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Como sua empresa familiar lida com conflitos?

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Por Cristhiane Brandão

Imagine um quebra-cabeça onde cada peça representa uma geração, ora de membros da família empresária, ora de acionistas sem vínculo sanguíneo. Todos com suas discordâncias, engessamentos e consequências negativas que afetam não só as relações, mas também o negócio.

Nesse contexto, a arte de mediar conflitos se tornou mais que uma habilidade estratégica; é um pilar de sobrevivência empresarial. Desafio que muitas vezes requer a atuação de uma terceira pessoa, imparcial e com escuta ativa, para mediar as relações e avançar no processo de construção de diálogo.

Um dos mestres mundiais na área é Daniel Shapiro, professor de Harvard e autor de várias obras, entre elas a clássica “Negociando o Inegociável”, que mostra que onde há um conflito, há uma tríade envolvida: identidade, emoções e razões. Para fazer a “mediação”, é importante compreender o DNA das partes envolvidas: trajetórias, crenças, expectativas, frustrações e traumas.

Ferir a identidade de alguém é algo muito sutil e profundo, e inclusive imperceptível para quem fere. Há muito tempo aprendi – e realmente acredito – que todas as decisões, por mais que tenham explicações racionais, primeiro são emocionais, e essa emoção precisa ser compreendida, absorvida, refletida e respeitada.

Como as pessoas reagem aos conflitos: há os que fogem, há os que ignoram e há os que enfrentam. Hoje, como vivemos mais e temos uma convivência intergeracional maior, se não aprendermos a tolerar, a aceitar, a conversar e a trocar ideias, as diferentes gerações virarão guetos dentro de casa e na sociedade.

Outro desafio é que passamos da era da sobrevivência para a era da autorrealização, e isso muda tudo! Mais uma vez. O que estamos dispostos a fazer? A aceitar? A tolerar? A ceder? O que faz sentido nesse “modus vivendi”?

Também precisamos considerar que temos um convívio mais “tecnificado” e superficial, com diálogos limitados e muita capacidade de distração e elucubração. Além disso, a polarização está introjetada na nossa sociedade, pois usamos mais “ou” ao invés do “e”, o que vem gerando, inclusive, a judicialização de inúmeras questões que poderiam ser resolvidas com diálogo.

Janeiro é um mês em que tradicionalmente debatemos saúde mental e emocional, mas esse é um tema que deveria pautar nossas reflexões durante todo o ano, já que tem a ver com estabelecer limites, organizar a rotina, cultivar relacionamentos positivos e buscar ajuda profissional.

Aliás, essa é a maturidade que precisamos para lidar com os conflitos. Para colocá-los na mesa e escolher quais embates devem ser feitos, quais acordos devem ser pactuados ou repactuados. E sempre cabem três perguntas: “O que aconteceu?” (para entender o passado), “O que precisamos?” (para definir o presente) e “Como podemos nos reconciliar?” (para construir o futuro).

O autoconhecimento e o desenvolvimento contínuo de habilidades também ajudam a avançar nas “soft skills” para lidar com conflitos. Mas nada se compara à implantação da governança, que pode ser essencial tanto na família (Governança Familiar) quanto nos negócios (Governança Corporativa), por estar comprometida com regras pré-acordadas e princípios sólidos de ética, transparência e respeito.

Construir Governança é investir em um ambiente mais acolhedor e produtivo, onde prevalecem a colaboração e a comunicação aberta, bem como o amadurecimento emocional coletivo e individual. Como profissional de Governança Familiar e Corporativa, senti a necessidade de me aprimorar e avançar em Mediação.

“Um mediador de conflitos é um arquiteto da paz”, conforme descreve Jean Carlos Dal Bianco, mediador e pacifista. Dou as boas-vindas ao ano de 2024 com este propósito. Vamos juntos?

Cristhiane Brandão é conselheira de Administração, Consultora em Governança para Empresas Familiares e Coordenadora do Capítulo Brasília/Centro-Oeste do IBGC.

 

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Mais saúde e acesso: A farmácia expandindo o cuidado com os pacientes!

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Por Cristina Reis

Nos últimos anos, a profissão farmacêutica tem passado por significativas transformações, impulsionadas pela expansão das áreas de atuação e pela implementação de novas regulamentações pelo Conselho Federal de Farmácia (CFF). Em 2025, diversas resoluções foram aprovadas, marcando um novo capítulo na história da profissão e redefinindo o papel do farmacêutico no cuidado à saúde.

A profissão farmacêutica tem tido um avanço contínuo, e a tendência é que continue se desenvolvendo cada vez mais. Com o reconhecimento crescente do papel do farmacêutico na promoção da saúde, novas oportunidades e responsabilidades têm surgido, fortalecendo a presença desse profissional no sistema de saúde.

Uma das principais inovações é a habilitação em Saúde Mental, que permite aos farmacêuticos atuarem de forma mais direta no manejo farmacoterapêutico e no suporte aos pacientes. Este avanço não apenas amplia o acesso aos serviços de saúde mental, mas também fortalece a integração do farmacêutico na equipe multidisciplinar de cuidados.

Outro marco importante é a habilitação para Prescrição de Contraceptivos, com cursos que capacitam os profissionais a orientar e prescrever métodos contraceptivos de forma segura e eficaz. Essa medida não só empodera os pacientes na gestão de sua saúde reprodutiva, mas também contribui para a redução das taxas de gravidez indesejada e para a promoção da saúde sexual.

A implementação do Registro de Qualificação de Especialista (RQE) é um marco crucial para reconhecer as especialidades farmacêuticas, garantindo maior segurança e qualidade nos serviços prestados à população. Com o RQE, os profissionais podem demonstrar formalmente suas competências em áreas específicas, como farmácia clínica, farmácia hospitalar, entre outras.

Além disso, a regulamentação do Ato Farmacêutico, que agora inclui a prescrição de medicamentos tarjados, representa um avanço significativo na autonomia profissional dos farmacêuticos. Essa medida não apenas amplia o leque de serviços que podem ser oferecidos nas farmácias, mas também reforça a importância do conhecimento técnico e científico na prática diária.

Os benefícios dessas novas medidas são evidentes. A melhoria no atendimento ao paciente é uma das principais vantagens, uma vez que os farmacêuticos estão mais capacitados para oferecer um cuidado integrado e personalizado. A ampliação das áreas de atuação também contribui para maior profissionalização da categoria, elevando o status da profissão, com possibilidade de melhor remuneração e reconhecimento de seu papel essencial na promoção da saúde pública.

Em suma, os avanços recentes na profissão farmacêutica não apenas refletem uma evolução nas competências e responsabilidades dos profissionais, mas também reafirmam o compromisso com o conhecimento e a excelência no cuidado à saúde. Com as novas áreas de atuação e as resoluções do CFF, os farmacêuticos estão mais preparados do que nunca para enfrentar os desafios contemporâneos e para contribuir de maneira significativa para o bem-estar da sociedade.

Dra. Cristina Reis é  farmacêutica-bioquímica graduada pela Universidade Estadual de Londrina – UEL, possui uma ampla experiência profissional que abrange desde a atuação em Análises Clínicas até o ensino superior, onde foi docente em cursos de graduação em Farmácia e outras áreas da saúde. Atualmente, ela desempenha papéis de destaque como Conselheira Regional e Presidente do CRF-MT, demonstrando um compromisso contínuo com a excelência e o avanço da profissão farmacêutica.

 

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