POLÍTICA NACIONAL
Comissão aprova projeto que regulamenta vaquinhas solidárias

A Comissão de Comunicação da Câmara dos Deputados aprovou proposta que regulamenta a criação e a fiscalização de campanhas solidárias com o objetivo de combater fraudes em vaquinhas on-line.
O texto aprovado foi o substitutivo do relator, deputado Gilvan Maximo (Republicanos-DF), ao Projeto de Lei 3204/24, do deputado Gerlen Diniz (PP-AC). O relator fez alterações de redação que não modificam o objetivo da proposta.
“O projeto é extremamente necessário sobretudo em vista do alcance que as vaquinhas on-line vêm tomando quando divulgadas e impulsionadas nas plataformas digitais de comunicação”, frisou o relator.
De acordo com o projeto, para fazer uma campanha solidária será preciso:
- criar conta específica para receber os recursos;
- informar, na hora de abrir a conta, a documentação que comprove a razão da campanha, o valor que se pretende arrecadar e o destino do excedente que for arrecadado;
- bloquear automaticamente a conta após cumprir a meta ou 180 dias depois da data de abertura da conta; e
- apresentar documentos que comprovem a destinação do dinheiro para encerrar a conta.
Se a destinação dos recursos não for comprovada, o banco deverá informar ao Ministério Público competente, aos donatários e ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), nos casos de arrecadação superior a R$ 30 mil.
A mesmas regras valerão para as campanhas realizadas por meio de plataforma digital.
Próximos passos
O projeto tramita em caráter conclusivo e será analisado pelas comissões de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.
Para virar lei, a proposta deve ser aprovada pela Câmara e pelo Senado.
Saiba mais sobre a tramitação de projetos de lei
Reportagem – Emanuelle Brasil
Edição – Ana Chalub
Fonte: Câmara dos Deputados

POLÍTICA NACIONAL
Debatedores criticam em seminário instalação de usina termelétrica no Distrito Federal

Em seminário realizado na Câmara dos Deputados nesta terça-feira (13), debatedores criticaram a instalação da Usina Termelétrica Brasília (UTE Brasília) em Samambaia, Distrito Federal. O empreendimento da companhia Termo Norte, movido a gás natural, ainda aguarda autorizações, incluindo a licença ambiental.
O debate foi promovido pela Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável a pedido dos deputados Nilto Tatto (PT-SP), Clodoaldo Magalhães (PV-PE) e Prof. Reginaldo Veras (PV-DF).
Ambientalistas e movimentos sociais alertaram para problemas como o aumento de gases de efeito estufa e a poluição do rio Melchior, cuja água será usada para resfriar o maquinário da usina e devolvida ao rio com temperatura elevada.
Outro ponto controverso é a possível remoção da Escola Classe Guariroba, que poderá ser realocada devido à proximidade com a usina. A professora Walquiria Gonçalves destacou que a mudança impactaria alunos e suas famílias.
“O rio perpassa a casa de muitos dos nossos estudantes, de muitas famílias que vivem à custa dele. São pequenos agricultores que de lá tiram seu sustento”, disse Walquiria Gonçalves. Ela afirmou ainda que os alunos poderão ficar distantes da escola, prejudicando o processo educacional.
Poluição do rio
O presidente do Movimento Salve o Rio Melchior, Newton Vieira, reforçou que a usina agravará a poluição do rio, considerado o mais contaminado do Distrito Federal, com despejo de efluentes químicos e água em alta temperatura. “Não se sabe ao certo que tipo de poluição há nessas águas. Provavelmente, vai aumentar a poluição ainda mais”, afirmou.
Ex-presidente do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e atual presidente da Frente Nacional dos Consumidores de Energia (FNCE), Luiz Eduardo Barata, também se manifestou contrário à instalação da usina.
Segundo ele, será necessária a construção de um gasoduto para viabilizar o empreendimento, que tem alto potencial de agressão ao meio ambiente. Barata afirmou ainda que a UTE Brasília não agrega valor para o sistema elétrico nacional.

Características da usina
Com potência de 1.470 megawatts (MW), a UTE Brasília prevê um sistema de captação de água e descarte de efluentes. A Termo Norte garante que as emissões de monóxido de carbono e dióxido de nitrogênio estarão dentro dos limites legais. No entanto, a empresa não enviou representantes ao seminário, alegando conflito de agenda.
O representante do Ibama na audiência pública, Eduardo Wagner da Silva, disse aos deputados que o processo de licenciamento ainda está em curso. “Não existe nenhuma licença emitida. Ainda estamos na fase de análise para tentar entender se o empreendimento possui viabilidade ambiental ou não”, disse.
Silva elencou algumas das preocupações do Ibama com a UTE Brasília. Um ponto que chama atenção, segundo ele, são as condições de dispersão atmosférica dos gases a serem gerados pela usina no Distrito Federal, que tem um clima seco em parte do ano.
Outorgas prévias
A Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do Distrito Federal (Adasa) já concedeu duas outorgas prévias à Termo Norte, uma para captação da água do rio e outra para lançamento dos efluentes. Segundo a superintendente de recursos hídricos do órgão, Juliana Gomes, as outorgas foram emitidas com base em critérios técnicos previstos na legislação.
A deputada Erika Kokay (PT-DF), que coordenou o seminário, criticou a remoção da escola classe e cobrou uma nova análise técnica da Adasa para confirmar a disponibilidade hídrica do rio Melchior. Segundo ela, o estudo atual é de 2012.
Kokay lembrou que o Distrito Federal passou por duas secas severas nos últimos anos, uma das quais (2016) resultou em um racionamento de água. “Penso que há muito divergências sobre a disponibilidade hídrica do Rio Melchior”, disse.
Reportagem – Janary Júnior
Edição – Roberto Seabra
Fonte: Câmara dos Deputados
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