POLÍTICA NACIONAL
Críticas de Fábio Trad à PEC das Prerrogativas gera reação em Plenário


As críticas do deputado Fábio Trad (PSD-MS) à PEC das Prerrogativas (Proposta de Emenda à Constituição 3/21) geraram reação dentro do Plenário da Câmara.
Entre outros pontos, a proposta determina que os parlamentares só poderão ser presos por crimes inafiançáveis após decisão colegiada. A PEC também impede a suspensão do mandato e especifica o Conselho de Ética como o foro para debate sobre ações, palavras e votos dos congressistas.
Trad afirmou que a PEC permite “impunidade total” e disse que o texto é “anticristão”. “Um parlamentar colhido em flagrante com uma mala de recursos desviados da população brasileira não poderá ser preso. Isso é um despropósito, uma incoerência”, criticou.
Ele disse ainda que a medida autoriza a liberação do deputado Daniel Silveira (PSL-RJ), preso na semana passada, e criticou o impedimento de suspensão de mandato pela Justiça.
“A proibição de suspensão de mandato é importante em algumas hipóteses: por exemplo, quando o parlamentar se usa dos benefícios do cargo para praticar atos de corrupção. Além de não poder ser afastado do mandato, não poderá ser preso em flagrante. Isso é impunidade total”, disse.
A relatora da proposta, deputada Margarete Coelho (PP-PI), rebateu as críticas. “É muito triste algum colega jogar para a plateia desta forma, em busca de likes. Atacar colegas na internet é muito triste”, disse.
A deputada ressaltou que a Constituição atual não prevê prisão em flagrante para crimes de corrupção. “Eu não vi nenhuma emenda do senhor aqui para prever esse crime. Já que o senhor está há mais tempo do que eu no Parlamento, eu diria que você tem sido omisso”, afirmou.
A deputada Celina Leão (PP-DF) também saiu em defesa da relatora e disse que o texto não confunde imunidade com inimputabilidade. “Do ponto de vista técnico, a deputada Margarete tem melhorado o texto”, disse.
Prisão de Silveira
Outro deputado que criticou as opiniões de Trad foi Enrico Misasi (PV-SP). Ele afirmou que Daniel Silveira não poderá ter a prisão invalidada após a PEC por se tratar de regra processual.
Misasi ressaltou que o texto pacifica jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (STF) em certos casos. “No caso da prerrogativa de foro, nós estamos referindo só para aqueles crimes cometidos durante o mandato e relacionados às funções parlamentares. Essa PEC é uma PEC do fim do foro para nós parlamentares”, defendeu.
Em resposta aos parlamentares, o deputado Fábio Trad voltou a criticar a proposta e disse que foi alvo de uma “brutal reação”, já que “não ofendeu a honra” da relatora. “Reforço que esta PEC é espúria”, declarou.
O deputado Marcel Van Hattem (Novo-RS) afirmou que as trocas de ofensas do episódio reforçam a necessidade de ampliar o debate sobre a proposta na comissão especial. “Isso é consequência justamente da falta do debate de maneira calma e sem açodamento”, disse.
Para o deputado Bibo Nunes (PSL-RS), a proposta é uma reação a atitudes do STF, após a prisão de Daniel Silveira. “Vamos fazer com que o STF fique no seu lugar, que seja um poder igual aos outros”, disse.
Conselho de Ética
Já a deputada Maria do Rosário (PT-RS) criticou a definição de que apenas o Conselho de Ética poderá julgar ações, palavras e votos dos deputados. Ela disse que o colegiado é omisso e que direitos serão prejudicados.
“Não se trata agora de aceitarmos que o Parlamento crie uma operação de blindagem, que é efetivamente a leitura que faço quando o Conselho de Ética passa a ter superpoderes e perdemos o poder de recorrermos fora da Casa quando se trata de crimes contra a honra”, disse a deputada.
Mais informações em instantes
Reportagem – Eduardo Piovesan
Edição – Pierre Triboli

POLÍTICA NACIONAL
Câmara mantém vetos presidenciais a trechos de lei sobre assinatura eletrônica

Como parte do acordo entre os partidos, a Câmara dos Deputados manteve os vetos do presidente da República a dispositivos da lei sobre assinaturas eletrônicas (Lei 14.063, de 2020). Os vetos mantidos tratam de mudanças em atribuições do Comitê Gestor da ICP-Brasil, que é a autoridade normativa de regras para a emissão de assinaturas eletrônicas.
Como a decisão da Câmara, esses vetos não precisarão passar por votação no Senado — para derrubar um veto, é necessário que ele seja rejeitado nas duas Casas do Congresso Nacional; se uma das Casas o mantém, sua derrubada se torna impossível.
Reestruturação de carreiras
A Câmara derrubou uma parte do veto presidencial sobre trecho do Projeto de Lei de Conversão 28/2008 (que teve origem na Medida Provisória 441/2008). Por isso, esse item, que trata da migração dos servidores da antiga Secretaria de Receita Previdenciária para a carreira de analista tributário da Receita Federal, ainda será analisado pelo Senado. O restante desse veto foi mantido pelos deputados.
Da Agência Câmara de Notícias
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
-
brasnorte4 dias atrás
Proprietária toma posse de imóvel rural de R$1 bilhão, após 20 anos
-
cultura5 dias atrás
Webinar encerra curso online de Capoeira Angola
-
BRASIL E MUNDO5 dias atrás
Vídeo com OVNI em forma de pirâmide é verdadeiro, confirma Pentágono; assista
-
BRASIL E MUNDO6 dias atrás
Pescadores fogem de ‘mega-tsunami’ na Groenlândia; veja o vídeo
-
Saúde4 dias atrás
Lote de 2,3 milhões de remédios para intubação chega ao Brasil nesta quinta
-
mato grosso5 dias atrás
Mauro propõe isenção de IPVA a motos populares, motoristas de aplicativos e frota de setores atingidos pela pandemia
-
cultura5 dias atrás
Artesãos de Mato Grosso têm divulgação em site do Governo do Estado
-
CIDADES4 dias atrás
Ministro anuncia 15,5 milhões de doses de vacina da Pfizer até junho