negros.
Sua maior peculiaridade é ser dançada exclusivamente por homens, sendo que metade usam trajes masculinos e a outra metade vestem-se com roupas femininas. Os dançarinos cobrem seus rostos com máscaras coloridas, assim como suas vestimentas. “… há uma superstição que mulher não pode participar de coisas sérias, pois dá azar.”

Em outros tempos era comum a Dança dos Mascarados em festejos religiosos, festas particulares e em casas de família. Atualmente esta participação ficou mais restrita. No entanto, a divulgação deste folguedo já cruzou a fronteira poconeana. Nas manhãs de domingo, quem se habilitar assistir o programa de TV, Globo Rural, irá ver em sua abertura um figurante desta singular dança.
O Bando ou Mascarados é composto de um marcante e doze pares. A apresentação divide-se em 12 partes: cavalinho é a entrada, depois vem a Primeira de Quadrilha, Segunda Quadrilha, Trança-Fita e Joaquina, Arpejada, Cara-Dura, Maxixe de Humberto (assim denominada porque foi inventada pelo músico Humberto, da Banda dos Mascarados), Carango, Lundu e, por fim, a Retirada.
Apresentam-se com fantasias de colorido exuberante, predominando as cores vermelho e amarelo. Usam uma máscara confeccionada em tela de arame, que após colocada em forma de madeira caracteriza um rosto para modelagem final, muita tinta é atirada por cima, 4 a 5 camadas, que farão a aparência da pele, ficando então muito bem camuflado. Cada participante usa na cabeça vistoso chapéu com plumas, espelhos e outros adornos.
Para participar do Bando é necessário ser bom dançarino, pois se dança com o “joelho”, isto é, com muito molejo. Os componentes que escolhem o modo de se apresentar seja no papel de homem ou de mulher, o importante é a participação. Sentem orgulho do que fazem. A dança tem expressão muito forte e chega a comover aos que estão assistindo sua apresentação.

Os dançarinos que se embalam em temas singulares, são acompanhados por uma banda, sendo principais instrumentos o saxofone, tuba e piston, além de tambores e pratos.
A Dança dos Mascarados de Poconé não encontra seguidores em nenhuma parte do Brasil, sendo sua origem um mistério, até hoje não (completamente) explicado, nem mesmo pelos mais antigos poconeanos. Segundo alguns integrantes do Bando, a origem pode estar ligada aos índios beripoconés, que habitavam a região antes de ser ocupada pelo elemento “dito civilizado”. Certamente houve mescla, sendo introduzida novas modalidades na dança, caso sua origem seja mesmo beripoconeana.
O escritor Virgílio Corrêa Filho, em seu livro História de Mato Grosso, no tópico Hábitos e Costumes, páginas 643 a 646, deixa bem claro que no mês de agosto de 1790, já havia a Contradança em Cuiabá e um forte esboço de como se formou o folguedo mais tarde. Pois a Dança dos Mascarados é uma réplica da Contradança mesclada com influências através dos tempos com as danças afro e indígenas, ou melhor dizendo, é uma síntese mais bem feita de toda a história da colonização de Mato Grosso. É dançada até hoje graças ao empenho de Nemézio Quintino da Silva, que foi o maior incentivador desta expressão cultural eminentemente poconeana.

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Livro de Rai Reis celebra diversidade cultural de MT; fotógrafo receberá Moção de Aplausos na ALMT

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Vila Bela da Santíssima Trindade | Foto: Raí Reis

Intitulado Mato Grosso por Rai Reis, o livro será lançado na Assembleia Legislativa na proxima quarta-feira (24.04), a partir das 9h. Na ocasião o fotógrafo receberá Moção de Aplausos do deputado Beto Dois a Um. O lançamento contará ainda com exposição que reunirá 24 fotografias que bem representam a diversidade cultural do estado. A exposição segue em cartaz, aberta ao público, no saguão de entrada da ALMT até quinta-feira (25.04).

Fotógrafo Rai Reis

“Sou um apaixonado pelas belezas de Mato Grosso, vejo poesia em tudo que compõe a rica diversidade cultural do meu estado. Vejo beleza num simples banho de rio, numa peixada bem-ajambrada, no divertidíssimo Bloco dos Caretas de Guiratinga, nas ruínas de Vila Bela, nas festas de santo, nas paisagens naturais. Há mais de três décadas venho fotografando Mato Grosso de ponta a ponta, sempre com o olhar de admiração”, comemora o fotógrafo Rai Reis.

Com 110 fotografias que destacam a rica diversidade cultural de Mato Grosso, o livro traz textos do jornalista Protásio de Morais e está organizado em pequenos capítulos representativos: Cavalhadas, Dança dos Mascarados, Viola de Cocho, Cururu, Siriri, Boi-à-serra, Cáceres, Bloco dos Caretas, Vila Bela da Santíssima Trindade, Chorado, Dança do Congo, Religiosidade, Barão de Melgaço, Paisagens e cotidiano, Gastronomia e, por fim, O homem e a natureza.

“No livro, belíssimo por sinal, o experiente fotógrafo Rai Reis exibe um panorama antropológico de Mato Grosso com a desafiadora tarefa de reunir alguns de seus mais significativos trabalhos, que ainda por cima oferecem uma viagem pelo tempo e história de formação do estado. Trata-se de um apanhado de seus melhores registros realizados durante as várias andanças por Mato Grosso. O resultado é incrível e de muito bom gosto”, destaca Beto Dois a Um.

Lançado pela Editora Carlini & Caniato, o livro tem patrocínio do Governo de Mato Grosso via Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer, produção editorial e Ramon Carlini, Elaine Caniato e Protásio de Morais.

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